10 • get nasty

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Eu estava voltando para o internato. Ainda com aquela conversa na minha cabeça, Thalia não comentou nada comigo e quando estávamos descendo, o elevador parou no andar de Percy. Seu pai, Nico e o mesmo entraram.

E então, tudo ficou tenso.

Poseidon e Atena se encararam, talvez se reconhecendo. Nico beijou minha testa e abraçou Thalia enquanto Percy ainda continuava afastando encarando a pequena tela onde os números iam diminuindo.

- Atena? - ele perguntou, um pequeno sorriso brotando em seus lábios.

Minha mãe abriu um sorriso, meio contagiante e medroso.

- Poseidon. - ela abriu os braços, esperando por um abraço que foi prontamente recebido. - Quanto tempo.

O pai de Percy cheirou os cabelos dela, beijando seu pescoço e a parte exposta do ombro, senti como se eles fossem fazer sexo no meio do elevador, fiz uma careta que minha mãe pode ver, mas ignorou. Eu, definitivamente, estava com ciúmes daqueles carinhos.

Pigarreei e Poseidon me encarou.

- Annabeth! - ele bagunçou meus cabelos, observando minha mochila. - Está indo para a Goode?

Assenti com um meio sorriso.

- Muito cedo, não?

- É, tenho que arrumar algumas coisas lá. Adiantar deveres, essas coisas. - dei de ombros.

- Percy também está indo. Você vai, Nico?

- Ah, não, decidimos que vamos alugar um filme, não é, Thals?

- Uhum, se você não forçar a barra com aqueles filmes de terror.

- Olha, vocês vão juntos...

- Pai, eu não vou para Goode e você sabe disso. - Percy resmungou, com os braços cruzados, evitando me olhar.

Dei um sorriso.

- Sem problemas, Poseidon. Esse cara aí me dá umas trezentas cortadas por dia, já estou acostumada, valeu?

Atena encarou Percy, avaliando-o e empinou o nariz.

- Você deveria espanca-lo, querida.

- Sua calma continua me admirando, Atena.

- E seu jeito calmo continua me irritando, Poseidon.

Ambos sorriram com as provocações. Eu e Percy tivemos um mesmo ato e pensamento: caretas de nojo.

Goode, por sorte, era muito longe de onde eu morava. E, por sorte, eu estava ao lado do motorista, então era obrigada a ver Nico e Thalia rindo toda hora, como um casal clichê e apaixonados que eram. O carro de Poseidon nos seguia, quando paramos na locadora perto da Goode onde o casal ficaria, ele também nos esperou e então, nos seguiu até a escola.

- Lembre da consulta do psiquiatra.

- Onde ele vai estar?

- Ele vai te mandar uma mensagem. - lembrou-me. - Não falte, por favor, Annie.

Revirei os olhos.

- Ok, mãe. Agora não ache que esse cara vai me curar de uma coisa que eu nem sei.

- Vai ficar tudo bem, garota. - minha mãe disse com aquele seu jeito do Texas e sorriu para mim quando parou no estacionamento de visitas da Goode.

Agarrei minha mochila que estava no tapete do carro, inclinando-me para me dar um beijo em minha mãe.

- Não vá embora. Eu ainda sinto sua falta. - murmurei, contra todo meu orgulho.

Nightingale • PJOOnde histórias criam vida. Descubra agora