Prólogo

130 7 0
                                    

- Mãe, não enche. - puxei o lençol fino sobre minha cabeça, tentando com todas as minhas forças ignorar os gritos de como eu era irresponsável.

- Annabeth! - ela puxou o lençol e fechei os olhos com força. - Quem é esse garoto? Outro garoto!

Ri e abri um dos olhos, vendo um garoto moreno de olhos castanhos usando bermudas e sem camisa, ele sorria brincalhão mesmo estando com o rosto corado e provavelmente, tão chapado quanto eu.

- Oi, - murmurei com um sorriso sedutor. - eu não sei quem você é. - fiz uma expressão de pena para minha mãe e acenei paro o garoto. - Mas acho melhor você ir embora antes que a coisa fique feia pro seu lado, e ah, se você quiser me levar também, você vai ser meu Charming Prince.

O garoto riu, mas não seguiu meu último conselho, passou pela porta e sumiu. Minha mãe bufou impaciente.

- Não sei mais o que fazer com você, Annie, - acariciou meus cabelos enquanto eu voltava a fechar meus olhos. - não sabia que a coisa era tão drástica.

- Por favor, mãe, por que você acha que eu andava tão cansada quando você chegava em casa? - reclamei. - Agora, por favor, eu ficaria infinitamente agradecida se você me deixasse dormindo.

- Annabeth, você vomitou muito!

- Aham, eu sei. Eu sempre faço isso. - disse com meu melhor ar de normalidade.

- A casa está uma bagunça... Por favor, me diga que é a primeira vez que você faz isso.

Dei um risinho e neguei.

- Mãe, - choraminguei. - temos essa conversa depois, que tal? Juro que pode passar qualquer sermão que quiser.

Atena balançou a cabeça e saiu do meu quarto.

Suspirei, irritada, e fechei os olhos voltando a dormir, sem me importar qual seria o próximo castigo tenebroso de Atena.

Meu sono foi bem rápido, com direito à pesadelos do tipo aterrorizantes que, infelizmente, eu já estava acostumada com o suor que fazia quando eu estava nesses sonhos, às vezes, variava... Era um frio intenso, com dores nos pés e essas coisas.

Mas agora, eu realmente estava com calor.

Tirei o lençol fino e molhado em cima de mim, percebendo que só estava de calcinha... Provavelmente, fora isso que o garoto estava rindo. Legal. Agora além de vadia, eu seria conhecida como o quê? Pior que isso não ficava, com certeza.

Abri a janela do segundo andar, fechei a cortina branca, suspirando. Sem sol por um curto período de tempo.

Entrei no box, sentindo as gotas frias percorrendo os vales do meu corpo... Analisei as gotas, caindo... Caindo, caindo, caindo... Sorri, eu ainda estava sobre o efeito da maconha e da vodka?

Felizmente, as paredes não giravam nem tentavam me esmagar.

Vesti jeans surrados e um casaco vermelho com rasgos atrás, e todos folgado, agradecendo pelas mangas me protegerem do frio que não fazia, mas pra mim, sim.

Do banheiro, há uma porta de correr transparente com acabamentos brancos nos cantos que dá pro closet que minha tia, Afrodite designer de interiores, fez questão de fazer um desses, então agora que eu tentava empurrar a porta emperrada que dava do closet pro quarto.

Quase cai quando isso aconteceu por causa da força que eu insistia em pôr na pobre porta. 

- Qual é. - resmunguei, impaciente ao ver minha mãe sentada na minha cama já arrumada com um edredom lilás.

Nightingale • PJOOnde histórias criam vida. Descubra agora