• 17 • make that turn

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A prova de Salomão era extremamente difícil.

A semana de provas em si era tudo o que eu não esperava.

A Goode era conhecida por isso.

Suspirei e terminei de fazer a última questão, e por sorte, eu tinha estudado. Entreguei a prova para o fiscal, saindo da sala com minha mochila nas costas.

Era sexta, depois de um mês do meu pré-surto e eu tinha duas alternativas: ficar na escola ou ir para minha casa onde minha mãe ainda me esperava e dizia ter boas notícias.

Só não sei o que significa boas notícias para ela.

Em meio ao silêncio do corredor vazio, verifiquei a ruiva.

Rachel Elizabeth Dare. Um verdadeiro e extremo pesadelo.

Desde do dia que peguei a discussão dela com Percy, ambos deixaram de se falar, embora todo café da manhã, eles estão juntos, conversando e rindo. E paralelamente, eu e Percy nos aproximamos mais. Sabemos mais um do outro.

Por exemplo, eu sabia que um dos sonhos dele era virar um agente da Interpol, mas ele disse que não gosta muito das coisas de andar armado e coisa e tal. Talvez, Rachel não soubesse disso. Nem que ele tem vários maços de cigarro de várias marcas em um baú do seu closet.

De qualquer maneira, ela ainda continuava sendo o anjo dela.

E eu queria acabar com aquilo.

— Oi. — encostei-me no armário de ferro ao seu lado.

Rachel me olhou de esguelha, e sorriu, sem dar muita bola.

— Como foi sua prova?

— Ótima, Dare. E a sua?

— Muito boa, obrigada.

— E como está sua vida?

— Essa é uma daquelas conversas que você quer saber porque Percy ainda fala comigo?

Bufei e encarei meus novos Doc Martens vermelhos. Eram lindos, brilhosos e Thomas tinha me dado quando fomos fazer uma sessão especial no centro de Hampshire.

— Hm, não. — dei de ombros. — Bem, espero que vá bem nas outras provas.

Segurei a barra do meu vestido, agradecendo por estar vestindo uma segunda pele quando saí para o vento frio e o céu nublado da Inglaterra. Como os corredores, o estacionamento estava totalmente vazio, apenas com alguns carros estacionados e poucas pessoas saindo com seus pais.

Mais a frente, percebi um carro desconhecido com um senhor encostado nele, de modo relaxado.

Encarei o outro lado e percebi Percy andando em direção à ele, tão relaxado como o próprio pai.

Comecei a andar, tentando chegar primeiro que ele, porém foi inevitável.

Pude observar o abraço desajeitado de pai e filho, sorrisos trocados e começaram a tagarelar.

Tentei me esconder atrás de alguns carros, poucas vezes, eu poderia ver uma cena como essa, quase nunca e agora eles estavam ali. Tentei me aproximar aos poucos. 

Isso já estava virando rotina, na verdade. Ouvir conversas dos outros deveria ser a coisa que eu mais fazia.

Escondi-me no fundo de um carro onde podia ouvir a voz rouca de Poseidon e pouca coisa do que Percy falava.

Nightingale • PJOOnde histórias criam vida. Descubra agora