-" Como se sente meu amor?" Paula pergunta antes de sairmos em direção à casa de meu pai, aquela quarta-feira eu estava disposta a tudo para voltar a ter contato com meu pai, se Kliana viesse me tratar mal a gente ia resolver de qualquer jeito, eu queria meu pai de volta na minha vida.
-" Muito ansiosa e nervosa, não sei se meu pai vai me receber Bem" ( eu chamava Paula carinhosamente de Bem)
-"Relaxa ele vai sim amor, afinal você é filha dele"
-"Eu espero, eu sinto muita falta dele" lágrimas escorrem pelo meu rosto e Paula me abraça; pego o capacete coloco em minha cabeça, Paula sobe em sua moto e eu logo em seguida e saimos em direção a casa de meu pai.Chegamos na frente do portão da que seria minha casa mas não era, desci da moto, tiramos os capacetes, dei o que estava comigo para Paula, ela me desejou boa sorte e me beijou, eu agradeci e fui bater no portão, ao mesmo tempo que eu estava nervosa eu estava feliz pois sabia que iria ver meu pai.
-" Boa noite Kliana papai está em casa?" Falo ao perceber que Kliana que estava vindo abrir o portão.
-" Olha quem veio procurar a família depois de anos não é? Sim teu pai ta lá na sala, por que o que tu quer com ele?" Minha madrasta responde.
-" Não interessa Kliana, e também nem faz uma ano ainda, diz pra ele que eu quero falar com ele"
-" Nossa ta bom Cleker, e essa garota ai da moto é aquela que gritou comigo ano passado?"
-" Ai Kliana dá pra chamar o papai por favor, deixa a Paula em paz, ela só me defendeu apenas"
-" Cristiannnn a Cleker veio falar contigo" Kliana grita chamando meu pai. Ele logo sai na porta da sala e o vejo nossa quanta saudades eu estava dele. Ele chega no portão e quando ele abri eu o abraço forte e começo a chorar ele retribui o abraço e diz que sentiu muita a minha falta e que era pra eu perdoa-lo por tudo o que ele fez comigo pediu para eu convidar Paula pra entrar, ela pegou a moto e entrou com ela para não roubarem se deixássemos do lado de fora de casa, ele falou com Paula e se desculpou com ela também, papai pediu para Kliana nos servi comida, aquela foi a primeira vez que eu vi de fato que Kliana estava fazendo as coisas em casa e pra mim, conversamos sobre várias coisas incluindo a minha viagem para Orlando com Paula nas férias de Junho, falei sobre minha faculdade de Direito, falei que Paula que estava me sustentando e me ajudando em tudo, falei sobre como a família de Stella me acolheu bem, mas não tive coragem de falar sobre meu relacionamento com Paula, pois sabia que ele nunca ia aceitar, era outro segredo que eu escondia da sociedade ao meu redor, mas só o fato de apenas a família de Stella saber já era o primeiro passo na minha vida. Papai me convidou pra morar junto com eles mas eu recusei pois eu sabia que as coisas iriam ser piores do que antes, ele me questionou se eu continuava frequentando alguma igreja e eu disse que sim, e era verdade embora eu não fosse direto mas sempre que eu podia eu ia afinal ser evangélica era mais que um título pra mim, ser evangélica era ter uma conexão com Deus incrível, e eu jamais iria abandonar a minha religião por causa de algum problema, mesmo sendo eclética em meus gostos musicais e vestimentas, mesmo sendo bissexual, mesmo sendo o que eu quisesse ser nada me tiraria do amor de Deus, e eu acreditava que o que importava pra Deus era o nosso coração puro e sincero diante dele. Esses pensamentos vieram em minha cabeça durante aquela noite que fui visitar meu pai, que me deram força para começar a enfrentar qualquer problema, preconceito e pessoas tóxicas.
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Segredos de uma ECLÉTICA... (Parte I)
General FictionConta a vida de uma jovem repleta de desejos, cheia de segredos, e tabus que a sociedade ao seu redor lhes impõe, Lara Cleker vive uma vida conturbada entre sua familia, amigos e prazeres e precisa fazer algumas escolhas e por a prova seus amores, d...