14. Mudanças 3

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Nos despedimos do meu pai e de Kliana e meu pai novamente disse que se eu quisesse voltar a morar lá eu poderia, mas eu recusei carinhosamente, Paula saiu com a moto que estava no pátio, subimos nela e retornamos para casa de Stella.
-" Oi tia desculpa eu ter chegado nesse horário, nós estávamos no meu pai"
-" Tudo bem Lara! Ele te recebeu bem?"
-" Sim sim a gente até comeu lá né Paula?"
-"Sim ele nos tratou bem, queria até que ela voltasse a morar lá, e já tomando a palavra eu posso dormir aqui com minha namorada Dona Cristina?"
-" Claro Paula por que não!".
Fomos pro meu quarto aproveitei pra conversar sobre meu desejo de voltar a trabalhar e juntar grana para comprar uma casa ou apartamento, e as dificuldades de estudar e trabalhar, Paula sugeriu que eu morasse com ela, mas eu recusei disse que queria morar em algo que fosse meu de verdade.
Pela manhã do dia seguinte ao acordar Paula já tinha saído, veio em meus pensamentos de correr atrás de um emprego que desse pra conciliar com a faculdade.
Clic
-" Oi posso entrar!"
-" Claro Cristofer"
-" A gente pode conversar? Claro se você não tiver com pressa" Cristofer fala ao me ver arrumada colocando um envelope em minha mochila.
-" Então se você me deixar de moto na loja de empregos eu te ouço sim" respondi.
-" Fechou, te deixo lá sim"
-" O que ocorreu, o que houve?" Pergunto ao vê-lo com o semblante abatido.
-" Promete não contar a ninguém?" Ele me pergunta.
-" Óbvio que não vou contar né Cris" respodo-o.
-" Então meu padrasto me tirou da clínica"
-" Meu Deus porque Cris?"
-" Eu não quis fazer o que ele me propôs"
-" Esta me deixando nervosa Cris desinbucha vamos"
-" Ele queria que eu fraudasse uns documentos para os colegas dele e eu não quis ele disse que teria consequências e seriam muitas eu não sei o que fazer, aquele filho da puta esta se revelando agora depois de anos casado com a mamãe, ele deve já ter gastado o dinheiro da mamãe bastante esses anos que ele esta por aqui, e eu tô preocupado com você"
-" Calma Cris devagar para eu entender, você ta dizendo que o Joaquim tá roubando sua mãe sem ele perceber e o porque você ta preocupado comigo?"
-" É Lara mas esse filho da puta vai desencanar comigo,e eu tenho medo que ele faça algum mal contra você ou contra minha família, sei lá eu tô mal, mamãe nunca vai acreditar na gente se a gente contar pra ela, ela ama ele assim como eu.. tá esquece"
-"Assim como eu? termina de falar Cris" fico na expectativa quando olho em seus olhos ele estar lacrimejando de ódio ou algo parecido que eu não consigo decifrar.
Clic
-" Lara preciso te contar.... opa desculpa o que tá havendo aqui?"
-"Stella não é nada eu só vim falar com a Lara rapidinho, eu vou levar ela na loja de empregos" Cris toma a palavra ao perceber a cara irônica e suspeita de Stella
-" É verdade Stella tô querendo um emprego sabe pra me sustentar" confirmo o que Cris fala.
-" Aram sei sei, acho bom mesmo por que agora parece que é só tua mulher que te sustentar né" Stella responde com um ar bem estranho. Olho em seus olhos e falo à ela que eu nunca pedi a Paula pra me dar grana pra me sustentar e que ela me ajudava muito por que ela queria não que eu pedisse, Cristofer falou para ela não ficar recordando do que ela viu ano passado, que eu e ele era passado. Stella tinha mania de ter ciumes do irmão e sei lá as vezes ela tinha umas manias estranhas com algumas arrogâncias ao falar comigo, ela era assim na maioria do tempo: fria, ignorante e as vezes amorzinho, eu ficava magoada as vezes com ela mas logo em seguida a perdoava, e a cada dia que se passava eu sabia que o que eu sentia por ela era mais que paixão.
-" Lara desculpa tá, é só que quando eu vi vocês dois aqui no quarto sozinhos eu pensei besteira" Stella se desculpa
-" Relaxa Stella te entendo" respondo-a
-" Então Cris vamos estou atrasada tenho aula a tarde, não posso me atrasar pra faculdade tenho prova" me dirijo à Cristofer.
-" Vamos!" Ele responde
-" Cuidado! Vão com Deus" Stella fala após nos despedirmos. Saímos em direção a empresa de empregos, mas algo mudaria minha vida por uns segundos, e um filme começou a passar em minha mente, o que aconteceu comigo, por que eu estava com Paula sendo que meu coração pertencia à Stella, porque eu tinha subido na moto com Cris, por que minha vida estava daquele jeito, por que eu estava deitada no asfalto olhando para o rosto de Cris ensanguentado com uns caras com capus preto apontando armas para a direção de Cris.

Segredos de uma ECLÉTICA... (Parte I)Onde histórias criam vida. Descubra agora