Capítulo 17

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Abri meus olhos quando senti o carro parar de se movimentar. Harry já havia saído do carro. Tirei o cinto e saí, me espreguiçando logo em seguida. Olhei para os lados e vi o carro de Ian e Mark já estacionados. Prestei atenção na casa em minha frente. Era enorme. Dois andares, toda branca e moderna. 

– Mamãe! – Elissa disse, parando ao meu lado com sua mochilinha nas costas.

– Mamãe vai pegar nossa mala e já vamos entrar, ok? – falei a ela e me virei, indo até o porta malas do carro, onde Harry estava.

– Eu levo, Natalie, pode deixar – ele disse, já segurando nossa mala e sua mochila.

Sorri agradecendo e começamos a andar os três em direção a porta de casa, que estava aberta.

– Nat, vem, vou te mostrar seu quarto e o de Elissa! – Call falou, vindo até mim e me puxando pela mão.

Fui com ela até as escadas, subindo em seguida. Haviam quatro quartos, sendo um de Callie e Ian, outro de Anne, Mark e Nick, outro meu e de Elissa e outro de Harry. Nosso quarto seria o terceiro do corredor.

– Tá ótimo, amiga, muito obrigada! – Falei a ela, enquanto soltava minha bolsa e a mochilinha de Elissa em cima da cama.

– O quarto do Harry é no final do corredor, caso queira saber – ela disse, abrindo um sorriso sugestivo, e eu lhe acertei uma almofada que havia por ali.

– Cala a boca, Callie – falei, me sentando na cama.
– Não conversaram?

– Não. E acho até que eu fui meio grossa com ele – dei de ombros.

– Pois vocês precisam se ajeitar – ela disse, sentando ao meu lado. – Escuta o que ele tem pra dizer.

– Você sabe de alguma coisa? – perguntei, me virando para ela.

– Sei que ele e Melissa não resolveram voltar nem nada do tipo – falou, e eu não pude deixar de sorrir. – Tá vendo, boba? Me promete que de hoje não passa, por favor!

– Tá, tá – falei, empurrando-a para o lado. – Mas, e você? E esse bebê aí?

Os olhos de Callie brilharam e ela olhou para sua barriga.

– Daqui a duas semanas, em setembro, completo quatro meses. A médica disse que já vai dar pra ver o sexo dele! – ela falou, animada.

– Que delícia, amiga! Sinto saudade da minha barriga – falei, sorrindo.

– A minha nem cresceu direito e eu já sei que vou sentir falta quando ele nascer – ela falou, sorrindo também.

– Call! Nat! – ouvimos Anne chamar e nos levantamos, descendo as escadas. – Vamos fazer um luau!

– Como se faz uma lua? – Nick perguntou e todos nós caímos na gargalhada.

– Um luau, filho, não uma lua! – Mark respondeu, ainda rindo. – Mas nós não temos violão!

– Não precisa obrigatoriamente de violão pra ser um luau – Callie disse.

– Eu topo! – falei, animada.

– Vamos aproveitar que já 'tá escuro, então. Vou pegar algumas toalhas para sentarmos na areia – Ian disse, se afastando.

– Vou pegar as cervejas – Harry se pronunciou, indo para a cozinha.

– E a gente faz o que? – Callie perguntou, rindo.

– Pegamos as crianças e vamos lá pra fora – Anne respondeu.

Nick e Elissa pegaram alguns brinquedinhos e nos seguiram para a parte de frente da casa, que dava diretamente para a praia.

– Praia, mamãe! – Elissa disse, correndo na minha frente.

Eu corri atrás dela e a abracei, tirando-a do chão, enquanto nós duas ríamos.

– Você viu só que lindo? – perguntei, sorrindo para ela.

– Quero ir na água! – falou e eu a soltei, pegando em sua mão.

– Só vamos molhar os pés agora, tudo bem? Tá de noite já. Amanhã a mamãe entra com você! – falei a ela, e ela assentiu, me puxando em direção ao mar.

Quando a água tocou nossos pés, Elissa soltou um gritinho animado e bateu os pezinhos, fazendo com que respingasse água para os lados.

– Tá gelada!

– É porque tá tarde, ursinha – falei, fazendo carinho em seu cabelo.

– Promete que vamos entrar amanhã? – ela pediu, piscando seus olhinhos, fazendo uma cara adorável.

– Prometo! – peguei-a no colo novamente e a girei, enchendo-a de beijinhos molhados.

Elissa gargalhava e pedia para eu colocá-la no chão. Quando a soltei, assim que levantei o olhar, vi que Harry nos observava com um sorriso no rosto. Sorri de volta para ele e fomos as duas em direção ao restante do pessoal, que já estavam sentados sob as toalhas, formando um círculo meio torto. Elissa e eu nos sentamos ao lado de Harry.

– Não temos violão, mas podemos cantar, né? – Mark falou.

– Por favor, não! – Ian disse – Não 'tô afim de ficar surdo hoje!

Nós rimos e Mark jogou um pouco de areia em Ian, que reclamou com um palavrão, sendo repreendido por mim e Anne, por causa das crianças.

– Quem aí quer cerveja? – Harry perguntou, abrindo a caixa térmica.

Todos levantaram as mãos, menos Callie e Anne.

– Não existe cerveja pra criança? – Nick perguntou.

– Cerveja de criança é refrigerante – Elissa respondeu e bateu a mãozinha na testa, como se fosse óbvio.

Nick mostrou a língua para ela e fechou a cara, cruzando os braços. Harry me entregou uma garrafa já aberta e eu sorri para ele em agradecimento, logo dando um gole.

– Anne não vai beber? – Harry perguntou, fechando a caixa térmica.

– Não posso – ela disse, sorrindo de lado.

Antes que pudéssemos perguntar o motivo de ela não poder beber, Nick anunciou para todos:

– Eu vou ter um irmãozinho ou uma irmãzinha! – ele berrou e todos nós levantamos e começamos a comemorar, indo abraçar Anne e Mark.

– Meu Deus, que coisa linda, eles vão ter só quatro meses de diferença! – Callie dizia a irmã, assim que se separaram de um abraço.

– Sim. Vamos passar uma parte de gravidez juntas – Anne sorriu.

– Tô muito feliz por vocês duas, de verdade! – exclamei.

– Eu e Ian vamos nos casar em novembro – Callie disse. – Já vou estar com a barriga maior, mas vai ser lindo do mesmo jeito!

– Vai sim, amiga! – Abracei-a de lado. – E ai de você se eu não for madrinha!

– Mas isso é óbvio, né? – Callie respondeu, sorrindo.

– E você e Harry vão se resolver quando? – Anne perguntou.

– Não sei – dei de ombros.

– Hoje! Eles vão se resolver hoje – Call respondeu e Anne riu. – Pelo amor de Deus, chega disso!

Eu olhei para o lado, onde Harry, Mark e Ian conversavam animadamente. O olhar de Harry encontrou o meu e ele deu uma piscadinha. Sorri de lado e voltei a atenção a conversa com as meninas.

– Eu vou contar pra ele o que aconteceu comigo – falei, baixinho.

– Você vai contar sobre o...? – Callie falou.

– Contar o que? O que aconteceu com você? – Anne perguntou, curiosa.

– Esqueci que você não sabe. Depois a Call te conta – falei, dando de ombros. – A Dra. Watson me disse que preciso contar pra ele, pra estabelecer um vínculo de confiança entre nós dois.

– Eu concordo com ela e já te disse isso! – Callie disse. – Aproveita que estamos aqui, nessa praia linda, com essa casa maravilhosa e tudo pode acontece-er! – Cantarolou, fazendo eu e Anne rirmos.

– Nick e Elissa dormiram – Anne apontou para os dois, deitadinhos nas toalhas. – Vou falar ao Mark para subirmos também – ela disse, se afastando de nós.

– Eu vou levar Elissa pra dentro. Vocês ainda vão ficar aqui, Call? – perguntei à minha amiga e ela assentiu. – Já volto, então!

Fui até Elissa e a peguei no colo com certa dificuldade, já que ela estava deitada na areia, e fica cada dia mais pesada. Andei até a casa e logo subi as escadas. Assim que entrei em nosso quarto, deitei-a na cama e fui em direção a mala pegar um pijaminha para vesti-la.

– Mamãe?

– Oi meu amor, mamãe tá aqui.

– Eu não vou tomar banho? – perguntou, e só então me dei conta que ela não havia tomado banho hoje.

– Você quer acordar pra mamãe te dar um banho rápido ou quer só lavar os pés por causa da areia? – perguntei, me sentando ao seu lado.

– Eu não vou ser porquinha se quiser lavar só os pés? – Ela disse, fazendo bico, e eu sorri, balançando a cabeça negativamente.

– Claro que não, meu amor. Amanhã cedo você toma. Vamos então?

Ela assentiu e se sentou na cama. Fui com ela até o banheiro do quarto e abri o chuveiro. Elissa ficou ao meu lado e eu peguei água e esfreguei em seu pé, junto com sabonete. Logo enxaguamos e a sequei, voltando para o quarto. Vesti seu pijaminha e a deitei na cama.

– Fica aqui até eu dormir? – pediu.

Concordei com a cabeça e me ajeitei ao lado dela, puxando-a para se aconchegar em mim. Fiquei fazendo carinho em sua cabeça por um tempo e quando vi, ela já tinha adormecido.
Me levantei e saí do quarto, fechando a porta em seguida. Desci as escadas e fui lá para fora, mas não encontrei ninguém. Concluí que Callie, Ian e Harry já deveriam ter entrado, porque demorei com Elissa. Mesmo assim, peguei uma toalha dentro de casa e caminhei até a praia, estendendo-a. Me sentei e coloquei os braços para trás, me apoiando neles, enquanto observava o oceano a minha frente. A última vez que eu havia visitado a praia, mamãe ainda estava viva. Fomos passar o dia na cidade vizinha, enquanto John trabalhava. Foi um dia maravilhoso, porque éramos só nós duas. Abri um sorriso ao me lembrar desse dia.

– Achei que tinha decidido dormir – ouvi a voz de Harry ao meu lado e praticamente pulei.

– Puta que pariu, Harry! Que susto! – falei e coloquei a mão sobre meu peito, respirando fundo.

Ele riu baixinho e fez menção de se sentar ao meu lado e eu lhe dei espaço. Harry se sentou e deixou as pernas dobradas, apoiando os braços nas mesmas.

– Difícil te ouvir falar um palavrão, hein? – ele brincou, me cutucando. Eu ri e balancei a cabeça.

– Meu coração quase saiu pela boca. Achei que todos tinham ido dormir – dei de ombros e voltei meu olhar para frente. Ele fez o mesmo.

Ficamos em silêncio durante algum tempo, até que eu resolvi falar algo:

– Me desculpa por te ignorar e por ter sido grossa mais cedo – Me desculpei, mordendo o lábio.

– Me desculpa por sumir – ele disse, ainda olhando para frente. – E por sair da sua casa daquele jeito naquele dia...

Assenti, balançando a cabeça devagar, sem desviar meu olhar do mar.

– Melissa tem um filho – Harry falou.

Arregalei meus olhos.

– Seu? – perguntei, não escondendo a surpresa em minha voz.

Ele negou com a cabeça e eu soltei o ar pela boca, aliviada. Harry percebeu e riu.

– Ela me traiu quando estávamos juntos – Harry contou.

– Sinto muito – eu disse, sincera.

– Não tem problema. Não é como se eu tivesse sendo o melhor marido do mundo na época – ele deu de ombros. – Eu não parava em casa, Natalie. Bebia o tempo todo. Já naquela época as coisas entre nós não tinham mais jeito. Não sei como eu não percebi antes.

Olhei para ele, um pouco surpresa.

– Não consigo te imaginar assim – Confessei, enquanto observava seu rosto.

– Assim como? – perguntou.

– Bêbado, o tempo todo...

– Eu não gosto nem de lembrar, Nat – Harry falou. – Depois que ela foi embora eu percebi que precisava retomar minha vida. E foi aí que procurei a...

– Dra. Watson. Eu sei – sorri para ele, e ele retribuiu. – Ela me contou hoje e ficou surpresa por Melissa ter voltado.

– Vocês falaram de mim, é? – ele sorriu, convencido.

Dei um tapa em seu ombro e neguei com a cabeça.

– Só comentei que não estávamos nos falando... – Encolhi meus ombros.

– Eu te procurei nos primeiros dias – ele disse, voltando a olhar para frente. – Te procurei sexta e sábado. Mas daí precisei ajudar um amigo que estava em crise – ele riu baixinho, provavelmente se lembrando de algo –, e depois foi aniversário da morte de Sara e... Acabei tirando uma semana pra mim e fui pra casa dos meus pais.

– Você poderia ter me avisado. Eu iria com você ao cemitério, caso quisesse... – falei, meio incerta.

Harry balançou a cabeça, negando.

– Eu não a visito. Não consigo – ele falou. – Um dia, sei que vou precisar ir. Mas ainda não me sinto pronto.

Balancei a cabeça, compreendendo. Eu não havia visitado minha mãe depois de seu enterro, então, de certa maneira, eu o entendia.

– Melissa vai sempre, segundo ela – ele disse, e eu não pude evitar torcer a boca. – Ela disse que gostaria de te conhecer.

Oi? Virei-me para ele, a surpresa estampada em meu rosto.

– O quê? Digo, por quê? – perguntei.

Harry riu de minha reação e se virou, sentando-se de frente para mim.

– Porque eu contei a ela sobre você. E sobre Elissa.

– Ainda não entendi – confessei meio confusa.

– Eu disse a ela que te amava, mas ela já sabia disso antes mesmo de eu falar em voz alta – ele disse, dando de ombros, como se fosse algo óbvio e simples.

Espera, muita informação.

Ele disse a sua ex esposa que me ama?

E como ela sabia antes dele?

E porque ele não me disse isso antes?

Harry estalou os dedos em minha frente, me fazendo voltar a atenção a ele. Olhei para ele e ele tinha um sorriso divertido nos lábios.

– Tô tentando assimilar as informações – Torci a boca e ele riu.

– O que? Que eu te amo? Porque eu amo mesmo, e posso falar quantas vezes você quiser... – ele disse, seu olhar fixo no meu. – Eu te amo, Natalie. Te amo, te amo, te amo!

Foi o suficiente para me fazer jogar os braços ao redor dele e grudar nossas bocas no mesmo instante. Harry acabou caindo deitado e me puxou junto. Nossas bocas se mexiam em um beijo urgente, cheio de saudades. Uma de suas mãos estava entrelaçada em meus cabelos e a outra estava em minhas costas, mantendo meu corpo junto ao dele. Eu dei uma mordidinha em seu lábio e parti o beijo, me afastando para olhar seu rosto.

– E você não podia ter me dito isso na noite em que eu abri meu coração pra você? – perguntei, arqueando a sobrancelha.

– Que graça teria? – ele falou, rindo.

– Você é um idiota! – falei, dando um tapa em seu braço.

– Ouch! Segundo tapa só hoje! – ele disse, fazendo uma careta.

– Você mereceu! Foi bem ruim ficar sem sua resposta – fiz um bico e Harry mordeu-o rapidamente, mas logo o soltou.

Nós dois sorrimos um para o outro e eu me ajeitei deitada em cima de seu corpo. Deitei a cabeça em seu peito e ele ficou fazendo carinho em meu cabelo.

– Desculpa ter sumido. De verdade – falou, quebrando o silêncio.

– Você precisa pedir desculpas pra Elissa, não pra mim. Eu me contento com um "eu te amo" – respondi e Harry riu, dando um beijo em minha cabeça.

– Será que agora que fizemos as pazes, eu posso dormir no seu quarto com você? – perguntou e eu levantei a cabeça na hora para olhá-lo. Fingi incredulidade e perguntei:

– Você falou que me ama só pra me levar pra cama? – falei, segurando o riso ao ver a cara dele.

– O quê? Claro que não! – ele respondeu, se exaltando um pouquinho.

Gargalhei alto e aproximei meus lábios dos dele, dando-lhe um selinho.

– Eu tô brincando, bobo – falei contra seus lábios e o senti rir também – Não sei se é uma boa ideia, Elissa tá lá também.

– A gente pega um colchão – ele respondeu, e eu sorri, concordando por fim. – Vamos entrar, então?

– Sim, pirilim! – imitei Elissa e ele gargalhou, me empurrando para o lado, fazendo me sair de cima dele.

Me levantei, rindo, e passei a mão pelas pernas, dando alguns tapinhas para tirar a areia. Harry pegou a toalha e balançou-a, para que a areia caísse, e dobrou-a em seguida. Estendeu a mão para mim e eu levei minha mão até a dele, entrelaçando nossos dedos e fomos andando juntos de volta à casa.

Enquanto Harry ficou encarregado de pegar o colchão e arrumar para Elissa dormir, eu fui para o banheiro tomar um banho rápido. Assim, quando saí do banheiro já de camisola, Elissa estava deitada no colchão que estava ao lado da cama de casal, dormindo abraçada a seu gatinho de pelúcia. Harry estava deitado na cama só de boxer, mexendo em seu celular. Sorri com a cena e me aproximei, pulando ao seu lado. Ele riu e deixou o celular de lado, me puxando para junto dele, abraçando-me por trás.

– Hm... – Harry disse, passando seu nariz pelo meu pescoço, me fazendo arrepiar. – Que saudade eu senti do seu cheirinho de baunilha.

Sorri ao ouvi-lo e levei minha mão até a dele, entrelaçando nossos dedos. Harry começou a dar pequenos beijinhos na região e eu fechei os olhos, aproveitando o momento. Quando senti seus dentes me morderem de leve, meu corpo inteiro arrepiou e me grudei mais a ele. Harry suspirou contra meu pescoço, soltando sua mão da minha e levando-a até minha coxa, acariciando-a.

Quanto mais Harry beijava meu pescoço, mais meu corpo reagia a suas carícias. Sua mão explorava minha coxa e foi deslizando até chegar em minha bunda, onde ele deu um apertão de leve, e como resposta, eu empurrei meu quadril para trás. Ele respirou fundo e com sua mão, forçou mais meu corpo contra o dele, e pude sentir o quão excitado ele estava. Por incrível que pareça, aquilo não me assustou tanto quanto eu achei que fosse. Pelo contrário, eu estava tão excitada quanto ele, pela primeira vez. Mas logo Harry depositou alguns selinhos em meu pescoço e se afastou lentamente.

– Acho melhor pararmos por aqui, não é? Até porque tem uma criança no quarto – ele falou, rindo baixinho e juntando nossas mãos.

– Tava tão bom – falei, mordendo o lábio.

Harry sorriu e me virou de frente para ele. Eu me ajeitei e ele levou uma mão ao meu rosto, acariciando-o.

– Isso é um avanço e tanto, não? – perguntou e eu balancei a cabeça, concordando. – Você tem conversado sobre isso com a Dra. Watson?

– Sim. Conversamos hoje, aliás. Tem algumas coisas que preciso te contar, mas... – falei e ele fez sinal para que eu continuasse. – Pode ser amanhã? Agora eu quero dormir ao lado do meu namorado, porque senti saudades.

Ele riu e assentiu, dando um beijinho na ponta do meu nariz. Me virei novamente e Harry me aconchegou em seus braços. Me deu um beijo atrás da orelha e sussurrou:

– Boa noite, amor.

– Boa noite, Harry – falei, fechando os olhos em seguida.

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