Capítulo 19

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- Eu não vou vestir isso, Callie! - Disse, indignada ao ver o tamanho da calcinha que ela segurava.
  
- Você vai ficar maravilhosa, Nat. Por favor, por favor... - Balançou a calcinha na frente de meu rosto, quase encostando-a, enquanto dava pulinhos empolgados.

- Meu Deus, até parece que é você quem vai me ver nessa lingerie! - Retruquei, arrancando a calcinha de sua mão e fechando a porta do provador ainda a tempo de ouvi-la rir.

- Vamos, Natalie, não demora uma eternidade pra vestir uma calcinha! - Reclamou, dando batidinhas na porta.

- Calma, amiga... Tô vestindo o conjunto completo. - Avisei enquanto fechava, com dificuldade, o corpete que acompanhava a calcinha. - Pronto. - Disse baixo e finalmente me olhei no espelho, arregalando os olhos ao me ver. - Caramba.

- O que? O que foi? - Call quase gritou enquanto tentava abrir a porta. - Me deixa ve-er!

Revirei os olhos e continuei a observar a mulher incrivelmente bonita e sedutora que me encarava de volta no espelho. Era eu mesma? Não conseguia me lembrar a última vez que me senti realmente bem comigo mesma - era a primeira vez em muito tempo. O conjunto de lingerie que envolvia meu corpo era rosa bebê, com detalhes em renda e tule. Com certeza custaria o olho da cara, mas, valeria a pena.

- Morreu aí dentro, Nat? - Callie bateu na porta mais uma vez, me fazendo rir. Finalmente abri a porta e puxei-a para dentro, observando o exato momento em que sua boca se abriu e ela começou a dar pulinhos empolgados. - Meu Deus, meu Deus, meu Deus, o Harry vai morrer, caralho, Natalie, olha isso, você tá muito gostosa, meu D...

- Callie, respira...

- Vai ser a melhor noite da vida de vocês, puta merda, Natalie, eu tô tão feliz por você que vou comprar uma lingerie pra mim também! - Finalizou, batendo palmas antes de sair do provador e me deixar com cara de tacho.

- Quando eu digo que é maluca... - Comentei baixo e ri, antes de me virar e voltar a observar, mais uma vez, meu corpo no espelho.

É, seria uma noite e tanto.

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- E como você tá lidando com a ansiedade pro casamento? - Perguntei a Callie assim que entramos no carro dela para irmos para casa.

- Tô uma pilha de nervos, amiga! E os hormônios da gravidez não estão ajudando muito - Call riu enquanto dirigia, sem tirar seus olhos do caminho a sua frente.

- Eu imagino - Eu ri baixo, mexendo no meu celular.

- E você tá ansiosa pra hoje a noite? - Perguntou, me olhando de canto de olho.

- Mais nervosa do que ansiosa - Confessei, suspirando em seguida. - Mas eu tô pronta, sei que tô.

- Vai dar tudo certo e amanhã você vai me ligar me contando tudo, ouviu? - Call praticamente me intimou.

- Sim, senhora - Respondi assim que o carro parou em frente ao meu prédio. - Você trás a Elissa amanhã?

- Ou eu o a Anne. Ela já ta com eles? - Call perguntou, virando-se para mim.

- Uhum, foi cedo pra irem na piscina a tarde - Sorri antes de abrir a porta. - Então, me deseje sorte.

- Boa sorte! - Call disse, abrindo um sorriso sincero. - Amo você!

- Também amo você, amiga. - Disse a ela e saí do carro, fechando a porta atrás de mim.

Com passos rápidos e ansiosos, eu logo estava no elevador. Não demorou para as portas se abrirem e eu estar em frente ao meu apartamento, destrancando a porta e entrando. Harry não estava, o que era esperado, pois marcamos as 20h e ainda eram 17h. Eu precisava começar os preparativos do jantar que faria antes de ir tomar banho.

Deixei as compras em meu quarto e troquei de roupa, prendendo o cabelo e voltando para a cozinha. Separei todos os alimentos que precisaria para preparar o prato e comecei a corta-los e coloca-los na panela para o preparo. Cerca de quarenta minutos depois, a comida estava pronta para ir para o forno. Aproveitei o tempo para tomar um banho pois ainda precisava me arrumar.
O banho não demorou, o problema era secar o cabelo, arruma-los e depois fazer uma maquiagem. Demorei cerca de meia hora para ajeitar meu cabelo e só me dei conta de quanto tempo havia passado quando comecei a sentir um cheiro de queimado.

- Merda! - Exclamei quando cheguei na cozinha e abri o forno, quase sendo engolida pela quantidade enorme de fumaça. - Parabéns, Natalie, estragou o jantar.

Tirei o prato do forno e coloquei-o em cima da pia, observando o estrago. Não tinha como salvar, estava completa e totalmente queimado. Bufei, frustrada e irritada. Olhei para o relógio no micro-ondas e me dei conta de que faltavam menos de vinte minutos para as 20h.

- Pensa, Nat, pensa... - Disse a mim mesma, batucando os dedos impaciente no balcão da cozinha. - Vou ter que pedir comida, não tem jeito.

Corri para o quarto e peguei meu celular, procurando um delivery de risotos que Callie havia me indicado outro dia. Por sorte, eles aceitavam pedidos online, então pedi rapidamente três pratos de risoto de gorgonzola com pera e realizei o pagamento. Respirei aliviada - mesmo não sendo meu próprio prato, com certeza estaria gostoso. Era o que eu esperava, pelo menos.

Voltei para o banheiro para fazer uma maquiagem rápida e só depois fui me vestir. Peguei o meu mais novo conjunto de lingerie e fui para frente do espelho vesti-lo. Coloquei a calcinha e com um pouco de dificuldade, consegui também fechar o corpete sozinha. Suspirei ao encarar meu reflexo, a insegurança novamente dando as caras.

- Natalie? - Ouvi a voz de Harry vinda da sala e arregalei os olhos, correndo até a porta para fechá-la.

- Tô no quarto, já vou! - Avisei-o e praticamente bati a porta, tamanha era minha pressa.

A insegurança e o nervosismo que ficassem para lá. Coloquei o vestido azul marinho que havia separado para a ocasião. Era rodado, com um decote em V nos seios e com a cintura bem justa. Nos pés, optei por um salto baixo de cor preta. Me olhei uma última vez no espelho e sorri, satisfeita antes de finalmente sair do quarto.

- Ei. - Disse quando chegue ia sala, encontrando Harry sentado no sofá.

- Oi, amor. - Ele respondeu e se virou, levantando-se para me olhar. Seus olhos passaram por todo meu corpo e só então ele se aproximou, sua mão direita indo diretamente para meu rosto. Deslizou os dedos lentamente por minha pele e colocou uma mecha de cabelo atrás de minha orelha. - Você tá linda.

Eu abri um sorriso de canto, um pouco sem jeito e aproximei meu rosto do dele, selando nossas bocas demoradamente antes de me afastar.

- Você também. - Respondi, passando meus braços por seu pescoço e acariciando sua nuca. - Perfume novo?

- Uhum. - Respondeu, sem desviar os olhos dos meus. - Gostou?
- Muito. - Sorri, grudando novamente nossas bocas, dando-lhe vários selinhos na intenção de começar um beijo.

Harry puxou meu lábio para si e sua outra mão passou por minha cintura, puxando meu corpo contra o dele. A mão que estava antes em meu rosto deslizou até minha nuca e ele entrelaçou seus dedos em meu cabelo. Passei minha língua por seus lábios e demos início a um beijo lento, mas que transbordava desejo de ambas as partes.

Sua mão acariciava minha cintura levemente, ora fazia movimentos circulares, ora apertava. Percebi que ele estava, aos poucos, me empurrando até a parede. Quando finalmente encostei as costas na superfície, Harry quebrou o beijo apenas para descer seus lábios até meu pescoço, roçando-os por ali e me deixando completamente arrepiada. Sua mão desceu lentamente para minha coxa, região a qual ele apertou levemente.

Mordi meu lábio, reprimindo um suspiro alto. A língua de Harry em meu pescoço estava me deixando maluca e eu comecei a ficar excitada sem dificuldade alguma - o que, de certa forma, foi uma surpresa. Com uma de minhas mãos que estava em sua nuca, puxei os fios de seu cabelo levemente, recebendo como resposta um gemido baixo contra minha pele. Minha outra mão foi até suas costas e eu passei a ponta dos dedos pela região com delicadeza.

Harry voltou seus lábios até os meus, beijando-me com certa pressa. Levou uma de suas mãos até a minha que estava em suas costas e prendeu meu punho na parede, levantando meu braço lentamente de maneira que ele ficou praticamente levantado. Ele afastou um pouco minhas pernas com sua coxa, pressionando-a contra minha intimidade, fazendo-me soltar um gemido baixo.

Pude senti-lo sorrir entre o beijo e então ele se afastou, me dando alguns selinhos. Depois, grudou sua testa na minha e fechou seus olhos.

- Acho que precisamos comer antes, né?

- Precisamos? - Perguntei, soando mais ansiosa do que eu queria, fazendo-o rir. - Só tem um problema. Tive um probleminha com a comida...

- Ahá! - Harry se afastou, me olhando com a sobrancelha arqueada e um sorriso divertido. - Eu senti cheiro de queimado. O que você aprontou?

- Queimou tudo, não foi minha culpa. - Dei de ombros, rindo baixo. - Mas eu já ped...

O som do interfone tocando interrompeu minha fala e eu dei um selinho em Harry antes de me afastar para atender.

- Pedi risoto. - Expliquei assim que desliguei o interfone.

- Tenho certeza que vai estar uma delicia assim como o prato que você queimou. - Ele respondeu com um sorriso divertido e eu fechei a cara, mostrando a língua para ele. - Eu vou buscar lá em baixo, pode ser?

- Por favor. - Pedi e ele sorriu antes de se afastar e sair pela porta do apartamento.

Finalmente pude suspirar, respirando fundo em seguida. Fui até a cozinha e peguei dois pratos, os talheres e duas taças de vinho. Arrumei tudo em cima da mesa de centro da sala, enfeitando-a com dois jogos americanos vermelhos. No chão, coloquei duas almofadas para que nos sentássemos. Terminei bem a tempo de Harry abrir a porta com o delivery em mãos.

- Isso tá com um cheiro maravilhoso. - Comentou assim que colocou a comida em cima da mesa e começou a abri-la.

- Eu comprei um vinho, mas não sei escolher, você sabe... - Dei de ombros, estendendo o vinho para que ele abrisse e me sentando em frente a mesa.

- Esse é dos bons. - Sorriu ao servir as duas taças. - A mesa já tava assim quando eu cheguei?
Ri e balancei a cabeça negativamente.

- Arrumei quando você desceu buscar a comida. - Sorri para ele enquanto servia risoto nos dois pratos. - Eu espero que esteja uma delícia. Se não tiver, a culpa é da Callie.

- Duvido que esteja ruim, Nat, mas se estiver, a culpa não é dela... Foi você quem deixou a comida queimar. - Harry comentou, rindo alto ao ver a expressão incrédula em meu rosto. - Tô brincando!

Fiz uma careta para ele antes de começar a comer; Harry fez o mesmo. Comemos praticamente em silêncio, trocando apenas algumas palavras e comentários entre uma garfada e outra. A comida estava realmente deliciosa, para meu alívio. Precisava lembrar de agradecer Callie depois.

- Mais vinho? - Harry perguntou quando pegou a garrafa para servir sua taça. Eu concordei com a cabeça.

- Só um pouco. - Pedi, estendendo a taça para ele. - Quer mais risoto?

- Não, obrigado.

Sorri antes de fechar a marmita de risoto - que havia sobrado muito pouco - e colocar nossos pratos um sob o outro. Depois ajeitei meu corpo na almofada e me virei de frente para Harry, que me encarava com um sorriso divertido no rosto.

- O que foi?

- Nada. Você é linda. - Ele sorriu, soltando sua taça na mesa e levando sua mão até a minha, entrelaçando nossos dedos. - E o jantar tava maravilhoso. Obrigado.

- Prometo que tento não queimar nada da próxima vez. - Eu ri e ele me acompanhou.

Quando paramos de rir, Harry sorriu e então deslizou lentamente seus dedos - antes entrelaçados com os meus - pelo meu braço, até chegar em meu ombro, acariciando a região com a ponta dos dedos. Esse simples toque fez com que um arrepio percorresse meu corpo e eu desviei meus olhos para os dele, abrindo um pequeno sorriso que foi o suficiente para que ele entendesse.

Eu realmente estava pronta.

No segundo seguinte eu já estava passando minhas pernas pelo corpo de Harry e sentando em seu colo. Ele encostou as costas no sofá e eu passei minhas mãos por seu pescoço. Imediatamente sua boca encostou na minha e começamos a nos beijar intensamente, as mãos dele percorrendo minhas costas, mantendo meu corpo junto ao seu. Meus dedos estavam entrelaçados em seus cabelos, puxando-os levemente conforme eu acariciava sua nuca.

Harry deslizou uma de suas mãos até a meu pescoço, afastando meus cabelos da área e dedilhando até seus dedos se embrenharem nos fios de meu cabelo e ele puxa-los para trás levemente, ao mesmo tempo em que mordi seu lábio e suguei-o para mim. Ele olhou rapidamente em meus olhos antes de fecha-los novamente e desviar seus lábios até meu pescoço, beijando-o, fazendo com que eu me encolhesse contra seu corpo tamanho o arrepio que senti. Ao mesmo tempo, percebi que o volume em suas calças já estava bastante evidente.

Sua mão livre deslizou até meu seio, apertando-o por cima do vestido que cobria meu corpo. Eu gemi baixinho e lentamente comecei a mover meu quadril contra o dele, inclinando meu pescoço para trás conforme ele movia sua boca por minha pele. Intensifiquei meus movimentos, movimentando o quadril um pouco mais rápido, arrancando um gemido de Harry, que falou contra minha pele:

- Acho melhor irmos para o quarto. - Sua voz saiu abafada, mas o entendi perfeitamente e concordei com a cabeça.

Me afastei, olhando em seus olhos quando levantei e estendi a mão para que ele a pegasse e viesse comigo. Quando Harry levantou, entrelaçou seus dedos nos meus e seguimos os dois para o quarto. Eu fui na frente, guiando-o como se ele nunca tivesse entrado em meu apartamento antes. Assim que entramos no cômodo, mal tive tempo de me virar e Harry grudou seu corpo no meu e pude sentir o volume de seu membro em minha bunda. Suspirei baixo e antes que ele pudesse começar a beijar meu pescoço, me virei e guiei-o até a cama, fazendo com que ele se deitasse. Me sentei em cima dele rapidamente, só para lhe dar um beijo rápido antes de me afastar e sair da cama.

- Nat? - Ele perguntou, um pouco confuso com minha atitude.

- Cala a boca antes que eu perca a coragem. - Pedi e ouvi sua risada em seguida.

Harry apoiou os cotovelos na cama e fixou seu olhar em mim. Eu precisei respirar fundo algumas vezes antes de finalmente levar minhas mãos até o fecho do meu vestido e abri-lo. Seria a primeira vez que Harry me veria de lingerie - e também nua. Me preparei durante muito tempo para esse momento e sim, eu finalmente estava pronta. Foram meses de autoconhecimento, superação e muito aprendizado. Além de confiar nele de olhos fechados, eu agora confiava em mim. Então, lentamente abaixei as alças do vestido - uma de cada vez - até que o tecido se soltasse e deslizasse sozinho por meu corpo, deixando a mostra a lingerie escolhida para a noite.

Foi difícil, mas em nenhum momento desviei meus olhos do dele - e que bom que não o fiz. O brilho nos olhos de Harry era intenso e, saber que era por minha causa, ao invés de me deixar sem graça, me deixou mais confiante ainda. Seu olhar percorreu todo meu corpo, não querendo perder nenhum detalhe. Eu já estava achando que ele não falaria nada, quando ouvi apenas uma palavra sair de sua boca:

- Caralho.

E aí eu ri. Porque ouvi-lo falar palavrão era difícil e porque ouvi-lo falar um palavrão comigo praticamente nua em sua frente era cômico.

Harry se sentou na beirada da cama e eu me aproximei, colocando uma perna de cada lado de seu corpo, me sentando em seu colo. Uma de suas mãos seguiu para meu rosto e a outra foi para minha cintura, apertando-a levemente.

- Você é maravilhosa. - Soprou contra meus lábios antes de envolvê-los com os seus.

Ele deslizou suas mãos pelas minhas costas até que as senti envolverem minha bunda, apertando-a sem dó alguma. Empurrei meu quadril contra o seu e ouvi Harry gemer baixo por conta do contato de nossas intimidades. Minhas mãos foram imediatamente até a gola da camisa que ele vestia e comecei a desabotoar os botões, abrindo-a para depois tirá-la.

Quebramos o beijo só para Harry deslizar o tecido por seus braços, o que me permitiu admirar seu peitoral nu. Passei a língua pelos lábios discretamente, mas ele viu e retribuiu com um sorriso safado antes de me virar e deitar meu corpo na cama, colocando-se em cima de mim.

- Hm, gostei disso. - Avisei, piscando para ele e recebendo um sorriso como resposta.

Harry aproximou seus lábios dos meus apenas para roça-los por meu rosto em direção ao meu pescoço, onde depositou alguns selinhos. Suas mãos deslizaram por meus braços até ele levantá-los e mantê-los acima de minha cabeça. Os beijos dele se tornaram mais intensos em meu pescoço, fazendo arrepios constantes percorrerem meu corpo. Lentamente ele foi movendo os lábios em direção aos meus ombros e afastou as alças do corpete que eu vestia, abaixando-as. Como o fecho da peça era na lateral, não foi difícil para Harry abri-la. Antes de retira-la, porém, ele ergueu seu olhar até o meu, como se perguntasse se podia continuar. Precisei balançar a cabeça levemente para que ele entendesse que sim e no segundo seguinte meu colo já estava exposto a ele.

Ele teve o cuidado de manter seus movimentos delicados conforme se aproximava de meus seios. Seu olhar se manteve fixo ao meu até que ele finalmente alcançou meus seios e eu precisei encolher as pernas tamanha era a ansiedade que estava sentindo. Foi só quando senti os lábios de Harry envolverem um de meus seios que me permiti soltar um gemido.
Um simples toque. Um roçar de lábios tão delicado e tão intenso ao mesmo tempo, uma sensação que nunca havia sentido antes. A sensação quente da boca de Harry passando por meus seios, descendo por meu abdômen até chegar na barra de minha calcinha... Estava incrível.

Há alguns meses eu não era capaz de me imaginar estar nessa situação com ele. Mas eu cresci tanto, superei muita coisa e aprendi muito durante esse tempo com Harry. E não havia outra pessoa no mundo que eu queria que estivesse em seu lugar.

- Harry? - Chamei, interrompendo-o, e ele me olhou.

- O que? Quer que eu pare? Tô indo muito rápido? - Perguntou, preocupado.

- Não! Não quero que pare. - Pedi, suspirando em seguida. - Eu só queria dizer que te amo e que tô muito feliz que isso esteja acontecendo com você.

Ele sorriu e deslizou seus dedos levemente por minha barriga, fazendo com que eu me encolhesse.

- Eu também te amo. - Soprou contra minha pele e sorriu antes de voltar a mexer na barra de minha calcinha, abaixando-a lentamente. - Posso?

- Não precisa perguntar. - Sorri antes de deitar minha cabeça para trás e senti-lo deslizar a peça por minhas pernas até tira-la por completo.

Os beijos de Harry foram descendo até minhas pernas, roçando próximos a minha virilha. Lentamente ele as afastou, beijando a parte interna, fazendo-me arrepiar e gemer baixo. Quando sua boca chegou a minha intimidade, eu juro que foi uma das melhores sensações que já senti na vida. Ele beijou a região lentamente, explorando cada canto até que seus lábios envolveram meu clitóris e ele chupou-o com vontade. Eu gemi, um pouco mais alto do que planejei, o que serviu de incentivo para que Harry continuasse. Ele passou sua língua por toda a extensão dos lábios e começou a fazer movimentos circulares no clitóris, me estimulando.

Minhas mãos agarraram o lençol e puxei o tecido, tentando conter gemidos altos. Eu não havia tido outras experiências antes, mas, nossa, Harry sabia o que estava fazendo. Eu reagia perfeitamente a cada toque que ele fazia, uma nova sensação se apossando de meu corpo a cada estímulo. De repente senti um dos dedos de Harry em minha entrada, provocando-me, mas sem penetrar. Não demorou para que eu começasse a sentir uma sensação incrível se apossar de meu corpo, mais especificamente de minha intimidade. Meus gemidos aumentaram, o que fez com que Harry afastasse sua boca de minha virilha, fazendo-me gemer em protesto.

- Eu não quero que você goze agora. - Explicou, passando a língua mais algumas vezes pela região para então se levantar.

Harry ficou de joelhos na cama e levou suas mãos até sua calça, abrindo-a. Permaneci deitada, observando o homem que eu amo se despir. Antes de jogar a calça para longe, ele pegou uma camisinha no bolso da peça de roupa. Ele retirou sua boxer e eu, sem perceber, mordi meus lábios ao observar seu membro - e eu realmente não sei se dizer se foi de desejo ou nervosismo pelo que viria a seguir.

Depois de colocar a camisinha, ele se aproximou, deitando seu corpo sobre o meu. Uma de suas mãos permaneceu apoiada na cama e a outra ele levou até meu rosto, afastando meus cabelos e colocando-os atrás de minha orelha. Respirei fundo enquanto olhava em seus olhos.

- Tudo bem?

- Tudo bem. - Respondi, suspirando pesada e nervosamente.

- Certo. Qualquer coisa você me avisa e eu paro. - Harry pediu e eu concordei com a cabeça.

Com a mão que estava em meu rosto, Harry acariciou minha bochecha e, com a outra, ele posicionou seu membro em minha entrada e eu passei a língua pelos lábios e mordi-os ao senti-lo. Muito lentamente ele investiu contra minha intimidade, o que me fez fechar os olhos imediatamente para me acostumar com as novas sensações. Conforme ele se movia e entrava mais, a dor que eu sentia aumentava, mas, tão rápido quanto surgiu, ela foi desaparecendo, dando lugar a um prazer que eu não tinha ideia que existisse.

Harry se movimentava lentamente, talvez com medo de me machucar, e eu agradecia por isso. Seu olhar estava fixo no meu e ele as vezes me dava selinhos e acariciava meu rosto, tornando o momento ainda mais incrível. De maneira gradativa, ele foi aumentando o ritmo em que se movimentava e logo estávamos em um universo só nosso, onde só existíamos nós dois e nada mais ao nosso redor.

Levei minhas mãos até as costas dele, passando a ponta das unhas e mantendo-o junto a mim. Arrisquei envolver minhas pernas ao redor de seu quadril, o que fez com que as sensações mudassem um pouco. Passei a gemer um pouco mais, alternando entre gemidos baixos e altos. Harry me acompanhou, escondendo seu rosto em meu pescoço e gemendo contra minha pele. Fechei os olhos devido aos arrepios que isso proporcionou.

A mesma sensação que senti antes quando Harry estava me chupando começou a reaparecer. O atrito entre nossas intimidades causava uma estimulação que estava me deixando maluca, me fazendo praticamente revirar os olhos.
- Harry, eu acho que vou... - Comecei a falar, mas ele me interrompeu. 

- Eu também. - Avisou, grudando ainda mais seu corpo ao meu e intensificando seus movimentos.

Fechei meus olhos, deixando que a sensação se apossasse completamente de meu corpo e abracei-o com mais intensidade, não querendo perder nem um pouco do contato. Não demorou muito e meus gemidos aumentaram. Sem perceber, cravei minhas unhas nas costas de Harry, o que fez com ele gemesse e intensificasse ainda mais os movimentos. Poucos segundos depois a sensação aumentou e eu gemi alto várias vezes antes de sentir Harry também chegar ao seu ápice dentro de mim, gemendo contra meu pescoço.

Demoraram alguns segundos para relaxarmos, mas quando o fizemos, Harry se afastou rapidamente só para jogar a camisinha fora e então voltou para a cama. Eu me aninhei ao seu corpo e me inclinei sobre ele, levando minha mão livre até seu rosto e depositando um beijo calmo em seus lábios.

- Isso foi incrível. - Sorri para ele antes de deitar minha cabeça em seu peito, abraçando-o de lado.

- Foi mesmo. - Concordou e senti seus lábios tocarem o topo de minha cabeça. - A melhor parte foi ver você tão relaxada. Eu achei que você ia t...

- Travar? - Perguntei, erguendo meu olhar para ele novamente a tempo de vê-lo confirmar. - Eu também.

- Eu fico muito feliz que não. - Harry disse, acariciando minhas costas. - Eu te amo, sabia?

- Eu também te amo. - Respondi, puxando o lençol para cima de nós dois. - Dorme aqui?

- Sem dúvidas. Acha que vou perder a chance de acordar e repetir o que acabamos de fazer? - Ele riu e eu o acompanhei.

- Acho uma ótima ideia. - Falei antes de voltar a me aninhar em seu peitoral. - Boa noite, amor.

- Boa noite, linda.

Sorri antes de fechar meus olhos e deixar o sono tomar conta de meu corpo.

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