Stiletto - Final Alternativo

Final

LAR

Amanhecia, os primeiros raios de sol dissolviam o orvalho congelado na vegetação. O aroma da relva úmida tomava conta da atmosfera.

Clark estava na janela do quarto, mas não olhava para fora. Olhava Lois que parecia profundamente adormecida. Uma perna escapava do lençol que também mal cobria seus seios. Se pudesse passaria a vida assim, admirando-a.

Sentia que seu amor por ela era eterno. E ela havia dito que o amava, seu coração exultava frente à lembrança daquele momento. Assim como parecia incapaz de parar de sorrir feito bobo relembrando aquelas palavras.

Embora não soubesse como, ia fazer tudo para tê-la sempre a seu lado. Faria dela uma mulher feliz, prometeu a si mesmo.

Fechou a janela com cuidado para não fazer barulho e voltou para a cama.

Cobriu-a melhor e ficou apoiado num braço, velando seu sono.

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Lois mexeu-se e abriu os olhos, sonolenta.

– Clark?

O outro lado da cama estava vazio e a janela estava fechada.

Olhou o relógio, passava das 2 pm.

Preguiçosamente esticou os braços, espreguiçando-se.

Relembrou a noite que tiveram com um sorriso bobo, daqueles que só quem está apaixonado entende.

Clark se revelou uma deliciosa caixinha de surpresas, mostrando-se um amante apaixonado e tão ardente quanto ela e, mais que isso, tinha dito que a amava. Seu sorriso se ampliou diante dessa lembrança.

Olhou novamente o lado vazio da cama. “Será que ele tinha ido atender alguma emergência?” Teria que aprender a conviver com isso e dividi-lo com o resto do mundo. Sabia que era possessiva e não ia ser fácil. Não tinha sido capaz de fazer isso por Oliver, mas com Clark ia ser diferente. Estava amando numa dimensão que nunca julgou possível. Desta vez era mais intenso, mais forte, poderia jurar que era eterno.

Levantou-se da cama e pegou uma antiga camiseta de futebol dele numa gaveta, vestiu-a do mesmo modo que a lingerie que achou jogada ao lado da cama e, descalça, saiu do quarto.

Topou com Shelby no corredor.

Afagou as orelhas dele, tapando o nariz com a mão para não espirrar.

– Vou ter que me acostumar com você também.

A casa estava silenciosa, ele devia ter saído mesmo. Ela seguiu para o banheiro, queria tomar um banho antes de procurar por ele.

Ligou o chuveiro e notou o traje arruinado do Superman jogado num canto. Estendeu-o diante dos olhos, analisando os estragos. Suspirou melancólica. Teria que se acostumar em vê-lo sempre em perigo também.

Despiu-se e entrou no chuveiro, contudo não demorou. Queria saber onde ele estava.

Enquanto descia as escadas sentiu cheiro de café e seguiu na direção da cozinha parando à porta.

Clark se entretinha no preparo do desjejum, distraído. Também estava descalço, vestindo só um calção boxer. A mesa estava posta para dois.

Foi até ele sem fazer barulho, abraçando-o por trás. Recostou o rosto nas costas largas, aspirando o perfume da loção pós-barba que finalmente identificou.