Capítulo 15 Ninguém irá tomar o seu lugar

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Acordo super contente para ir a escola, é verdade o que dizem, o interesse pela escola aumenta quando estamos apaixonados. Chegando lá encontro o meu garotinho loiro sentado na escada a minha espera, me aproximo e o beijo.

-Bom dia pra você também Letícia.

-Bom dia, bom dia! estou muito feliz hoje.

-E posso saber o por que de tanta alegria?

-Acho que você sabe melhor do que eu.

Beijo Guilherme novamente. O mesmo retribui o beijo com a mesma intensidade.

-Guilherme. -o empurro de leve -vou pegar um pouco de água, já volto.

-Tudo bem.

Levanto e vou até um bebedouro mais próximo, enquanto enchia a garrafa olhei para Guilherme que estava sentado na escada sozinho ao celular. Segundos depois chega uma garota magra, cabelos castanhos claros e ondulados, olhos também castanhos, parda e alta. Sentou ao lado dele e se iniciou uma conversa. Eu não conhecia aquela garota, e Guilherme não havia me falado nada sobre nenhuma amiga. A minha curiosidade só aumentava, a garota misteriosa foi embora o deixando sozinho novamente, fui até o Guilherme.

-Quem é ela?

-Ela quem?

-A garota que estava com você agora pouco.

-Ah! o nome dela é Débora.

-E o que ela queria com você?

-Nada de interessante, por quê?

-Tem certeza?

-Letícia você esta com ciúmes?

-E-eu não... -digo com a cabeça baixa.

-Esta sim, amor não precisa ter ciúmes, eu amo só você -Guilherme me dar um selinho.

Faço um sorriso bobo e o abraço, porém fomos interrompidos pelo toque.

-Ah! eu não quero assistir aula...

-Mais vai assistir, anda vamos pra sala. -levanto e tento levantar Guilherme.

-Calma eu já estou indo.

Guilherme levanta e de mãos dadas andamos pelo corredor. Chegando na sala vejo a Débora, ela estava sentada na última carteira, estava escrevendo algo. Estranhei pois nunca a tinha visto estudando aqui e principalmente na minha sala. Sento no meu lugar e Guilherme ao meu lado. Chamo a atenção do mesmo que estava ao celular.

-Ela estuda aqui a quanto tempo? Sussurro no ouvido de Guilherme que olha para Débora.

-Desde o fundamental, por quê?

-Porque eu nunca tinha visto antes na nossa sala.

-Ela era da outra sala mais foi transferida para a nossa.

-Por que?

-Eu não sei. Vai lá perguntar a ela se estar tão curiosa.

-Não, eu fico envergonhada.

Guilherme coloca seu dedo indicador em meus lábios inferiores.

-Queria tanto te dar um beijo.

Abaixo a cabeça com vergonha.

-Adoro quando você fica com vergonha. Meu bebezinho...

-Guilherme para.

O mesmo sorrir e me deixa em paz. As aulas se iniciam. Todos estavam levando os exercícios para serem entregue ao professor. A Débora passou por mim e pelo Guilherme e fez carinho no cabelo dele. Olhei para ela sem entender seu ato, Guilherme parou o que estava fazendo e olha fixamente para a Débora, seu olhar parecia de raiva. A mesma entrega o caderno e volta para o seu lugar.

-O que foi isso? pergunto para Guilherme

-Isso o que?

-Por que ela passou a mão no seu cabelo?

-Eu não sei.

Fiquei pensativa naquele momento tentando entender. No intervalo eu e o Guilherme estamos na cantina. Guilherme estava sentado ao meu lado na mesa, quando o mesmo tira do bolso a carteira.

-O que trouxe de lanche? -Guilherme pergunta

-Um sanduíche. Quer um pouquinho?

-Não obrigado Letícia. Coma o seu lanche, vou comprar o meu.

-Ta bom então.

Guilherme vai até a fila, fico o olhando de longe, ele é bonito de todos os modos. De longe, de perto, por foto. Olho para outras pessoas que estavam no local, e vejo a Débora em uma das mesas com um grupo de amigas. Ela parecia ser uma patricinha, acompanhada de amigas, olhar provocador e tinha cara de ser rica. Ela olha para Guilherme que ainda estava ainda estava na fila, eu já estava me irritando.

Guilherme retorna com uma bandeja nas mãos, com um copo de coca-cola, um saco de batata frita, um hambúrguer e um snikers. Ele senta ao meu lado na mesa, mas a Débora não parava de nos olhar.

-Guilherme vamos para outro lugar?

-Por que?

-Por favor eu não quero ficar aqui.

-Tudo bem, vamos.

Saí dali com ele, queria ficar o mais longe possível daquela garota. Na sala de aula novamente, eu estava lendo um livro, mas paro de ler e viro-me para perguntar a Guilherme se ele iria pra casa comigo. Seria uma oportunidade dos meus pais conhecer o meu namorado. Mas ao virar vejo a Débora conversando com ele, Guilherme parecia um pouco irritado. Débora percebe que eu estava olhando para os dois e se afasta do Guilherme, a encaro até chegar em seu lugar. Olho para os dois com reprovação.

Na última aula não esperei Guilherme e saí da sala o ignorando por completo. Quando eu estava quase saindo da escola escuto Guilherme gritar o meu nome.

-Letícia! espere!

Olho para trás, e o vejo correndo em minha direção, o ignoro e continuo o meu caminho. Sinto o meu braço sendo puxado fazendo-me virar e olhar para o mesmo.

-Por que você esta fazendo isso? por que esta me ignorando?

Não falo nada apenas o olho desanimada. Guilherme me encara fixamente segurando meu braço.

-G-Guilherme me solta...

-Não, eu não vou te soltar, não até você me explicar o por que de seu comportamento.

-Eu não tenho nada pra explicar...

-Tem sim. Mas acho que sei porque você esta assim, é por causa da Débora não é?

Aceno com a cabeça, Guilherme levanta a minha cabeça fazendo-me olhar para ele.

-Letícia você sabe que eu te amo, ninguém vai tomar o seu lugar.

Faço um sorriso fraco, o mesmo me abraça e me beija a minha testa, ele me solta e fomos juntos até a minha casa onde almoçou comigo e conheceu a minha família. Depois do almoço acompanho Guilherme até a esquina, o mesmo beija a minha bochecha e vai embora. Fico o olhando enquanto anda pela rua. Não podia negar os meus ciúmes não gostei dessa garota, ela não deixa o meu namorado em paz. Mesmo que o Guilherme a ignore ou tenha raiva dela eu quero ele bem longe dela.

Para todos os garotos que já gostei VOL. 02Onde histórias criam vida. Descubra agora