#34 - Acerto de Contas

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Tudo aconteceu tão de repente que Suzan sequer teve reação e tempo para fazer mais perguntas a Foxy. Queria perguntar-lhe sobre como vieram parar ali; o porquê daquela madrugada nunca chegar ter fim e entre várias outras questões ainda sem respostas. Sentiu que deveria se estabilizar e encontrar a melhor maneira de permanecer focada, por mais que parecesse difícil.

A menina caminhou bastante até finalmente chegar ao Hall, não tendo ideia de que havia se afastado tanto dele. Parou no alto das escadas e ficou cabisbaixa ao perceber que a porta continuava fechada, mas não deixou-se abater tão facilmente. Desceu as escadas e correu até a porta torcendo para que ela estivesse no mínimo destravada. Pôs as duas mãos nela e a empurrou para fora, mas a porta não se moveu, então se deu conta de que a mesma abria para dentro. Abaixou-se para pôr as mãos por debaixo dela e puxar, assim como o grupo tinha feito no início, só que, depois de produzir força o suficiente para abri-la, a porta ainda não se mexeu do lugar.

Irada com o acontecido, Suzan voltou a se levantar e começou a socar a porta com os dois punhos. Reverberando cada palavra após cada golpe.

─ O que… Você… Ainda… Quer… De nós?! ─ feriu os punhos e eles sangraram. ─ Porra!

Ela bateu a cabeça na porta e fechou os olhos, ficando na mesma posição por um tempo.

─ Eu não queria que aquilo tivesse acontecido Mirella. ─ se lamentou. ─ E mesmo que eu pudesse ajudar, eu me senti muito assustada e paralisada naquele momento. Eu não consegui ajudar você, me desculpa! ─ uma única lágrima caiu. ─ Você está bastante chateada, e com razão! Mas… Mas… Isso poderia terminar de uma outra forma… Eu só… ─ suas palavras saíam com incoerência. ─ Só queria poder me desculpar do jeito certo.

Suzan perdeu completamente a concentração quando ouviu um grito reverberar do segundo andar, virando-se assustada para encarar o local. Mais gritos de dor ecoavam e só foi aí então que ela reconheceu a voz, e logo depois disso, viu uma movimentação surgir das sombras lá em cima.

Erick deu as caras do alto das escadas, encarando Suzan no mesmo instante em que a viu lá embaixo. Ele tinha trago Nate arrastado pelo colarinho.

─ Encontrei você, vadia! Hu, hu, hu. ─ ergueu Nate para mostrar para ela, como se fosse um troféu. ─ Não sabe como foi difícil apanhar esse troço! ─ gargalhou. ─ Mas enfim, eu sabia que você viria buscá-lo. ─ lançou um sorriso sarcástico. ─ Toma! Vem pegar ele aqui das minhas mãos.

─ Não Sue! Não caia na conversa dele ou nós dois seremos mortos! ─ cuspiu uma pequena quantidade de sangue.

A imparcialidade no rosto de Sue deixou Erick confuso, pois, ela deixou claro com a sua expressão neutra de que não estava se preocupando nem um pouco com Nate.

─ Se você está aqui, então significa que conseguiu dar cabo sozinha de Jeff, aquele inútil! Não importa! Você me fez um favor.

Socou Nate na barriga para tentar atingir Suzan emocionalmente, mas ela continuou sem demonstrar nenhuma reação, então Erick voltou a atacar o garoto várias vezes. Ele até que tentou se defender, mas continuou apanhando muito. Erick se irritou por Suzan ter continuado de forma indiferente enquanto presenciou os ataques a Nate, ignorando-o.

─ Ei, vadia! Pare de fingir que não está se importando com este rato! Você está blefando comigo?!

─ Não dê ouvidos à ele! É tudo o que ele quer. Fuja!

Pesadelo - Os Jogos de EllaOnde histórias criam vida. Descubra agora