#05 - Dentro do Pesadelo

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O ar gélido que entrava em seus pulmões, fazia até o último poro de seu corpo arrepiar-se, e o chão ainda mais frio, despertava espasmos que fazia até seus ossos tremerem de frio. Suzan, mesmo desacordada, não lembrava-se de sua cama estar tão gelada quando deitou-se para dormir na noite anterior. O conforto de seu quarto foi rapidamente substituído pelo ambiente seco e frio. O silêncio da tranquila noite de sono cessou, dando espaço a ruídos de vozes ecoando distantes, como se estivessem conversando, e sem entender o motivo, ela sentia mãos humanas segurarem seus ombros, geladas e suadas, fazendo pequenos movimentos de vai e vem, cuidadosamente, tentando despertá-la para a realidade.

Não demorou muito para Suzan recobrar a consciência, e ao abrir os olhos lentamente, foi capaz de ver o rosto de alguém olhando diretamente em seus olhos. Uma expressão preocupada estendia-se atrás de um sorriso falso, para tentar demonstrar segurança. Um garoto conseguiu despertar Suzan do sono ao chacoalhar ela algumas vezes, e ela, ainda confusa, olhou os arredores, assustada, não estava entendendo nada do que se passava ali. Tentou se levantar, mas ele segurou seu braço, fazendo-a voltar a sentar no chão onde estava.

─ Tenha calma, tente relaxar! Não faremos nada contra você. ─ disse ele, tentando não deixá-la mais assustada.

Ela ainda não conseguia assimilar tudo o que estava acontecendo. Havia acordado dentro de uma sala pequena, com as paredes rachadas e caindo aos pedaços, no chão sujo e cheio de pequenas partículas de poeira que se assemelhavam a serragem, e um rapaz desconhecido em sua frente, recebendo-a enquanto despertava.

Procurou por respostas pelo cômodo, e viu outra cara e uma moça que estavam de pé próximos à porta, tentando de tudo para abri-la, o que seria uma tarefa fácil se não fosse feita de ferro maciço, um chute só resolveria.

Procurou por respostas pelo cômodo, e viu outra cara e uma moça que estavam de pé próximos à porta, tentando de tudo para abri-la, o que seria uma tarefa fácil se não fosse feita de ferro maciço, um chute só resolveria

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Olhando para a sua direita, Suzan viu um terceiro rapaz sentado à poucos metros, demonstrando não estar aflito, também observava ela.

─ O que… O que significa isso?! ─ indagou ela, assustada.

─ Fique calma! Logo tudo se resolverá. ─ disse o rapaz agachado em sua frente. ─ Meu nome é Daron, e o seu?

─ Daron? ─ arregalou os olhos. ─ Daron River?!

─ Huh?! Bem… Sim! Parece que você já me conhecia, não é? ─ sorriu.

A revelação de Suzan acabou despertando a curiosidade do rapaz que estava na porta, fazendo-o girar rapidamente e encarar ela.

─ Espera! Como? Como você sabe o nome dele?! ─ perguntou em um tom agressivo.

─ Eu… Ham, eu, eu só… Bom, ─ continuava confusa. ─ Mas onde diabos eu estou?! Por que estou presa aqui com vocês?!

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