• última página - Daron

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─ ...segunda-feira... Outubro de 1964... diagnóstico do exame de rotina número 277... ─ dizia um doutor ao gravar sua fita em um equipamento grande e pesado em cima da mesa mais afastada ali naquela sala suja e pouco iluminada. ─ O paciente 145 demonstrou rejeição a influência de descargas elétricas neurais. Fim da documentação.

Após breves frases, o doutor terminou sua gravação e uma segunda pessoa tirou e guardou a fita do aparelho, colocando uma nova em seguida.

─ Tragam-me ele. ─ ordenou.

No fim do corredor à direita, ouviram-se um ranger das rodas enferrujadas de uma maca sendo arrastada, trazendo o próximo paciente para a sala, porém, aquele não era um "qualquer", era somente o paciente mais antigo e mais insano da instituição. Todos os funcionários do edifício tinham precauções extremas em relação a ele, principalmente ao dirigi-lo alguma palavra. Era mantido sempre acorrentado e preso por amarras em todo o corpo, no canto mais escuro de sua cela.

Sua voz grave era audível a metros de distância, pois estava cantando uma música que possuía uma letra confusa e interpretativa. Algumas pessoas ficaram intimidadas com a situação, ainda mais quando ele parou de cantar antes de entrar na sala e então ficou em silêncio por uns segundos, mas logo depois lançou uma gargalhada debochada e fria.

O paciente ainda preso em suas amarras, foi posicionado em cima da mesa metálica ao centro da sala, o doutor então olhou profundamente nos olhos dele e lançou algumas palavras mais debochadas ainda.

─ Você parece ótimo, 71! Como tem sido nossa hospitalidade para vossa senhoria?

─ Hu... Hu... Huu... ─ ao olhar para o teto, o rapaz lançou outra gargalhada, mas dessa vez, mais objetiva e cruel.

Percebendo mais uma vez a insanidade presente, o doutor resolveu começar de uma vez por todas os seus testes e acabar com aquilo o mais rápido possível. Colocou um capacete no paciente e prendeu alguns fios de cobre em todo o corpo, mas quando virou-se para operar uma mesa com inúmeros botões, foi surpreendido quando o rapaz começou a cantar de novo, só que, agora mais vagarosamente e com uma entonação maior nos versos.

Pesadelo - Os Jogos de EllaOnde histórias criam vida. Descubra agora