#25 - Fadário Inevitável

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Percorrendo os corredores mais afastados do Hall, estava o grupo de Daron (ou o que restou dele) tomando todo o cuidado para caminharem sem fazer qualquer tipo de barulho, por mais que estivessem longe o suficiente para não se preocuparem com isso. Nate e Suzan estavam carregando o garoto pelos braços, envoltos em seus pescoços, evitando assim que ele fizesse pressão na perna machucada e seu estado viesse a se agravar novamente.

Havia se passado cerca de meia hora desde que traçaram um plano e resolveram sair em busca de Sarah, e ali estavam eles.

─ Você deveria ter ficado. ─ Suzan supôs, notando a dificuldade dele em andar.

─ Desculpa, eu não queria incomodar vocês por me ajudarem, mas também não quis deixar que viessem sozinhos.

─ Não! Você não está incomodando a gente! ─ Nate respondeu. ─ A Sue só está preocupada com você.

─ Isso mesmo!

Daron abaixou a cabeça e tentou esconder o sorriso.

─ Agradeço a preocupação, mas não há com o que temer. ─ suspirou. ─ Nossa prioridade é encontrar a Sarah!

Sentindo-se um pouco incoerente, Nate hesitou por um momento em responder ao comentário dele, mas cedeu ao “instinto”.

─ Se a Italia foi a última pessoa que a viu, e foi a responsável por escondê-la para deixá-la em segurança, então como vamos encontrar a menina neste gigantesco edifício?

─ Sue encontrou Italia antes do trágico acontecimento envolvendo Kate, então estou contando que você possa lembrar e descrever a rota que Italia tomou antes de “esbarrar” em você, certo Sue?

Ela não respondeu.

─ Sue?

Foi quando repetiu o nome dela que Daron se deu conta de que a menina havia caído em pensamentos profundos, então ele começou a imaginar se tudo isso veio à tona por conta dos nomes de Kate e Italia terem sido mencionados mais uma vez, pois ele sabia que Suzan ainda se sentia culpada por suas mortes.

Suzan estava perdida muito além de seu subconsciente. Estava em um lugar sem luz e sem ar, sentindo uma forte pressão sob seus ombros e assim quase os deslocando, mas ela resistiu a dor arduamente, então, o silêncio logo foi ofuscado por uma voz doce e gentil, ecoando ao longe.

“─ Você não pode salvar à todos, Suzan. ─ disse a voz aparentemente feminina. ─ Vocês jamais poderão sair daqui se não houver um vencedor.

─ O quê? Quem está aí?!

─ Você realmente esqueceu, não é? Todos vocês esqueceram.

A voz chegava cada vez mais perto na medida em que falava.

─ Você ama a vida, Susu?

Após fazer essa simples pergunta, a voz simplesmente desapareceu de repente, e então, Suzan ficou se perguntando o que seria aquilo. Estava assustada, pois se deu conta de que alguém já havia chamado ela daquele jeito antes, “Susu”. A nostalgia era grande, mas ela não fazia ideia de onde tinha ouvido isso.”

Pesadelo - Os Jogos de EllaOnde histórias criam vida. Descubra agora