Quem é aquela mulher?

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Fiz um sinal com a mão para que ele parasse onde estava nem acreditava que havia dado certo, e fiquei quase sem palavras pois nunca tinha visto um demônio pessoalmente. Peguei o livro que tinha usado para invocá-lo e dou uma olhada rápida voltando a olhar para ele.

-- Seu nome é Jack The Ripper?

-- Sim, e você é?

-- Cordelia Sakamaki, a primeiro sangue puro dos vampiros.

-- É um título grande vamos ao que interessa,Por que me invocou?

-- Quero fazer o Karlheinz pagar pelo o que fez,quero que ele sofrer.

Jack sorriu sarcástico escutando meu pedido e chegou perto de mim me rodeando e olhando em meus olhos, não estava mais com medo e sim decidida do que queria.Eu não tinha o poder para causar sofrimento em Karl mas Jack com certeza teria o poder necessário para fazer isso.

-- Saber que isso custará um preço,não saber?

-- Claro que sei,demônios não dão nada de graça?

-- Vamos selar o pacto,lembrando que se me pedir mais coisas o preço ficará maior.

Apenas concordei com ele não importando o quanto aquilo iria me custar não tinha preço para ver Karl finalmente se arrependendo, Jack estendeu a mão para mim e eu a segurei, nesse momento uma energia estranha passava pelo meu corpo.Logo ele solta minha mão e na mesma vejo um pentagrama brilhante que em seguida some.

-- Quando podemos começar?

-- Agora, mas espere um pouco estou escutando uma conversa estranha lá fora.

Ando até janela curiosa e vejo uma mulher de cabelos loiros com o mesmo peso, usando um vestido longo vermelho e preto. Sua barriga estava grande o que só podia significar que estava grávida e perto dela estava Karl ajudando descer da Carruagem.Fiquei com muita raiva comecei a bater com força na janela e a gritar de raiva e a quebrar tudo na biblioteca, de tanta raiva que estava sentindo por ver aquela maldita a cena caio de joelhos no chão, chorei bastante olhei de canto para a Jack que se aproximava devagar de mim e colocou sua mão em meu ombro.

-- Mate ele,mate ela, mate todos eles.--Falei me virando pra ele com meus olhos cheios de lágrimas.

-- Calma, você está fora de si.Muitas pessoas fazem besteira quando estão com raiva.

-- Melhor você ir por enquanto...tem alguém vindo aí.

-- Só apareço pra quem eu quero que me veja.

Richter entra no local e parecia surpreso e assustado com que estava vendo , depois olhou para mim andando calmamente em minha direção. Corri para seus braços e o abracei com força, ele retribuir o abraço e acaricia meu cabelo.

-- Richter, quem é aquela mulher que acabou de chegar?

-- O nome dela é Beatrix, é a primeira esposa de Karlheinz. Ela chegou hoje de viagem.

-- M-mas eu pensei que era a primeira,vou embora daqui e não pergunte pra onde vou.

Saio dos braços dele indo correndo em direção ao meu quarto,olho para trás e Richter estava correndo para me impedir e Jack vinha andando tranquilamente.Cheguei em meu quarto e comecei a arrumar minha mala rapidamente, quando já ia sair do quarto Richter se mete na frente da porta.

-- Não posso deixar você ir, Cordelia.

-- Por que? Estou sofrendo nesse lugar.

Ele me olha com com olhar de tristeza e me dar passagem para sair,tinha minhas dúvidas se ele sentia algo por mim e com certeza sempre iria ter essas dúvidas.Já estava lá fora e peguei um cavalo do estábulo,cavalguei para minha antiga casa ao chegar lá minha irmã me recebe surpresa e confusa e me fazendo várias perguntas.Não responde nada e me tranquei meu quarto, me joguei na cama e sinto a presença de Jack no local.

-- Você fez bem em sair de lá, ainda vai querer aquilo que me pediu?

-- Talvez..não consigo pensar em nada agora.

-- Melhor decidir logo, apesar que entendo como está se sentindo.

Após alguns minutos escuto batidas na porta só podia ser minha irmã,não abrir a porta apenas a escutei falar lá de fora.

-- Irmã? Tem uma pessoa lá embaixo querendo falar com você.

Levantei da cama e andei aos poucos até a porta não tendo certeza se deveria sair do quarto agora, Jack segura em meu braço me impedindo de continuar.

-- Você não vai gostar do que vai ver...

-- Preciso ver quem é, por mais que seja ruim.

Abri a porta e fui descendo as escadas que levava até a sala não podia me esconder para sempre naquele quarto,já estava na hora de mostrar que sou uma mulher forte decidida.Ergui minha cabeça indo confiante,pronta para quem estivesse lá me esperando.

-- Eu não sou fraca...

Cordelia Sakamaki, a história nunca contada.Onde histórias criam vida. Descubra agora