O sofrimento do mais velho

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No outro dia vi que Ayato estava montando um castelo grande feito de blocos, achei até bonito e fiquei impressionada com a facilidade e calma que ele usou para fazer isso.

--Que castelo bonito; você deve ter orgulho por ter feito isso.--Falei isso enquanto olhava pro Castelo.

--Obrigada, mamãe também gostei muito dele.

--Mas como não é de verdade, você não deve ter tanto orgulho assim.

Algumas horas depois percebi que Ayato não estava em seu quarto estudando. Perguntei pra algumas empregadas se elas teriam o visto todas disseram que não. Estava impaciente até que escutei algumas risadas vindo do jardim, decide ir até lá e vi que Ayato estava brincando de captura morcegos com seus irmãos.

--Ayato, então era aqui que estava vamos venha logo.--Falei isso indo até ele ficando em sua frente.

--Mãe...--Falava Ayato um pouco frustrado.

--Agora vá para o seu quarto estudar.

--Não, já estou cansado de estudar.

--Não quero desculpas, vá pro seu quarto.

--Por que Kanato e Laito podem fica brincando, enquanto tenho que estudar?

--Porque você é diferente das outras crianças, agora ouça o que tenho pra dizer...--Assim que iria fala o resto, Ayato me interrompe.

--Não!! Eu ainda quero brincar mais!!

Dei um tapa forte em seu rosto, não admitiria que ele falasse assim comigo.

--Não me interrompa, enquanto eu estiver falando. Você acha que pode ser o melhor dessa forma?

Ele não falava nada, apenas me olhava chorando e com mão no rosto na parte em que tinha dado o tapa.

--Preciso ser reconhecida. Agora diga pra mim qual o seu objetivo?

--T-Tenho que ser o melhor de todos...

--E se você falhar?

--Então não sou digno de ser o seu filho, e serei abandonada no fundo do lago.

--É isso mesmo bom garoto, você só terá utilidade pra mim se for o melhor. Se não o condenarei a passar a eternidade no fundo de um lago, sozinho onde ninguém pode ouvi-lo. Se não quiser isso sugiro que vá para o seu quarto.

Ele corre de volta para a mansão chorando. Não me importei pois estava fazendo isso fazendo para o bem dele e Ayato tinha muitas coisas e obrigações para fazer.

Nessa mesma tarde,Ayato me desobedeceu e não queria de maneira nenhuma me obedecer; odiava quando uma ordem minha era desobedecida mais de uma vez. E como tinha falado antes, não tinha mentindo na parte que o jogaria no lago e assim foi comprido. O levei a força até o lago e o joguei sem pensar duas vezes. Olhava sua expressão de desespero em seus olhos.

--Mãe! P-por favor, ajude-me.

--Você é inútil pra mim se não for o melhor, ficará aí até eu decidir que alguém o ajude.

Dei as costas ainda escutando seus suplícios por ajuda, essa cena me fez lembrar de algo. Olhei uma última para vez para ele, e acabava vendo a imagem de uma garotinha de cabelos roxos e olhos verdes, sim era eu, fiquei assustada e sair o mais depressa de lá tentando esquecer o que tinha visto.

A noite preparava-me para dormir, abri minha caixa de joias e vi a joia que Jack havia me dado na noite do baile. Segurei a mesma, lembrando dos bons momentos que tivemos juntos falei baixinho pra mim mesma.

--Me desculpa por tudo, mas sinto sua falta...

Deitei em minha cama cansada e com sono, o dia tinha sido bem cansativo. Comecei a ter um sonho sobre meu passado.

Flashback on

Alguns anos atrás...

Novamente iria ser castigada por não estar fazendo minhas tarefas, aquele armário sujo e escuro todo empoeirado era meu lugar de castigo passava horas presa lá até que uma certa pessoa viesse me tira. Gritava para que me tirasse de lá e batia com força na porta.

--Por favor me tire daqui, odeio fica sozinha no escuro.

Flashback off

Acordo assustada e suando frio pelo o corpo, infelizmente aquele pesadelo tinha acontecido a muito tempo. Olho pro lado e me surpreende com a presença de Jack deitado ao meu lado na cama, passo a mão na testa e imaginava se ainda estava sonhando.

-- Aquela garotinha no sonho era você? -- Jack pergunta mantendo seu olhar em minha direção.

--Sim, mas como você sabe disso?

--Eu vi seu sonho ou melhor pesadelo, e acabou me chamando um pouco a atenção.

--Esses pesadelos voltaram novamente, pode dormir comigo essa noite?

Ele levanta da cama dando a entender que iria embora.

--Não sei, acho que Richter faria isso muito melhor que eu.

O pego pelo o braço e o jogo na cama, fico em cima dele o deixando de braços abertos segurando os mesmos.

--Ei... está com ciúmes dele?--Falo olhando nos olhos dele.

--Não, estou sendo realista. Já tem ele pra ajuda-la porque iria precisar de mim?

--Porque é só por você que sinto sentimentos verdadeiros...

Permaneci calada e ele também, sinto o toque de sua mão em meu rosto e ele me puxa pra um beijo intenso e demorado. Aquilo me fez muita a falta, sai de cima dele e o abracei com força, fechei.

-- Obrigada por continua comigo...--Falo baixinho, já sonolenta.

--De nada, mas ainda estou tentando entender você. 

Cordelia Sakamaki, a história nunca contada.Onde histórias criam vida. Descubra agora