As galinhas já haviam cantado há muito tempo e Ben ainda estava na cama, cansado. Havia passado a noite pensando em como o ritual seria e principalmente sobre a "conjunção carnal", transar com uma garota que acabou de conhecer lhe parecia estranho, bizarro e surreal.
Suspirou ainda na cama até ouvir sua mãe abrir a porta do quarto e dizer.
– Ben, vem tomar café, mas primeiro precisa descobrir onde a Lily está, ela saiu cedo com a Anna e até agora não voltaram.
– "Lily"? – Estranhou a intimidade e se sentou rapidamente na cama. – De onde veio essa intimidade?
– Ela estava com insônia e eu também então conversamos bastante de madrugada, tomamos um chá e então ela saiu com a Anna quando o sol nasceu.
– Vou encontrar as duas.
Ben levantou com preguiça, ainda se sentia cansado, arrumou os cabelos desgrenhados com as mãos, vestiu a primeira roupa que viu e saiu do quarto, a casa estava silenciosa, ouvia apenas o som dos animais do lado de fora. Andou com calma até a porta e viu Anna brincando com Eva, procurou por Lília com o olhar, até avistar uma figura de vermelho no alto de uma árvore.
Ao se aproximar da árvore percebeu que a figura de vermelho era ela, e que a garota estava dormindo. Pensou em formas de acordar a moça, mas nada além de subir na árvore lhe vinha a cabeça. Então decidiu subir na árvore, onde a garota estava e se sentou no mesmo galho que ela, torcia para que o galho aguentasse ou seria uma queda e tanto daquela altura.
Lília dormia tranquilamente, como se aquele fosse o lugar mais confortável do mundo, suas bochechas estavam rosadas, provavelmente pelo sol da manhã que só aumentava a temperatura do lugar.
Ben notou que ela segurava uma ampulheta nas mãos, com algumas inscrições em latim, ao se aproximar para olhar viu que era o seu nome, foi quando se assustou ao ouvir a voz da garota.
– Estava me espionando enquanto eu dormia?
– O- o que? – Gaguejou confuso. – Não. Estava pensando em uma forma de te acordar.
– Ótimo que não tentou nada, costumo ficar bem irritada quando me acordam.
– Na verdade você estava dormindo tão gostoso que não quis te acordar. Fiquei só olhando mesmo. – Desviou o olhar. – Estava uma linda visão.
Lília olhou para a ampulheta como uma forma de fingir que não ouviu o que Ben disse e para não demonstrar o quão lisonjeada estava pelo comentário, mudou de assunto.
– Vamos a cidade hoje, não é? Comprar os itens do ritual.
– E passear também Lília. – Completou. – Antes disso nós precisamos falar sobre o ritual. E principalmente sobre...
– Pode parecer que não, mas a ideia de transar com você também é desconfortável pra mim. Nunca vi uma magia com um requisito desses.
Ben encarou Lília e percebeu que ela não parava de olhar a ampulheta, então pousou uma mão na ampulheta e a fez olhar para ele puxando o rosto dela em direção ao seu.
– Minha mãe disse que você não conseguiu dormir. Foi por causa disso?
Lília deu de ombros e então Ben continuou.
– Você não é obrigada a nada. Não vou ficar com raiva se você desistir do ritual.
– Ben... – Sorriu afetada. – Quando eu criei o ambiente astral li um feitiço do livro. Eu sabia que precisava de ajuda, mas fiz tudo sozinha e tenho certeza que foi por causa disso que você foi metido nessa confusão. Tenho que te ajudar de qualquer jeito, foi minha culpa.
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Revolution - Interativa
Fantasy[+18 | Gore | gatilho | linguagem imprópria] - NÃO REVISADO. Brincar de Deus não foi o suficiente! Para vários, é muito pecado manchar as ruas de sangue, para outros, mais errado ainda é brincar de manipular. Mas é tão divertido fazer isso, pois sã...