A primeira trombeta

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Era por volta de uma da madrugada e os dois bruxos estavam no corredor que dava acesso aos quartos, a frente do quarto de Anna.

Desarrumar o cenário do ritual no celeiro havia tomado mais tempo do que esperavam e depois de tomarem banho, parecia que o tempo havia passado mais rápido ainda. O clima estava frio e ficar parada no corredor estava incomodando Lília, foi quando ela tentou abrir a porta do quarto e notou que estava trancada.

– Anna trancou a porta. – Sussurrou olhando o garoto. – Porque ela trancou a porta?

– Deve ter saído para encontrar um namoradinho. Daqui a pouco ela volta, podemos ficar no meu quarto até lá.

– Minhas coisas estão no quarto dela, Ben.

– Pega uma roupa minha.

– Vai me emprestar roupa íntima também?

– Se você quiser. – Tentou conter o riso. – Pode pegar uma cueca minha.

– Você não vale nada – Riu baixo envergonhada. – nada mesmo.

Seguiram até o quarto do bruxo e Lília se sentou na cama enquanto Ben vestia. O garoto vestiu uma cueca box e depois se sentou na cama ao lado dela.

– Não vai terminar de se vestir?

– Eu durmo assim.

– Então tá. – Se levantou. – Eu bagunço suas coisas ou você pega algo pra mim?

Ben andou até o guarda roupas e pegou a primeira camiseta que viu, uma cinza, se virou para Lília e perguntou.

– Vai querer a cueca?

– Eu estava brincando. – Riu. – Idiota.

A garota pegou a camiseta da mão de Ben e vestiu, depois simplesmente sentou na cama de novo.

– Falei aquilo só para ver sua reação.

– Eu não acredito. – Sorriu ao se sentar ao lado de Lília na cama. – Deu tudo certo. E estou muito feliz por isso. Agora posso te agradecer?

– Como quiser.

– Então, muito obrigado por salvar minha vida. – Sorriu olhando a garota nos olhos. – Nunca vou conseguir te retribuir isso...

– Só fique vivo. – Interrompeu. – E aprenda magia para melhorar o mundo. Quando eu for embora, quero ter deixado meu primeiro e melhor aluno aqui.

– Ah é... – Ben desviou o olhar entristecido. – Já tinha esquecido que você ia embora.

– Sim, minha vida está toda no Reino Unido. Preciso voltar para minha casa.

– É que... – Hesitou. – Gostei de te ter aqui. Foi bom aprender magia com você e... Eu gosto de você.

– Você tem um gosto duvidoso.

– Mas é que... – Hesitou. – É muito cedo para dizer a outra palavra.

Lília olhou Ben sem saber o que dizer, havia sentido os sentimentos dele em relação a ela, mas não sabia como reagir a isso. Ficou em silêncio olhando o garoto, até que ele novamente a beijou. Não sabia direito o que sentia pelo garoto, mas estar ali era agradável, principalmente com ele. Ben acariciava a nuca de Lília enquanto a beijava e ela decidiu fazer o mesmo com ele, neste momento o garoto a deitou na cama e continuou a beijá-la enquanto apertava sua coxas.

De repente a porta abriu e Lília ouviu.

O que vocês estão fazendo?

Lília olhou para a porta e viu Eva, a cadela de Ben, curiosa olhando os dois.

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