O sol tava começando a realmente aparecer.
Era em torno de umas 8:25am, estávamos ficando com fome e essa corrida até sair do território escolar só fez com que a fome aumentasse.
Por sorte, mesmo que eu não queira, meus pais sempre deixam dinheiro comigo.
Somamos com o que cada um tinha trago e fomos para uma lanchonete que tinha ali perto.
Fizemos os pedidos e enquanto não chegavam, falamos sobre o que acabamos de fazer e em como aquele professor é maravilhoso.
— Alguém sabe o nome daquele professor? — perguntou Diana ainda cansada. — Ainda surpresa com o que ele fez.
— Ele não chegou a dizer — Pedro respondeu.
E sim, ele segue sentado ao lado de Lia.
— Natália!
— Desculpa... Oi?
— Sabe o nome daquele professor? — Verena percebeu que eu estava estranha, deu pra sentir no olhar.
— Não me lembro dele ter me dado aula ano passado, então não sei. Desculpa.
— Imagina... Mas e aí? Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
— Pois é... Você ficou quieta, diferente de como estava lá dentro — finalmente a Lia disse algo.
— Não é nada... — É algo! Só não sei dizer o que. — É que lá dentro...
— Lá dentro o que? — Lia tava mesmo querendo saber o que houve.
— O LANCHE CHEGOU!!! — disse Pedro interrompendo.
Provavelmente ele entende o que está acontecendo.
— Vamos comer então!
— Finalmente... — Diana pegou o lanche e deu uma mordida — TÁ UMA DELICÍA!
— A fome já estava me consumindo.
— Estou sem fome. — digo.
Todas me olham, sabem que tem algo. Mas não sabem como perguntar, vejo isso em seus olhos. O que é bom, pois não saberia responder.
Apesar de ter dito estar sem fome, peguei o lanche da mesma forma e estou rindo em minha mente por isso.
Não há porquê ficar mal por algo que não entendo.
— Essa música é muito linda! — disse Lia.
Em seguida, começou a cantar a música que tocava dentro da lanchonete, enquanto isso Pedro levantou e foi saindo.
— Onde você vai?— Precisamos voltar daqui a pouco. Mas antes preciso falar com a Natália.
— Comigo?
Percebi que as meninas estão olhando desconfiadas.
— Sim. Vamos ali fora, é rápido.
— Tudo bem. — sigo ele.
Sentamos em um banco e ele começou a falar.
— Disse pra você relaxar lá dentro, pra te testar.
Agora vendo como você ficou mal, tenho certeza.— Que teste? Certeza do que?
Agora estou mais perdida do que estava antes.
— Que você é como eu! — respondeu-me sorrindo.
Com os olhos quase lacrimejando, se levanta e segue falando enquanto anda em círculos.
— Faz poucos meses que comecei a me entender. Vejo semelhantes em revistas, T.V, ouço músicas sobre isso na rádio. Mas é a primeira vez que conheço alguém pessoalmente.
— Não estou te entendendo.
— Natália... eu sou gay! — Uou, uou, uou... Estou em choque. — Bom, pelo menos eu acho.
— Primeiro, obrigada por confiar essa sua parte à mim — finalmente disse depois de um tempo — Segundo, então você não estava dando em cima da Lia?
— Não! Ficou com ciúmes à toa...
— Não fiquei com ciúmes.
— Sim, você ficou.
— Então quer dizer que talvez eu seja... como você?!
— Só que com garotas!
— Como eu nunca percebi isso? — sigo em choque... — Aí minha deusa! O que pensarão de mim?
— Isso não importa agora, estou tão contente! aaaaaaaaaa
— Eu não posso ser lésbica, você não entende.
— Natália, sei que é difícil. Mas há uma grande probabilidade... — continuou — de você ser lésbica!
— Quem é lésbica?! — Perguntou Diana.
Enquanto saía com as outras meninas de dentro da Lanchonete.
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Adventure• Um grupo de pessoas que se conhecem no inicio do ensino médio, fazem a promessa de que quando se formarem viajarão para muitos lugares do mundo juntos. • Com o incentivo de uma aluna repetente, terão de enfrentar suas verdades e lidar com a pl...