Pedro entra em casa e fecha a porta devagar. Tenta não fazer barulho ao pendurar o casaco, mas sua mãe mesmo da cozinha, nota que chegou.
Ele fechou a porta devagar, pendurou com calma o casaco, mas não tomou cuidado ao tirar os sapatos e sua presença foi notada.
— Pedro? — questiona.
— Sim mãe, sou eu — responde.
Na ponta da escada prestes a subir. Para e presta atenção. Entende que sua mãe quer falar algo e ele tem que ouvir.
— Porque voltou mais tarde?
— Rolou algumas merdas... — é interrompido.
— Já disse pra não falar comigo usando essas palavras.
— Perdão. — seguiu — Algumas coisas aconteceram na escola, mas nada com que você deva se preocupar.
— Ligarão pra mim? — pergunta Amanda.
Sua mãe parece preocupada.
— Ainda não ligaram? Agora penso que não irão ligar mais pra você.
Desce da escada e vai até a cozinha.
— E você? Tá bem? — pergunta.
Da um beijo em sua testa. — Abraçaria se não estivesse com suas mãos ocupadas lavando a louça.
— Eu vou ficar.
Sua fala soa embargada, pra compensar, solta um sorriso.
— Tudo bem — diz.
Se precisar conversar, mesmo eu podendo não ser a melhor conselheira, posso te ouvir — sorri, dá uma pausa na louça e o abraça.É possível sentir a tensão em seus ombros.
Olha atentamente para seus olhos e tenta pegar algo em suas muitas expressões faciais. Nada é captado além do estresse.
— Sim, eu sei.
O plano era chegar em casa sem ser notado e correr para o seu quarto. O que não funciona quando sua mãe tem um instinto milenar, passado entre as gerações e não dá pra ignorá-lo.
Pode sentir quando algo está errado, ainda mais tratando-se do próprio filho.— Enfim, se tiver com fome, guardei comida pra você na geladeira.
Desfaz o abraço e muda de assunto. Sente que ele não ficou confortável.
— Quero agora não — diz.
Eu posso terminar a louça, se quiser.— Isso seria ótimo! Bem, preciso ir dar uma olhada no aquário.
— Tá bem — sorri.
Sua mãe sai da cozinha, pois o aquário fica na sala.
Enquanto lava a louça, lembra do professor e um tesão surge e dança com a tensão do seu corpo.
Tenta distrair a mente pensando em outras coisas e falha de forma miserável.
Sua mente o leva até o Gabriel e quando percebe, está indo pro banheiro pra dar uma aliviada. Na tensão & no tesão.
— Porra, eu tô muito fudido... — pensa consigo.
Quando enfim sai do banheiro, não encontra mais a mãe pela casa.
Termina a louça e acaba quebrando um copo.
Disse não querer comer, mas agora está tremendo, não só pela fome — após essa boa aliviada, isso era de se esperar.
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Adventure• Um grupo de pessoas que se conhecem no inicio do ensino médio, fazem a promessa de que quando se formarem viajarão para muitos lugares do mundo juntos. • Com o incentivo de uma aluna repetente, terão de enfrentar suas verdades e lidar com a pl...