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N/a: mais um capítulo de presente para vocês! ;)

Eddie acordou na madrugada do dia seguinte enrolado em sua coberta no sofá duro da sala. A tv se encontrava desligada devido à chegada de Sônia do trabalho.

Eddie olhou para os lados e percebeu que o mesmo balde de pipoca que ele havia pego continuava no mesmo lugar.

Ele suspirou frustrado e se sentou no sofá, passando a mãos por seus pequenos cachos bagunçados e sentido a enorme tristeza tomar conta de seu corpo novamente.

Ele havia sonhado. Tudo havia passado apenas de um sonho.

Mas é claro que deveria ser. Em que circunstâncias Richie iria comparecer a uma festa de seus antigos amigos sendo que ele não falava com nenhum deles? Realmente não fazia sentido.

Mas podia ter feito. Como podia.

Com um corpo cansado e dolorido, Eddie se levantou com a coberta e mãos e subiu até o andar de cima. Conseguia ouvir perfeitamente o ronco estridente de sua mãe no quarto ao lado e reclamou mentalmente por isso.

Fechou a porta com cuidado para não fazer nenhum barulho desnecessário as quatro da manhã e deitou na cama, se preparando para uma boa noite de sono naquele domingo entediante.

O alarme tocou as oito da manhã. Sua mãe já se encontrava em pé e levava um café da manhã delicioso para seu filho na cama. Sônia era um pouquinho obsessiva quando o assunto era Eddie, mas ela conseguia ser uma boa mãe sabendo o estado do filho.

Mas é claro que ela não sabia o porquê, nenhuma mãe sabia, e de uns tempos para cá Sônia havia aprendido a respeitar melhor a privacidade de Edward, por mais que continuasse grudenta como sempre.

– Eddie Ursinho. - a mulher colocou a bandeja ao lado da cama de Eddie e começou a chacoalha-lo calmamente - está na hora de acordar, filho.

– Só mais cinco minutos, mãe. - Kaspbrak resmungou virando para o outro lado e se ajeitando sobre o seu travesseiro.

– Eu fiz suas panquecas preferidas. - ela disse se levantando da cama do filho e indo em direção a porta - elas irão esfriar.

Então Sônia fechou a porta deixando Eddie quieto lá dentro. O menino até estranhou a reação da mãe, em outros tempos ela teria ficado lá até ele ter levantado a bunda do colchão e devorado todas as panquecas que tivessem no prato.

Sem muito ânimo ele se levantou e tomou um pouco do seu leite que acompanhava a refeição. A fome tinha deixado de ser um problema a muito tempo nele, só tinha sobrado a digestão.

Ele comeu um ou dois pedaços da panqueca e deixou o resto no prato, sabendo que sua mãe iria questiona-lo mais tarde por aquilo.

Eddie foi até o banheiro e lavou seu rosto, que para sua concepção estava mais acabado do que antes. As olheiras devido ao choro eram bastante evidentes, sua pele estava branquinha aparentando uma cara bem de doente.

Talvez ele estivesse mesmo.

Voltou até a cama e deitou sobre ela novamente, olhando para seu teto enfeitado por estrelas falsas e começou a pensar sobre o sonho da outra noite.

lunchtime||ReddieOnde histórias criam vida. Descubra agora