Richie Tozier completou dezoito anos.
Talvez tenha sido o maior alívio para Richie ao chegar no dia 7 de março. Ele nunca se importou muito com o seu aniversário, desde que sua mãe resolveu deixar ele e seu pai sozinhos naquela casa enorme.
Porém, aquela manhã era perfeita. Ele finalmente poderia sair de casa, morar sozinho e deixar que as consequências herdassem para o seu pai. Richie não queria ver ele indo para trás das grades, por mais que ele merecesse, ainda era seu pai e ainda tinha uma grande importância na vida de Tozier.
Mas Richie não aguentava ter que ser o cachorrinho de Bowers, que todo dia batia na porta de sua casa para azucrina-lo com suas milhares de ameaças contra o seu pai. Agora ele podia fazer as ameaças que quisesse, mas Richie estava fora.
Estava fora para viver sua vida com quem queria. E esse alguém tinha meio metro de altura e era bastante ranzinza quando queria. A felicidade era tanta para Tozier, que ele não via a hora de se acertar com seus verdadeiros amigos e voltar a aquele grupo retardado que ele amava de coração.
Portanto, Richie levantou aquela manhã disposto. Ele tinha o dia todo pela sua cabeça e não podia por esperar para começar a organizar tudo direitinho.
Pegou a chave de seu carro e estava pronto para sair de casa, quando foi abordado pelo seu pai deitado no sofá com uma cara nada boa. Chapado, como o normal.
– Richie... é você filho? - ele perguntou com olhos semicerrados.
– Sim pai, sou eu. - ele respondeu sem vontade nenhuma de continuar aquela conversa.
– Me desculpe, por tudo. - ele começou com as desculpas diárias, e Richie apenas soube revirar os seus olhos, já sabendo onde aquilo levaria.
– Tudo bem, pai.
– Desde que sua mãe foi embora, eu me sinto vazio. Um completo inútil. - ele falou olhando em direção às olhos do filho - me desculpe por ser um péssimo pai. Você não merece alguém como eu.
– Eu te entendo, pai. - ele disse, sincero - você não tem culpa disso. - ele falou e se dirigiu até a porta - eu preciso ir.
– Tudo bem. - o pai respondeu, e antes que Richie pudesse sair da casa, ele complementou - parabéns, filho.
Richie ficou surpreso por ele ter se lembrado. Ele sorriu e agradeceu, saindo logo em seguida. Ele não iria abandonar seu pai e deixá-lo morrer as traças daquela casa. Assim que ele arranjasse um bom lugar para morar, ele iria mandar seu pai para um campo de reabilitação. Pelo menos lá ele seria tratado melhor e com devidos medicamentos.
Tozier pegou seu carro e dirigiu até a oficina de Taylor, lugar em que ele estava passando a maior parte do dia. Richie teve que arranjar um lugar para trabalhar se quisesse fazer seu próprio dinheiro e comprar um pequeno apartamento para morar, e devido às certas contas que ele fez durante esse tempo, o salário que receberia hoje serviria para colocar seu plano em ação. E é claro, a oficina se tornou seu ponto de fuga quando queria esconder de Henry Bowers e sua gangue.
– Hey Richie. - Taylor saiu de dentro de um carro, todo sujo de graxa - chegou cedo hoje.
– O trabalho me chama. - ele falou, colocando suas coisas no devido lugar e vestindo o uniforme.

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lunchtime||Reddie
Fiksi PenggemarEddie trabalha em uma lanchonete e vive observando o menino atraente de óculos ou onde Richie sempre vai a lanchonete para paquerar o garçom fofo Fanfic baseada em dois personagens do filme IT PLÁGIO É CRIME! #1 reddie (1/03/20)