Capítulo VI

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BEATRIZ LAWFORD

Hoje completo exatamente uma semana de casada.

Por mais incrível que pareça, estou muito feliz vivendo aqui. Sou muito bem tratada por todos, meu marido é um homem muito agradável, não é do tipo que me proíbe de fazer as coisas que gosto, até treinar com seus guardas ele me permitiu.

No meu quarto dia aqui, descobri uma biblioteca enorme, e esse se tornou meu lugar preferido no castelo.

A única coisa que me desagrada é a ausência de meu esposo. Só nos vamos durante o jantar, comemos juntos, conversamos e depois volto ao meu quarto.

Ele ainda não consumou o casamento, achei estranho e comentei sobre isso com Mary, ela disse que com certeza ele está esperando que eu me sinta mais a vontade em meu novo lar, que eu não deveria me preocupar com isso.

Ele nunca mais me beijou, e confesso que, sinto vontade de beija-lo novamente. O gosto de seus lábios é tão bom.

As vezes sinto que mesmo sendo carinhoso e atencioso, ele tenta se manter distante. Deveria agradecer por isso, me casei sem amor, e com um desconhecido, mas pelo contrário, essa atitude me incomoda e entristece.

Olho através da janela e constato que já escureceu. Fecho o livro que seguro nas mãos, e o guardo em seu lugar.

Vou para meu quarto e chamo por Ivy para que ela me ajude com o banho e a desembaraçar meus cabelos.

E como se eu tivesse conometrado o tempo, assim que ela termina de escovar minhas madeixas , Spencer bate na porta avisando que Justin me aguarda para jantarmos.

Sigo para o quarto e entro depois de bater na porta.

— Boa noite Justin.

— Boa noite minha lady. Esta muito bela está noite.

Queria poder dizer o mesmo, mas como sempre, só consigo ver uma sombra.
Agradeci o elogio e me sentei diante a mesa.

— Meu marido, estive pensando, acha que é uma boa ideia eu dar aulas para as crianças do vilarejo? Gostaria de me ocupar mais e acho importante que aprendam.

— Acho muito boa ideia, se os pais deles não se oporem, não vejo problemas. Posso ceder um dos salões no primeiro andar para as aulas, se isso te fizer feliz.

— Você é uma pessoa maravilhosa Justin. Tive muita sorte em me casar com um homem bom como você.

O ouço suspirar.

— Não diga isso. Sei que não queria estar aqui.

Sinto um tom amargo em sua voz.

— Realmente Justin, não tive muita escolha. Mas acabei percebendo que você é o tipo de homem que escolheria para me casar. Admiro sua bondade e doçura. Me sinto feliz aqui, você é um bom marido e me trata bem. Confesso que as vezes gostaria que nos víssemos com mais frequência, que me acompanhasse em passeios, mas respeito suas decisões, apesar de não entender os motivos.

— Quem teve sorte fui eu.

Percebi pela sua voz que ficou feliz com o que eu disse.

O jantar seguiu normalmente, fizemos planos para que eu comece a dar as aulas o mais breve possível.

Depois de terminarmos de comer, me levantei para ir ao meu quarto, como todos os dias. Mas quando toquei a maçaneta fui tomada por uma coragem que não tinha.

Me aproximei de Justin a passos rápidos.

— Meu marido?

— Sim.

— Me beije.

Não foi um pedido.

Não sei o que deu em mim para tomar tal atitude. Assim que as palavras saem da minha boca a coragem se vai com ela. Agradeci pela escuridão. Assim ele não poderia ver minhas bochechas adquirirem um tom scarlat.

Mas ao contrário do que pensei, ele pareceu gostar de minha atitude.

— Achei que nunca me pediria isso.

Assim que as palavras atravessam seus lábios sinto sua boca na minha.

O beijo começou tímido, mas logo se tornou urgente. Suas grandes mãos me apertavam e senti a mesma sensação da primeira vez.

E ele parte o beijo e sussurra em meu ouvido.

— Seja minha essa noite.

Não respondi. Apenas selei nossos lábios novamente.

Ele me pegou em seus braços fortes e me depositou delicadamente sobre a cama.

Se levanta e pelo barulho, imagino que esteja se despindo.

Ele volta para cama e sinto sua pele quente sob minhas mãos.

Com movimentos calculados ele tira meu vestido e minhas roupas debaixo, enquanto seus lábios beijam meu pescoço, cravicula e ombros.

Estamos os dois nus, pele contra pele.

Suas mãos acariciam todo o meu corpo ardente, seus lábios descem até  meus seios. Sua língua molhada circula meu mamilo e ele suga com voracidade enviando ondas elétricas por todo meu corpo, um gemido escapa por meus lábios.

Ele volta a minha boca, seu corpo firme acaricia o meu.

Com delicadeza ele abre minhas pernas e posiciona seu membro em minha entrada.

— É provável que doa um pouco, mas prometo que serei cuidadoso. Se quiser que eu pare é só me dizer.

Ele entende meu silêncio como consentimento e desliza devagar para dentro de mim.

Sinto uma dor aguda em meu centro, fecho os olhos com força. Ele fica parado por um tempo.

Quando a dor passa, meu corpo relaxa e ele começa a se movimentar devagar.

A velocidade e força de seus movimentos vão aumentando, e começo a sentir uma sensação gostosa no meu ventre.

Depois de um tempo essa sensação aumenta e se espalha pelo corpo todo, sinto meus músculos se contraírem.

— Justin…

Solto um gemido alto. Meu corpo treme. Ele movimenta seu quadril com mais força e logo seu corpo se tenciona. Ele solta um rosnado grave próximo ao meu ouvido e seu corpo cai, ofegante e suado, ao meu lado.

Ainda estou me recuperando da sensação gostosa que senti, quando sinto seus braços me puxaram para mais perto.

— Você gostou? — ele sussurra receoso.

— Muito. — Sorrio— No começo doeu bastante, mas depois foi bem prazeroso.

— Nas próximas vezes será melhor, não doerá mais.

Me aconchego ao seu peito e fico ouvindo os batimentos de seu coração. Meus olhos começam a pesar e quando estou quase caindo no sono ele me chama.

— Bea?

— Sim.

— Acho melhor você ir para seu quarto.

Um bolo se forma em minha garganta.
Realmente pensei que depois do que aconteceu iríamos compartilhar a cama. Pensei que poderia dormir e acordar ao seu lado, mas estava enganada.

Em silêncio me levantei, me vesti e saí.  Não conseguiria dizer nada sem chorar.

Quando entrei em meu quarto, me joguei na cama e chorei até pegar no sono.


Marcados pelo Amor (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora