.Capítulo 20.

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Algumas pessoas choravam nos ombros de outras que choravam também. Havia corpos no chão, que concerteza não estavam vivos.
As flores da pequena praça tinham perdido o brilho e o encanto, o céu que até agora estava alegre e vivo agora parecia se tornar mais escuro e sem vida, não se via nenhum passarinho nas árvores, nenhum pedaço de alegria era visto.

Apenas dor e tristeza permaneciam naquele lugar.

Maya arregalou os olhos ao ver aquilo. Só agora que as vkzes se tinham despertado. Estavam ainda mais infernais que o costume. Dentro de sua cabeça sussurros de desespero eram ouvidos, chamamentos de clemência, pedidos abafados de socorro, choros, orações, tudo dentro de sua pequena cabeça.

Ela estava ouvindo as pessoas que morreram, suas almas pediam justiça.

Caiu de joelhos no chão com as mãos na cabeça.

Sangue começava a sair de seus ouvidos.

Os pedidos sussurrados em sua cabeça aumentavam.

As mãos tremiam em desespero.

A dor se espalhava.

Ela sentia a dor de todos eles.

De todos os mortos.

De todos os inocentes.

Com as mãos ainda a tremer puxou os cabelos em desespero.

A dor não parava.

Mortos. Todos mortos. Toda a gente. Todos.

De entre os sussuros mais vozes começaram a surgir.

Inocentes. Todos eles. Inocentes.

A voz cada vez mais alto.

O grito. Grita! Grita. Tira o desespero. A dor. Dói muito.

A garganta começava a arranhar.

Dói. Dói muito.

Os pulmões se encheram de ar.

Socorro.

As vozes pararam.

Dor...

Do fundo de sua garganta um grito estridente saiu.

Não um grito normal.

Um grito com a dor de todos.

Com os pedidos de ajuda de todos.

Todos os mortos.

Todos eles.

Todos pararam para ouvir o grito.

Os choros pararam.

Todos a sentir a dor dos inocentes.

O grito não feria os habitantes, mas expressava a dor.

Não magoava como os outros.





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