A Banshee Do Supremo

.Capítulo 21.

Maya olhou para cima ainda zonza pelo o acontecimento de à poucos minutos atrás.  Ainda se ouviam os gritos de desespero à sua volta e os homens que aterrorizavam a alcatéia ainda estavam lá.

Olhou e viu Matthew lutando ferozmente com 6 deles ainda em sua forma humana, mas um grito em específico chamou sua atenção.

Era um grito de uma criança, a criança que ela tinha conhecido no outro dia, Madison.

Desviou o olhar dele e se virou na direção do grito. A pequena menina chorava intensamente, ainda que sua visão estivesse desfocada Maya conseguia ver um corpo de uma mulher ao lado da pequena, junto da senhora um homem também estava deitava e com a sua visão melhor a ruiva conseguiu notar que eles estavam de mãos dadas e com os olhos fechados. Olhou de novo para garotinha que tentava fugir de homem que a olhava com um sorriso psicopata e com o rosto coberto por sangue seco.

Maya ao ver aquela cena horrenda tentou se levantar, mas devido ao grito sentiu uma tontura muito forte a fazendo desiquilibrar e quase cair.

Não podia ser fraca. Não agora. Pela garotinha, pela Madison e por todos da alcatéia que agora eram quase como uma família para ela.

Abanou a cabeça algumas vezes tentando focar ainda mais sua visão, esticou a mão até suas costas e pegou seu arco.

Não era hora de choro.

Pegou uma flecha.

Não era hora de falhar.

Apontou no ouvido do homem que agora agarrava a pequena pelo braço fortemente e começava a tirar uma adaga do bolso das calças ainda com o sorriso sádico no rosto.

Era hora de ser quem eles precisavam:
Hora de ser Uma Guerreira.

A flecha atravessou a cabeça dele silenciosamente, ele deu alguns passos para trás com os olhos arregalados mas logo caiu de costas sem vida.

Madison encarava o corpo em choque.

Maya foi até ela a correr, se pôs de joelhos em sua frente e segurou o rosto assustado e sujo da menina.

- Madison lembra de mim? - perguntou ela tentando dar um sorriso para não assustar mais a criança.

- S-Sim - respondeu entre lágrimas.

- Onde estão seus pais, pequena? - questionou mais uma vez.

Madison baixou a cabeça deixando cair mais lágrimas e apontou com o dedo pequenino para o casal que estava deitado no chão.

- E-Eles vão não v-vão? - perguntou soluçando.

Maya olhou para o homem e a mulher deitados no chão com pena.

- Não, eles não vão. - não iria mentir para ela e dar falsas esperanças - Eles agora com uma senhora, estão a dançar bem juntinhos na Lua com a Deusa, você já ouviu falar dela não  é? - a pequena assentiu com a cabeça afirmando que sim - A Deusa precisava de seus pais para a ajudarem numa missão muito importante, só eles eles a poderiam ajudar por isso eles foram.

- Eles não quelem me vêl? - pergunta assustada e atrapalhada.

- Claro que querem! - diz Maya desesperada - Mas você que disse que queria ser uma guerreira? O seu papai e sua mamãe estão a ser guerreiros junto da Deusa da Lua.

A pequena deu um sorriso angelical e feliz e abraçou a ruiva com força.

Maya retribuíu o gesto fortemente apertando a coisinha pequena em seus braços. Ainda abraçada com Madison viu dois homens virem em sua direção.

- Agora preciso que você seja guerreira e fique bem atrás de mim, okay? Aconteça o que acontecer não faça nada.

A pequena murmurou um "sim" abafado por seus cabelos ruivos.

Maya soltou a pequena e lhe deu um sorriso, se levantou vendo os homens já perto.

- Ora, ora esta aqui até que não é feia. Decerteza que é foda na cama - um deles disse com um sorriso sujo.

- Nada má mesmo... - disse o outro sorrindo da mesma forma.

Maya lhes dirigiu um sorriso malicioso falso que os fez lamber os lábios, gesto que a enojou profundamente.

O primeiro se aproximou vagarosamente, só com uma adaga em sua cintura pensando que consegiu o que queria.

Quando chegou perto o suficiente pôs suas mãos sujas nos lindos cabelos ruivos dela os acariciando.

Discretamente Maya desceu sua mão até sua cintura retirando agilmente de lá a adaga afiada e brilhante pondo contra o pescoço do homem o fazendo arrelar os olhos com o medo evidente.

- Sou boa em muitas coisas mesmo...Mas ser puta para um vagabundo qualquer não é uma dela concerteza - murmurou ela apertando mais a adaga contra o pescoço dele o vendo engolir em seco. Olhou pelo o ombro dele vendo o outro se aproximar rapidamente - Fecha os olhos Madison! - disse ela alto, e assim a pequena o fez mas com uma pequena frecha entre os dedos para espreitar.

Cortou o pescoço dele fazendo sangue saltar para sua cara. Não teve tempo nem para pensar porque o outro já a tentava a atingir com outra adaga.

Desviava agilmente de todos os golpes.

- Eu te vou ajudar! - ouviu Matthew gritar e vindo em direção dela a distraindo.

Nesse momento de distração o homem à sua frente lhe deu uma rasteira fazendo-a cair no chão com ele por cima dela. Maya tentou manter a calma e olhar ao redor procurando uma coisa que ajudasse já que a sua adaga tinha caído longe.

Viu então o corpo morto com uma flecha na cabeça e teve uma ideia.

Pôs um sorriso no rosto e colocou suas pernas na cintura do homem as apertando fortemente o fazendo pôr uma cara de prazer repugnante.

Girou com ele até ficar por cima e vem ao lado do corpo com a flecha.

Levou seu rosto bem perto da orelha do homem e disse sussurrando:

- Idiota...

Num movimento rápido tirou a flecha da cabeça do morto e a enterrou bem no coração do homem debaixo dela. Ele morreu sem sequer saber como.

- Ou não... - murmurou Matthew ofegante já perto dela, a olhando supreso.

Maya se levantou vendo a alcatéia praticamente toda destruída.

- Eles já foram? - perguntou ela se aproximando do lobisomem.

- Se retiraram à alguns segundos. - disse simples.

Matthew olhou para o chão mais à frente com um olhar sério o que fez Maya seguir com o olhar.

Em sangue estava escrito no chão:

" Cumprimentos do príncipe que agora é Rei"

Maya olhou confusa para Matthew que apenas foi até ela e abraçou forte em seus braços a aconchegando em seu peito.

Mesmo sem entender nada do que se estava passando Maya o apertou com a mesma intensidade.

Mas uma coisa ela sabia.

Não seria a última vez que aquilo iria acontecer.