O que vejo

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Eu não vejo ninguém que entenda o peso da rima

Não enxergo quem sinta

Quem aprecie o sol e ame o frio

Só vejo o indizível vil

Nas ruas, nas calçadas

No peito, no fundo da alma

Eu não vejo sorriso amigo

Meu coração há tempos bate sozinho

Amor, talvez nunca tenha sentido

Talvez eu tenha nascido cego

Ou me perdido em meu próprio ego

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