Eu não vejo primavera
Tão ateu sou
Que a Deusa amor
Não me tem como filho
Sou qualquer indigno
Sujo, cheio de lepra
Afastado das primaveras
Vivo em eterno outono
Onde as chuvas são de pranto
As folhas caem sozinhas
Em um ato suicida
Procurando a liberdade
Fugindo desse sofrer
Dessa estação sem piedade
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Realidade Y
PoetryQuando a realidade dos engarrafamentos não agrada, das buzinas, das pessoas sem tempo. Quando essa realidade não nos é suficiente é hora de mergulhar em uma outra. O que acha de mergulhar nessa, Realidade Y, onde o andar do gato é dança e a voz da m...