aviso

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Deixo hoje a caneta
Findo as funções de poeta
Se fui -não sei- um
Fui falho, incoerente
Abstrato, extremamente confuso
Realista quando não devia
Sem tempo certo, imperfeito
Tudo que escrevi é dos outros
Que sentimento tive
Se estou apenas atrás da caneta
O coração que pulsa não é o meu
A boca que beija não é a minha
Todas as coisas escritas -talvez poemas-
Não são minhas, que não sou poeta
São dos outros...
Sou eu só alguém alfabetizado
Com muito tempo livre para escrever

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