Quanto tempo tem.
Desde que a vida virou uma tortura
e eu virei refém
Desde que o amor é quem me segura,
e azar de quem não o tem.
A essas almas pobres e frias
desejo só o que lhes convém.Quanto tempo tem.
Desde que acordar é um sofrimento
e se dormir não alivia,
só lamento.
"levanta, sai da cama e sorria",
eles dizem.
Eu tento.
Mas tentar já não é o suficiente
pra quem faz poesia
resumida em sentimento.Sinto muito por você, herói
mas cê não pode me salvar
daquilo que me destrói.
O bem aqui é minoria
e o meu mal se reconstrói.
Sinto muito por você, vilão
mas aqui cê não tem vez
já que aquilo que me derruba
tu nem em mil anos já fez.sinto muito pela olheira,
pelos olhos com goteira,
pela voz meio cansada.
sinto muito por cada palavra,
cada verso sem eira nem beira
que escrevi na madrugada.não me desculpo pela sinceridade
e admito que a verdade
é que meu erro foi muito bobo:
ingeri tanta emoção
que não deu, passei mal.
vomitei tanta palavra
que fez mal ao coração
e talvez seja fatal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tempestade Poética
PoetryNão há uma descrição inteligente para essa obra. Ela é nada mais que meus pensamentos escritos em versos. É um pouco de mim para vocês. É minha alma despida e pública. É minha verdade nua, crua e sem adereços. Essa obra sou eu, e sinto muito se não...