O teu corpo é salgado
Como a carne é seca, de sol
Mas sem calor
Provar me dá sede
A vontade de beber da sua boca
Não
Do seu cálice
Me some enquanto me destemperoTeu corpo é salgado
Assepsia meu sangue
Me arde os olhos
Que pingam até ressecar
Marejados
Sinceros
Vazios e honestos, talvezTeu corpo é salgado
Em conserva
Grosso, marinho, refinado
Retém meu gozo
Meu choro
Corta meu céu da boca, que dói
Ardido
Tento pedir
Mordo a língua
Imploro
Mas as palavras doces não correm
Não escorrem
E as aftas ainda gritam por algo agridoce
Ou quem sabe um copo d'água
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Marte é Um Planeta: Vermelho (ou Poesia De Merda...)
PoetryNão tem sinopse. Só lê essa bosta e passa reto