Talvez um dia as calças que te serviram não te caberão mais
Pois não é mesma a calça e tampouco o mesmo é você
Tuas células morreram e agora a pele morta voa pelo ar
Ou na água de banho
Lavando sua cabeça e todo seu tempo no ralo do banheiroGrudados e fixados como o cabelo nas paredes ou o cheiro da carne, são as memórias podres e empoeiradas
Que por elas mesmas mudam de cabeça em cabeça
Como lêndeas e piolhos e pulgas e percevejos
Presas como lebres e carrapatosEntão,
se não é nem mesmo o sol que arde a tantos anos
Como serei eu o mesmo
Pela manhã?
No próximo minuto?
Com minhas explosões e fissões nucleares
Me desintegro
En nunca existo
Mas como dói o processo de desexistir
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Marte é Um Planeta: Vermelho (ou Poesia De Merda...)
PoetryNão tem sinopse. Só lê essa bosta e passa reto