Sobre cores, texturas e melodia.

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 Cores pálidas, tons pastéis,
Trata-se de cores que quase chegaram lá?
Ou como as músicas que começam lentas e
Alcançam o ápice instrumental, para tornar a desacelerar
Tais cores tais cores atingiram, tingiram a vividez
De suas cores e desaceleraram em tons pasteis
Deixando apenas a lembrança sensorial do que foram?

Pálida agonia essa minha.
Se minha alma toca melodias,
Ela nunca freia, apenas se arrasta.
Sem tambores, bateria ou mesmo cavaquinho.
Tom pastel de nunca foi.

Se não vivo conforme a regra dos astros,
Busco justificativa nas constelações.
Vênus, Sol ou Marte.
Penso intensamente no impulso
De vomitar ideias.
Então qual planeta me faz recuar?

Queria a 9 Sinfonia,
Quis vermelho sangue nos lábios,
Manchados, inchados, com sorriso da falsa culpa.

Textura de Giz,
Desliza suave e gostosa nas mãos,
Porém da constante fricção,
Fica-se os dedos secos, e as cutículas rachadas.
A sensação dura apenas o suficiente para ser esquecida.
Sem esforço para limpar a bagunça,
Dessa existência nula, que se apaga sozinha.

Existência NulaWhere stories live. Discover now