Acordo a meio da noite com imenso calor. Destapo-me e levanto-me. Já é quase de dia, por isso não vejo nenhum motivo para tentar adormecer outra vez. Vou até à varanda. Chuvisca lá fora. Depois de alguns segundos a observar a chuva a cair, uma luz de um farol de um carro capta a minha atenção, o que me fez olhar para o pequeno pátio onde estive na noite da morte da irma do Brownie. Voltei outra vez para o meu quarto. Abro a janela e salto para o lado de fora.
Depois de me abituar ao frio e à chuva a embater contra a minha pele, salto para o pátio. Continuo a andar em frente até encontrar umas escadas que nunca antes tinha visto. Apesar de estarem ferrugentas subi-as e passado pouco tempo estava no topo daquele hospital. A paisagem era lindíssima. Pouco tempo depois a claridade no céu começa-se a notar.
O sol nasce, iluminando tudo. Deito me no chão de pedra e fecho os olhos. Passado um bocado as sirenes vindas de dentro do hospital fazem se ouvir. Uma grande euforia começa quando toda a gente esta acordada e notam a minha ausência. Sento-me virada para a minha janela, de modo a que a primeira pessoa que se lembre de vir aqui me veja. Não passou muito tempo até a enfermeira May me ver. Ela suspira de alívio e senta-se.
"Sabe, eu acho que a menina faz isto de propósito. Pôr toda a gente à sua procura enquanto a menina apenas descansa." ela diz a sorrir. "Agora pode sair daí?"
Como resposta levanto-me e ando até à outra ponta. De facto não quero sair daqui. Ouço a enfermeira e ligar a alguém e a pedir para vir para cá. Pouco tempo depois algumas enfermeiras juntam se ao pé de May. Sei isto porque ouço os murmúrios irritantes delas. Continuei a tentar nao ouvir o que diziam e a olhar para a frente, mas uma voz conhecida soou, o que me fez levantar e teste as minhas suspeitas. Sim, era mesmo o Brownie.
"Ela esta lá em cima e eu acredito mesmo que só tu a consigas tirar de lá sem que ela faça alguma coisa não muito inteligente." a enfermeira May disse.
Voltei para a minha posição, sentada na beira do pequeno abismo. Um barulho das escadas a ranger soa, o que me faz aperceber que Brownie está a subilas. Assim que ele está todo no pequeno pátio, olho para ele.
"Eu não gosto muito de estar aqui. Tenho medo das alturas." ele diz, antes de olhar para baixo e corar um pouco.
Olho para ele e sorrio, um bocado de lado, levanto-me e vou ter com ele. Não lhe toco, não o abraço, apenas o "encorajo" a ir até ao último pedaço de pedra antes do abismo. Ele anda lentamente. Antes de lá chegar eu sento-me com as pernas viradas para a estrada e os prédios altos. Bato no chão, para tentar que ele se sente ao pé de mim. Lentamente, sempre cuidadoso, ele põe-se de joelhos e senta-se ao pé de mim, também com as pernas descaídas.
"Isto até é bonito daqui de cima, mas espero que saibas que me estou a conter ao máximo para não entrar em pânico." ele diz, o que me faz rir e olhar para ele.
Ele olha para mim. Os seus olhos mexem um pouco nervosamente. Depois de se acalmar, ele olha-me nos olhos.
(N/A: Eu encontreii o meu amoriii outra vezzz eu vou dedicar este cap a ela pk eu a adowú e amú. OWAAAA BABEEEEEE HJ COMI SALMAO E CAGUEI. O K É K VCS FIZERAM, PELA SOCIEDADE?!)
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silence ➳ fictional story
Roman pour AdolescentsPessoas dizem que eu sou autista. Pessoas dizem que sou anormal. Pessoas dizem que tenho amnésia. Pessoas dizem que tenho problemas ou deficiências. Pessoas também dizem que sou psicopata. Pessoas. As pessoas conseguem destruir tudo apenas com palav...