Capítulo 17 | I Don't Know What I Would Do If I Lost You

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A noite passada persistia em ficar na minha mente

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A noite passada persistia em ficar na minha mente. Vez ou outra me pegava relembrando cada momento.

A voz. O cheiro. O corpo. Os cabelos loiros. As palavras que sempre quis ouvir de sua boca. Todas essas coisas grudaram em minha mente como chiclete e não saía mesmo que eu quisesse. O que não é o caso.

Depois que a chuva passou e o dia amanheceu nós nos vestimos e voltamos para a fazenda, calvagando lado a lado e sem pressa alguma de que o momento acabasse e tivéssemos que voltar para a realidade.

Deixei Serena no apartamento dela, me despedi com um beijo e a lembrei sobre o fim de semana que seria só nosso, um sorriso se abriu em seu rosto e posso afirmar com toda a certeza de que nunca iria me esquecer dele.

Dirigi para casa me lembrando da primeira vez que a vi. Era o primeiro dia de aula na escola nova e fui o primeiro a entrar na sala, escolhi um lugar na fileira do canto e me sentei. O sinal bateu e meu estômago se revirou pensando nas possibilidades, como por exemplo, ter que ficar sozinho até o fim do ano caso ninguém viesse conversar comigo. Mas assim que as outras crianças começaram a entrar na sala um menino baixinho com um lenço amarrado no pescoço veio conversar comigo.

— Oi. Você é novo?

— Oi. Sou, é meu primeiro dia aqui.

— Você não tem amigos então né? Quer ser meu amigo?

— Quero. Meu nome é Nate, e o seu?

— Bass. Chuck Bass. Já que eu sou seu único amigo vou te apresentar mais alguns.

E durante os próximos cinco minutos eu fui apresentado ao maior número de crianças possível, mas elas perderam totalmente o foco quando vi uma cabeleira loira e um par de olhos azuis acinzentados. Ela é linda e eu sabia, só de olhar, que sua alma era tão linda quanto ela. Sei lá, Serena sempre teve esse jeito superprotetora com todos e abria mão de tudo para fazer as pessoas ao seu redor felizes. Isso só me faz amá-la ainda mais, se é que é possível.

Estaciono o carro na garagem subterrânea e caminho até o elevador. Checo meu e-mail no percurso até meu andar e assim que as portas metálicas se abrem evidenciando a sala do meu apartamento, meus olhos recaem sobre Hannah.

Ela está sentada no chão sobre uma poça de sangue e suas mãos estão em um vermelho vivo. Largo o celular e corro até ela.

— Você está bem? O que aconteceu?

— Nate, eu acho que estou perdendo o bebê. — seu rosto estava molhado e manchado com a maquiagem que antes estivera intacta.

A pego no colo e desço até a garagem novamente, a coloco deitada no banco de trás e dirijo o mais rápido que posso até o hospital mais próximo. Assim que chego no hospital nem espero o carro parar totalmente para puxar o freio de mão e pular para fora do veículo. Corro até a recepção e aviso o que está acontecendo, volto até o carro para a buscar e quando retorno já tem uma equipe de enfermeiros com uma cadeira de rodas prontos para ajudar. Quando ela passa por aquela porta meu mundo desaba. Eu não posso perder meu filho.

After Gossip Girl | Serenate  [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora