After Gossip Girl | Serenate [✓]

Capítulo 20 | Me Beija Com Raiva part.1

Conseguimos sair do apartamento sem mais beijos e apalpadas e finamente estamos dirigindo para a fazenda. Confesso que estou me sentindo como uma adolescente prestes a ser pega fazendo algo indevido e a sensação é boa, faz tempo que ninguém consegue me deixar assim.

Estamos na estrada há quarenta minutos e meu estômago começa a reclamar mesmo que eu tenha tomado café da manhã.

— Você pode parar no próximo posto? Estou com fome.

— Serena você já comeu quatro panquecas, um iogurte e uma maçã em casa. Fora os doces que comeu aqui no carro. Você tá bem?

Sim. Eu comi tudo isso mas ainda estou com fome. Talvez seja por causa da ideia de passar um fim de semana inteiro com ele sem ninguém para interromper ou me impedir de fazer algo que me arrependa depois.

Alguns quilômetros e músicas depois nós paramos na loja de conveniência do posto, ando pelos corredores procurando por algo que faça meu estômago roncar e minha boca salivar, acabo por pegar dois bolinhos com recheio de morango, um pacote de salgadinho e um suco de maracujá, no caixa vejo algumas trufas e não resisto a pegar duas e passar tudo antes que minha lombrigas me façam pegar algo a mais. Volto para o carro com uma sacola consideravelmente grande em mãos e quando olho para Nate ele está com o cenho franzido e a boca entreaberta, como se não estivesse acreditando que tudo isso cabe dentro do meu estômago.

— Isso tudo é pra alimentar quantas pessoas? Estamos a menos de trinta minutos da fazenda. - ele disse rindo.

— Eu, meu estômago e o Kleiton.

— Quem é Kleiton?

— Nosso filho. Esqueci de te contar? Estou grávida de cinco meses.

— Sinto lhe informar mas esse filho não pode ser meu. Nós só transamos a uma semana a atrás.

— Putz, agora como vou descobrir de quem é o filho? Pode ser do cara do bar, talvez o da padaria ou até aquele italiano, se for dele eu não preciso me preocupar, ele parece ter bons genes. — falo num tom sério e olho para Nate que possui uma carranca fechada.

— É brincadeira seu tonto! Não precisa se preocupar, minha menstruação está em dia e sem sinais de bebê por aqui, graças a Deus. — passo o cinto de segurança por mim e abro uma das embalagens que envolvem o bolinho.

— Nós nunca conversamos sobre isso. — tirou os olhos da estrada por alguns segundos e voltou a dirigir com atenção.

— Sobre o que? — digo de boca cheia.

— Sobre família. Nossa família.