Refúgio

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{Autora Stella e Autor Freyr}

Depois de poucas horas sentado na sala, Raphael percebeu que ela não iria atrás, buscando ajuda, e talvez até já tivesse dormido, então ele se retirou, voltando pra casa, deixando duas chaves em cima da mesa dela, que eram da porta de entrada e do quarto.

- Eu vou esquecer essa mulher... De vez.

O loiro foi de volta para casa, onde encontrou Mariel ainda deitada, esperando pelo mesmo, e, dizendo, se direcionou primeiro a um baú com cadeado, onde ele guardara a coleira que um dia ela usou e foi ao encontro dela, pondo na garganta da morena.

- Hoje você volta a ser minha... E dessa vez, sem impedimentos.

Mariel subiu por cima de Raphael, que se deitou logo depois de por a coleira nela, rebolando em seu colo, dizendo.

- Eu quero isso mais que tudo... Você sem impedimentos pra me ter junto, como sempre quisemos.

Ele a olhou, pegando no cabelo da mesma, diz olhando nos olhos dela.

- Eu preciso da minha mulher por agora... Mais tarde, eu deixo a minha escrava agir. Cuide de mim, como uma esposa tem de cuidar do seu marido.

Mariel sente seu sorriso se formar ao escutar as palavras do mesmo, junto a isso ela levanta colocando uma camisola justa de seda prata e pegando um creme voltou aos braços de seu primo lhe beijando.

- Eu amo saber que não precisamos nos preocupar agora, que essa coleira ficará como antigamente no meu pescoço mais dessa vez, permanentemente. Que não iremos nos separar por ninguém e por nada nesse mundo, eu senti tanta saudades meu amor...

Sussurrando baixinho as mãos delicadas vão passeando pelo corpo do loiro, que respira profundamente se acalmando. Olhando para ela, o mesmo sorri, dizendo calmamente, acariciando os cabelos dela de leve.

- Exato, minha menina. Por nada, nem ninguém. Apenas preciso descansar um pouco com você... Okay?

A prima sorri em resposta e faz desenhos com as unhas devagarzinho pelo peito de Raphael.

- Como foi com Pietra?

- Problemático pros dois... Mas ela entendeu bem a mensagem que eu e ela já não temos nada mais.

Ele responde, parando momentaneamente de mexer a mão nos cabelos cacheados de Mariel. Vendo a hesitação do mesmo, ela tentou saber um pouco mais sobre aquilo.

- Desabafa... Pode confiar em mim.

Ele, vendo que a prima apenas queria ajudar, começou a falar.

- Eu tentei abordar ela sem que ela soubesse de primeira o que eu fui fazer lá. Ela veio pra cima de mim e sem deixar que rolasse algo, eu cortei falando da bendita aposta. E, por fim, terminou com ela chorando no quarto e eu deixando ela sozinha, depois de tanto tempo, sabendo que não vou ser brinquedinho de aposta de ninguém...

A morena relaxa com o toque suave, já se aconchegando ainda mais pra perto.

- Você sabe que Pietra não foi a única a errar, guardar essa mágoa só vai te fazer ficar mais pesado. Relaxa um pouquinho comigo, tenta perdoar como quer o perdão dela um dia, por favor, por mim...

Dizendo baixinho, a mesma o agarra envolvendo seu corpo em um abraço quentinho. Aquele abraço foi ficando mais e mais sentimental pela parte do loiro, que simplesmente teve em sua mente tudo o que aconteceu. Com algumas lágrimas descendo silenciosas pelo rosto de Rapha, ele fala pausadamente, para disfarçar a voz de choro.

- Tentarei me perdoar e perdoar ela... Mas não me arrependo da forma que falei com ela na hora do término.

Os beijinhos nos olhos dele não demorou muito vindo da parte de Mariel, que beija não somente seu rosto mais sua boca com tamanha paixão e devoção. Limpando seus vestigios molhados na bochecha do maior, a pequena canta quase em um fio de voz uma canção muito pouco conhecida feita em uma das solitárias noites aonde a falta do primo batia fortemente no peito.

Triângulo Indecisivo (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora