Capítulo 21 - Parque da diversão

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  A idéia de ter as duas gritando por socorro e implorando para que eu não as matasse me deixou instigado

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  A idéia de ter as duas gritando por socorro e implorando para que eu não as matasse me deixou instigado.
O plano de matar uma de cada vez, sem deixar rastros ou pistas não me chamou mais a atenção naquele momento.
Duas melhores amigas sendo mortas no mesmo lugar e juntas.
Seria algo tão belo, seria como poesia para meus ouvidos que já estava acostumados com clamores e gritos.

As pedras,o lago, a ponte de madeira.
Ah,aquilo era perfeito!
Um lugar vazio e coberto de névoa, um lugar típico de filmes de terror.
Nesse filme eu seria o diretor, e elas as protagonistas.
As mocinhas que tentam lutar mas acabam com a cabeça partida ao meio.
As mocinhas que se acham invencíveis e intocáveis.

Eu domaria a rebeldia delas,mostraria como é sentir sua pele arder e queimar.
Eles implorarão para ser mortas.
E eu? Me divertirei com a decadência coberta pelo sangue de seus corpos.

Lexi

Estou indo.
Me desculpe o atraso,aconteceram imprevistos.

Me passando por Georgia,respondi a garota que esperava ansiosamente sua amiga.

- Levante anjo, nós vamos brincar agora. - ainda zonza e tentando firmar suas pernas no chão,a cacheada se levantou e pôs-se a caminhar ao meu lado. Como se fossemos um casal, jovem e apaixonado, no ápice da paixão.
Com os braços entrelaçados, meu olhar lhe trasmitia a enorme satisfação que crescia em meu peito.

Ela balbuciava palavras que eu não conseguia entender, murmurava com a voz fraca um pequeno texto incompreensível aos meus ouvidos.
Se eu a soltasse tenho certeza que ela se ajoelharia e agradeceria ao Senhor por ter me encontrado, por estar comigo ali.
Imagine se algum maluco a encontrasse, ela e Lexi foram afortunadas.

Uma lágrima deslizou sobre sua bochecha rosada, ela me olhou por alguns segundos.

- Faça o que quiser comigo, mas por favor, não machuque Lexi. Deixe-a ir. - com a voz firme, ela se dirigiu a mim.
Aquilo me cativou ainda mais.
Meninas corajosas são meu ponto fraco.

- Ah docinho. Não se preocupe, eu não machucarei vocês,de forma alguma. Nós vamos apenas brincar. Eu,você e ela.
Não chore mais Georgia. - passei o polegar sobre o seu rosto, secando uma das lágrimas que por ali passeava.

- Por que está fazendo isso? - proferiu em tom alterado, seus cachos balançavam com o vento que passava entre nossos corpos.

- Não faça perguntas boneca.

- Por que? - gritou causando um leve desconforto em minha audição, seus olhos se inundaram e foram lavados pelo mar do liquído cristalino.
Seu olhar cor de esmeralda brilhou ainda mais, tornando-se ainda mais encantador.

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