Capítulo 16 - Surpresas na estrada

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   - Como nos encontrou? Por que está aqui? De quem é esse caminhão? Quando você

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   - Como nos encontrou? Por que está aqui? De quem é esse caminhão? Quando você... - Rick olhou para meu rosto e revirou os olhos.

- Pelo amor de Deus, controle-se White. Dê um tempo pra ela falar mulher! - murmurou o moreno se acomodando no banco cinza do veículo.

- Shh...Você tem o direito de permanecer calado garotinho. - sorri ironicamente e voltei a encarar minha a mulher que nos salvou.
Ou melhor,minha tia.

- Um "obrigada por me salvar" cairia muito bem agora querida sobrinha. - a mulher de cabelos grisalhos que encarou com seus olhos claros por um pequeno período.

- Essa daí agradecer? Pfff, é mais fácil um pombo criar dentes. Mas com o tempo você se acostuma,é o jeitinho dela tia Mey. Quer dizer,eu posso te chamar assim né? - Rick sorria de soslaio e agia com a espontaneidade de sempre, com uma naturalidade que me causava uma certa inveja e me fazia sorrir internamente.

- Claro querido, você deve ser o namorado da pequena Sarah não é? - as palavras de Mey me fizeram bufar.
Pequena Sarah?

Rick não conseguiu conter a risada ao ouvir o "apelido carinhoso" que minha tia me deu.

- Pequena Sarah. - o moreno jogou a cabeça pra trás e gargalhou como uma hiena. - Sinceramente White, com esse apelido você literalmente parece uma criança de oito anos.  Quer doces ou prefere uma Barbie pequena Sarah? - proferiu com deboche o garoto, dando ênfase nas duas últimas palavras.

- Sério isso? Rick nós quase fomos mortos por um exército de palhaços assassinos, você teve que apagar um cara e quer saber tia Mey? O estrago que você causou com essa belezinha devo admitir que foi fantástico. Obrigado por nos salvar, mas definitivamente esse não é o momento ideal para piadinhas, responda minhas perguntas por favor. - fitei os dois seres sentados ao meu lado com seriedade e vi Rick franzir o cenho.

- Vocês estão ouvindo um barulho esquisito vindo ali de trás? - o jovem indicou com o polegar para o baú do caminhão.

- É uma surpresa, não vou falar disso agora. Agora respondendo as suas perguntas, na verdade eu os encontrei por acaso. Eu pedi para o Charlie ir até sua casa lhe entregar um bilhete e como ele estava demorando pra voltar eu vim procurar vocês. Saiu nos jornais que a cidade estava sendo evacuada, um surto de assassinatos bizarros assustou a população. Eu não tinha idéia do que estava acontecendo aqui até ver o noticiário, eu nunca teria deixado vocês sozinhos em uma situação como essa. - os olhos azuis de Mey adquiriram um brilho ainda maior devido as lágrimas que surgiam. - Onde está Charlie? Você chegou a encontrá-lo?

A esperança em sua voz me fizeram lembrar de meus últimos momentos com meu irmão, de suas últimas palavras e de sua cabeça sendo esmagada.

- Eu o encontrei, mas não ficamos juntos por muito tempo. - um aperto tomou conta de meu peito e no mesmo momento pude sentir a temperatura quente e o sabor salgado de minhas lágrimas.

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