Depois de fazer meu trabalho eu fui embora pela porta do fundos.Em qualquer outra cidade eu seria pego no mesmo dia, mas ali? Os policiais não vêm assassinatos como prioridade.
O fogo queimou a maioria dos rastros que eu havia deixado, isso custaria o tempo dos desgraçados, eles não se dariam ao trabalho de achar mais rastros,examinar o corpo de Rosie,colher informações.Eles só se importavam em manter aparências.
Não querem que a cidade se envolva em escandâlos, ao menos é isso que dizem.
Eles forjam provas,e inventam uma história qualquer para encobrir a preguiça e a incompetência.
E bom, o povo acredita.
O que é bom para mim e ruim para as pessoas que me despertarem interesse.
Ruim? Talvez elas até gostem do que eu faço.
Se Rosie pudesse falar eu tenho certeza que me agradeceria pelo o que eu fiz para ela.A solidão habitava sua casa e eu, mesmo que estando pouco tempo ao seu lado a fiz feliz,os seus olhos me mostraram isso enquanto eu passava a navalha em seu pescoço.
Eu a toquei,e a fiz sentir algo.
Fiz ela sentir medo, fiz seu coração acelerar.
Ela se sentiu viva comigo.
E o preço por esse sentimento foi a morte, foi a sua liberdade.
A doce liberdade para a doce Rosie.
Minha Rosie.{···}
Quando o dia amanheceu, Georgia saiu de sua casa e pôs se a caminhar rapidamente.
Juntamente, fui atrás da cacheada.Com o fone nos ouvidos sequer prestava atenção no que acontecia a sua volta.
Os pássaros abandonavam seus ninhos e colocavam-se a cantar a mais doce melodia.
Era como se eles me dissessem:
"Mate Georgia,Phill. Mate"Sempre fui um amante de pássaros,principalmente quando eu os desmembro e penduro seus corpos ensanguentados e maleáveis na parede cinzenta do meu quarto.
Ah,eu os obedeceria.Se eles querem que eu mate Georgia,eu o farei.
{···}
Me lembrei da primeira vez que a vi.
Seus olhos verdes brilhavam com as luzes da casa noturna.
Os cachos negros balançavam no ritmo da música,assim como seu corpo.
E que corpo!Agora ele dançava no ritmo da corrida.
E dançaria ainda mais comigo, quando eu esmagasse sua cabeça, assim como eu fazia com os ratos em minha infância.
Seu belo rosto ficaria irreconhecível, e seu sangue lavaria minhas mãos.
Ah,Georgia.As sombras das árvores e arbustos encobriam minha presença e minhas intenções,mas não minha vontade de arrancar fora seus olhos esmeralda.
Ela ia em direção a um parque afastado do centro, estava sempre vazio e naquele horário a neblina tomava conta do pacífico lugar.
A encarei por alguns longos minutos,ainda afastado de seu cheiro e seu corpo.
Afastado,apenas por enquanto.Apreciei a imagem que criei em minha mente de seu corpo coberto de sangue e os pedaços de sua bela cabeça espalhada pela úmida grama do parque. O lugar era repleto de pedras grandes e pequenas.
Não usaria um martelo para acertá-la.
Ela era especial, merecia algo diferente.
Algo que esmagasse suavemente seu crânio.
Suave e mortalmente.Fitei o chão e me vi no lugar perfeito. Gritei o nome de Georgia,mas ela ignorou o meu chamado.
Apenas continuou a correr,a exercitar seu corpo que logo estaria sem vida.
Pela primeira e última vez eu gritei por seu nome.
A vadiazinha me ignorou.Enfurecido peguei uma pedra média que estava sobre uma pequena faixa de concreto e arremessei em sua direção.
Minhas mãos tremeram e não consegui acertá-la, o ódio em mim apenas crescia, rápida e intensamente.Caminhei com passos firmes em sua direção e a agarrei pelos cabelos:
- Você me ignorou Georgia.
Você me ignorou vadia de merda! - fingindo não entender o que acontecia ali, a cacheada gritou por socorro. - Ninguém vai te ouvir, grite.Ela se debateu enquanto eu a arrastava até o centro do parque.
- Socorro! Alguém me ajude. - clamou entre soluços e lágrimas, o que me deixou ainda mais ansioso para o que aconteceria logo após.
Em um súbito silêncio ouvi algo. Um barulho agudo,vinha de seu bolso.
A puxei até mim e rasguei seu bolso,retirando de lá um celular.- Acha que vai fugir maldita? - a soquei no rosto para que ela parasse de se mexer tão freneticamente.
Uma foto dela e de Lexi e Rosie tomava conta da tela de seu celular.
5 novas mensagens
LexiSorri e antes que ela voltasse a se mexer abri a caixa de mensagens.
Lexi
OnlineOnde você está Georgia? Eu já cheguei no parque,me encontre na ponte próxima ao lago.
Enxuguei o suor da testa da cacheada e a mostrei seu celular.
- Temos companhia, não vamos nos divertir sozinhos docinho.
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Entre se quiser , saia se conseguir
TerrorCapa feita por @ennestelar Ao perder seus pais em um terrível acidente de carro, Sarah White se isola do resto do mundo, na tentativa de superar e esquecer o que aconteceu. Quando um famoso grupo circense chega a cidade, seus amigos, na intenção de...