• Por quê?

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        Semi-cerrei os olhos com a claridade que reinou nesse espaço de paredes brancas.

   - Olá? Dá para desligar essa merda de luz?! -gritei e caminhei um pouco, assustei-me quando vi um cara... Cabelos loiros enrolados, olhos azuis e todo de branco. Arqueei a sobrancelha direita e ele sorriu.

  - Olá senhorita Angel... Acho que o nome caiu muito bem, ou talvez. Mais ou menos -falou ainda sorrindo e fiquei confusa.

  - Podes me dizer aonde estamos? -perguntei olhando para os lados, nada apenas branco para tudo que é lado e estou me sufocando com isso.

  - É a primeira fase para se chegar ao céu... Pois, você ainda não morreu, apenas está obtendo ajuda para continuar a respirar... Por tanto, ficaras aqui vendo o que ocorre na sala aonde teu corpo se encontra... -falou formalmente e fiz uma careta de pânico, E eu ali... Deitada na cama completamente pálida, médicos correndo para os lados a procura de algo.

  - O que houve comigo? -perguntei olhando para o loiro bonito ao lado e ele olha para o cenário que surgiu.

   - Considera-te com sorte, pois não quebrou nenhum osso, apenas bateu a cabeça... -falou e rio-me.

  - Quanta sorte hein... -disse irônica e continuei olhando para meu corpo ali no meio de tantos médicos- Por que tanto doutores? -perguntei cruzando os braços.

  - Perdeu muito sangue... -por fim falou e ia prosseguir mais interrompi.

   - Que merda é essa? -perguntei desesperada, sentindo-me puxada e desaparecendo.

  - Conseguiu! Você vai viver... Mas me desculpe por isso! -falou e uma dor aguda na cabeça, algo me atingiu e apaguei.

    

  Justin P. O. V

      Nunca chorei tanto como hoje... Eu parecia um chafariz. Uma semana sem comer e dormir. Estou aqui sendo consolado pela a mãe da minha Angel. Foi por um milesimo de tempo para perdermos-a.

  - Senhor Timberlake! Ela está viva! Viva! -gritou alguém me fazendo levantar, o doutor me abraçou forte e chorei desesperado. O peso do meu coração sumiu e uma felicidade contagiante me agitou. Após largar e agradecer ao doutor, mas primeiramente a Deus abracei forte Emmy e o filho dela.

   - Podemos vê-la?! -perguntou Emmy olhando para o Dr.

   - Infelizmente não... Ela precisa descansar e temos que fazer exames... Por causa da parada que ela teve... Aviso quando podem vê-la! -falou saindo e suspirei alíviado. Nos sentamos novamente e limpei as lágrimas das minhas bochechas.

   - Tens que comer Justin... -falou Emmy e neguei, não estou com um pingo de fome.

   - Eu fui o causador disso tudo... E vou continuar me culpando! -falei e ouvi Emmy bufar. Ela apertou meu ombro e suspirei.

   - Ela só se desequilibrou e caiu da escada. Não quero que fique assim, ela está bem! -falou olhei para ela e assenti. Era para estarmos nos abraçando, mas não. Eu a abracei, mas não ela, apenas o seu corpo pálido e inconciente... Ah, meu Deus! Essa angústia repentina não passa. Um aperto no coração... Um pressentimento ruím. Liguei para Jessica...

   ...

     Angel P. O. V.

      " O vento levava a barra do vestido rosado que uso, meus cabelos vermelhos iam juntos... Olhei a frente, um rapaz? Sim, pelo menos é o que está parecendo... Seus cabelos castanhos, bagunçados e reluzentes. Alto, costas largas e pernas finas. Definitivamente uma garça. Rio-me em silêncio, até em sonhos tenho senso de humor... A camisa branca deixava seus braços quase fortes para fora, calça preta justa e sua bunda pequena, desanimei. Fiz uma careta e andei em passos lentos. Até que pisei numa folha seca, gruni e o vi virar. Seu olhar enverdeado tomou os meus azuis escuros, um sorriso abriu-se da sua parte e mostrou as pequenas covinhas nas suas bochechas pálidas. Suas mãos estavam nos bolsos da calça e um vento frio correu fazendo os cabelos dele irem para o rosto. O que me fez rir... Mordi o lábio parando.

StylakeOnde histórias criam vida. Descubra agora