Resgatando Meu Coração

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Sarah pegou seu celular e discou o número tão conhecido por ela, sorrindo boba assim que leu na tela ligando para Harry. Não estava tarde da noite, mas esperava que o mesmo atendesse, talvez estivesse ocupado com o trabalho, mas para sua felicidade ele atendeu. 

—— Oi amor. —— Sarah não conteve o sorriso de orelha a orelha ao ouvir a voz dele se referindo a ela desse jeito. 

—— Oi amor —— repetiu. 

— Está tudo bem por aí? 

—— Sim, está e com você? —— perguntou. 

—— Acabei de entrar no carro e estou voltando pra casa. 

—— Estava trabalhando, não é? Vou desligar, não quero incomodar você. 

—— Não desliga, estou com saudade de ouvir sua voz —— pediu manhoso. —— Você sabe que não me incomoda.

—— Desculpe —— disse tímida. —— Eu também estou com saudades, quer dar uma volta no parque amanhã? Se puder, é claro.

— Eu posso encontrar com você no meu horário de almoço, pode ser?

—— Claro! Está ótimo pra mim. —— Sorriu satisfeita.

— Vou precisar desligar, vou dirigir agora. —— avisou.

—— Me avise quando chegar em casa está bem? Eu te amo. —— confessou achando-se uma estúpida por deferir tais palavras tão precocemente.

— Sim senhora, também amo você —— ele correspondeu, e de repente ela não se achava tão idiota assim. —— Nos vemos amanhã.

—— Até amanhã. —— Desligou e voltou para a cama para o novo dia de amanhã. 

Pegou no sono tão rápido que só acordou com o som do despertador no dia seguinte, nem ao menos leu a mensagem que Harry mandou pra ela avisando que havia chegado em casa como ela tinha pedido, respondeu a ele com uma mensagem de bom dia e seguiu sua rotina. Após o café se despediu do seu pai com um beijo delicado na bochecha antes de sair, e esperou pelo seu ônibus.

No caminho até o trabalho, Sarah ouvia músicas românticas e se lembrava dos momentos com Harry, a primeira noite juntos, o primeiro jantar e o primeiro eu te amo. Estava fluindo tão bem, que no fundo ela achava que aquilo não poderia durar, estava sendo tudo perfeito demais, tinha medo que se machucasse outra vez. Mas com Harry era tão diferente, ela queria ser dele e que ele fosse dela, ele a fazia esquecer de suas inseguranças e de todas as incertezas quando estavam juntos, era apenas os dois, completando o espeço que falta no outro. Talvez permitir se machucar por quem ama não fosse tão ruim assim.

O dia estava corrido, logo que abriu a loja a rotina voltou, atendendo clientes, fez a manutenção do recinto e recebeu as novas encomendas. Quase havia esquecido que havia marcado de se encontrar com Harry, lembrou-se após receber uma mensagem dele avisando que estaria livre brevemente. Tratou de terminar seus afazeres rapidamente e assim que sua colega chegou para repor seu lugar ela pôde sair.

O parque estava com algumas crianças como de costume, havia muitos pais por lá, vendedor de guloseimas e brinquedos pra chamar atenção dos pequenos. Sarah parou para comprar uma pipoca enquanto esperava por Harry, andou em direção a qualquer banco que estivesse livre, até que uma moça com um bebê em seu carrinho chamou sua atenção, ela a conhecia, Lea, sutilmente se aproximou dela para não assusta-la, não queria que tivesse a mesma reação como foi no último encontro, ela parecia estar fugindo de alguém.

—— Se importa se eu me sentar com você? —— pediu. Lea a olhou com certa dúvida mas permitiu com a cabeça.

—— Hoje está um belo dia não acha? —— puxou assunto, talvez se mostra-se inofensiva, Lea não se sentisse coagida como a última vez.

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