26| Correspondente da Fazenda

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23 de outubro de 1944

Querida Jezabel,

Obrigado por me ajudar! Eu precisava de palavras assim, de conforto! Mamãe não sabe das cartas, e se soubesse iria reprovar, já que estou noiva. Asher deve de ter lhe contado sobre meu noivo, ele é chato! Mas eu não vim falar sobre meu noivo nessa carta, mas pela saudade de mamãe.

A última vez que o médico veio aqui em casa, disse que não podemos mais fazer nada. Só esperar ela partir. Não quero que isso aconteça! Eu preciso dela, de seu ombro amigo! Não vou aguentar mais uma morte na família nesse tempo de guerra, não quero ficar sozinha!

E não vou conseguir manter a fazenda por muito tempo, já que as plantações estão ficando cada vez mais menores. Se eu perder a fazenda, não tenho nenhum lugar para ir! Meu parentes, os poucos que existem, moram muito longe e não posso morar junto com meu noivo, e também não quero...

Então queria pedir, se não for muito incômodo para a senhora, que me acolha em sua casa. Não precisa se preocupar que não vou agora, vou esperar mamãe... Você sabe... Vender a fazenda e partir. Não sei se aí, onde você mora, também está precária a situação com na minha cidade, mas mesmo assim quero tentar! É bom as vezes sentir novos ares. E eu também sempre quis viajar, então não seria perda de tempo, e sim, uma libertação.

Desde agora agradeço, qualquer que seja sua resposta.

Mayla Ohana Blaschke.

Correspondente De GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora