A [🌻]
Acordo sentindo minhas costas e meu pescoço latejarem de dor. Tento me sentar, mas sinto um peso sobre meu tronco, abro os olhos com dificuldade por conta do sono que ainda me consumia e da claridade que vinha das janelas da cozinha, as pernas de Felix estavam enroladas com as minhas.
Olho para o ruivo que estava sem camisa dormindo como se não houvesse o amanhã, olho para mim e eu tava apenas de sutiã.
Empurrei Felix para o outro lado e me levanto num pulo. Paro para perceber que estavamos no centro da sala, corro para o banheiro e meu cabelo estava igual um ninho, por sorte eu estava sem maquiagem, o que seria menos pavor para tentar saber o que tinha ocorrido na noite anterior. E, tarde demais...
Eu arregalava tanto os olhos a cada vez que lembrava mais e mais dos detalhes do acontecimento na boate, no táxi e na sala, que sentia que iriam saltarem para fora.
Flashback On
— Olha o táxi ali! — gritei puxando o Felix para perto de mim.
— Não faz assim que eu penso que quer outra coisa. — Felix diz sorrindo e eu o empurro para dentro do carro.
— Você pensa em várias coisas, Felix. — falei fechando a porta, após de ter sentado quase nas pernas dele.
O garoto deitou sua cabeça no meu ombro e começou a cheirar meu pescoço e em seguida dando beijos ali, o que me fez sentir uma pitada de um desejo obscuro. Desci minhas mãos para suas pernas e subi paras as coxas parando em sua virilha e Felix reagiu dando uma mordida no lóbulo da minha orelha.
~
— Aish, vamos! — falei tentando me levantar para ir ao meu quarto, mas senti meu corpo pesar para baixo novamente e meus olhos fecharem.
Por algum momento pensei em dormir, mas meu cérebro ainda estava agitado. Felix se sentou e eu me sentei em colo, coloquei minhas mãos em seu rosto e o beijei. Senti suas mãos sobre minha cintura subirem por dentro da minha regata e ficarem em minhas costas. Suguei seu lábio inferior e senti-o arfar contra o beijo, ele separou o beijo e arrancou sua blusa, pelo seu impulso, também arranquei a minha.
Flashback Off
Minhas lembranças foram interrompidos pelo o som ecoando na sala de um despertador e logo ouço a voz do bendito.
— Alô?... Ah, sim... Meu Deus! An? Não, não é nada... Acho que vou demorar... Qualquer coisa te ligo.
Fechei a porta e fiz minha higiene matinal e tomei um banho de cinco minutos. Entrei no quarto e coloquei uma regata branca e um macacão de saia jeans claro.
Apareci de fininho na sala e sentindo meu corpo queimar de vergonha. Vergonha na cara só agora, porque na hora do xibom bombom, vergonha era a última coisa que eu tive.
— Bom dia! — Felix diz sorridente como se nada tivesse acontecido, logo desmanchou dando murrinhos no ombro. — Parece que um trator passou por cima de mim.
— Bom dia... — dei um sorriso nervoso fazendo meus olhos quase se fecharem pelas bochechas elevadas. — Vai tomar um banho que você 'tá cheirando álcool, eu vou fazer o café da manhã.
O que na verdade poderia ser um almoço, era quase 13h00 da tarde. Vasculhei os armários encontrando muitas coisas que demorariam para fazer, parei um momento olhando dentro da geladeira e tirei alguns Tayakis (bolinho de pasta de feijão doce em formato de peixe), o de sempre, para assar o que demoraria no máximo 10 minutos.
Me apoiei na pia que ficava ao lado do forno e fixei os olhos para o centro da sala, relembrando novamente tudo que aconteceu há algumas horas antes de amanhecer. Eu estava sentindo algo novo, principalmente pelo Felix. É claro que não diria que seria paixão ou qualquer coisa relacionado a isso, só quero que não tenha atrapalhado nossa amizade e cumplicidade. Que seja apenas um acidente que ambos estavam emocionados demais, no momento da carência e da embriaguez.
— Se não fosse a sua casa me abrigando, eu ficaria mais vinte minutos dentro daquele chuveiro. — Felix surgiu na cozinha trazendo seu perfume no corpo. — Nossa, que cheiro bom..
— Talvez o banho que tenha tomado seja de perfume. — falei abrindo o forno e retirando a bandeja.
— Não, é disso mesmo. — Felix chegou próximo da mesa olhando para os bolinhos com brilho nos olhos.
Era fofo olhar para aqueles olhinhos castanhos combinando com o cabelo, parecia um mini-boneco de porcelana.
Peguei um Tayaki e mordi sentindo o doce delicioso espalhar na minha boca. Fechei os olhos na intenção de que o sabor fique mais tempo.
— Eu lembro de tudo, não precisa se preocupar. — Felix diz se apoiando no braço em cima da mesa enquanto comia.
— Eu também lembro, espero que não-
— Você se arrepende? — Felix perguntou olhando dessa vez diretamente para mim.
Ele deu um passo para perto de mim e depois de dois segundos deu outro, eu engoli seco e caminhei para trás batendo as costas no balcão que dividia os cômodos. Meus pensamentos estavam embaralhados, eu não sei se sentia que era um erro ter feito aquilo ou se estava me divertindo normalmente com meu melhor amigo. Era cedo para dizer, afinal não fazia uma semana que eu tive um término. O melhor a se fazer é deixar acontecer, no que for para ser, vai ser.
— E-eu n-não... — eu não sentia mais minha voz sair, o Felix estava à poucos centímetros de mim, essa era a razão.
— Não? — Felix indagou e senti sua respiração se misturar com a minha, do quão perto já estávamos.
Meus olhos pararam em sua boca e não demorou para se encontrarmos num beijo. Felix levou suas mãos até minha nuca querendo aprofundar mais nossas línguas, o puxei pelas costas costas despidas, e sem querer querendo cravei minhas unhas em sua pele.
Suas mãos desceram para minha bunda, levemente meu coração acelerou pela sua atitude. Ele fez uma pressão e me fez sentar sobre o balcão, derrubando tudo que estava ali em cima. Soltamos uma pequena risada sem parar o beijo, que já estava no auge para seguir em outra coisa. Entrelacei minhas pernas envolta do Felix e trazendo-o para mais perto de mim, senti minhas coxas grudarem em seu tronco.
Dei selinhos repetidamente e desci para seu pescoço mordiscando e dando leves chupões por cada região. Felix reagiu entrando suas mãos por baixo da minha saia e apertou minha bunda e a soltando com um leve arranhão e seguindo a minha coxa. Suas mãos adentraram ao interior da mesma e subia lentamente, parando até a minha calcinha que se encontrava um pouco úmida.
Eu estava agitada internamente, os nossos desejos estavam à flor da pele, até infelizmente, serem dispersados com o toque de ligação do celular do Félix.
— Droga. — falou abafado no meu pescoço e deu dois beijos ali.
É, literalmente não fácil lembrar dele bruscamente assim.
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mirror ➸ h.h.ʝ
Fanfiction❝ Nunca teve pretensões de amar e ser amada, embora sempre nutrisse a esperança de encontrar algo que fosse como o amor, mas sem os problemas do amor. ❞