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— Vamos nesse!!! — apontei para uma montanha russa gigante que espirrava águas.
Fomos para a fila que não estava tão grande e esperamos a nossa vez. Sem demora, entregamos nossos ingressos e subimos nos pequenos carros que tinham seis lugares. Woojin, Chan e Seungmin foram no outro carrinho atrás de nós.
Começamos a mover lentamente, no meu estômago tinha borboleta voando por conta da ansiedade. Quando chegamos ao topo e tendo a visão da cidade inteira, em menos de três segundos somos tomados pela descida, gritos do Minho foi inevitável atrás de nós, causando risos entre a gente. Ao chegar no ponto final, águas esvoaçantes foram até nós, nos deixando completamente encharcados.
— Que legal! Vamos de novo! — falei entre pulinhos assim que saímos dali.
— Calma, tem muito mais pra gente ir. — diz Jisung.
— Olha, não quero mais, ok. Quase perdi minhas preciosas cordas vocais. — declarou Minho ofegante.
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Depois de algumas horas de diversão, decidimos irmos embora. Já estávamos secos pelo brinquedo que tínhamos ido, então fomos ao um restaurante saindo dali.
— Quando vocês vão embora? — perguntei baixinho para Felix pegando um nigiri.
— Provavelmente daqui cinco dias. — respondeu no mesmo tom. — E você?
— Não sei, o previsto era depois do meu aniversário, mas como já se passou uma semana, pretendo ficar aqui.
— O quê?! — Felix exclamou tão alto fazendo os meninos olharem para nós. — Vocês ouviram isso?
— Ouviram o quê? — perguntou Woojin.
— A Aurora quer ficar aqui. — respondeu Felix. — Não quer voltar pra Coréia com a gente.
Assim que levantei o rosto, senti os olhos de Hyunjin totalmente fixados em mim, ele mastigava lentamente apoiado sobre os braços na mesa. Eu o odiava por ser tão lindo, ao ponto de doer meu peito por me apaixonar ainda mais por ele.
— Você 'tá maluca? Aquela água entrou na sua cabeça e te deixou assim? — Changbin diz.
— Acho que é melhor 'pra mim, minhas crises psicológicas voltaram, eu preciso ver minha família e visitar minha mãe. Acredito que minha terra vai me fazer bem no momento. — falei a última frase olhando para Hyunjin, que por final soltou uma risada anasalada.
— E a empresa? E a gente? — Jeongin pergunta um pouco cabisbaixo.
— A empresa tem filiadas aqui, eu posso continuar minha rotina. Quanto à vocês, meu pai ainda mora em Seul, então posso visitar vocês, 'pra tudo há uma solução. — sorri.
— Vai deixar seu namorado? — Hyunjin pergunta deixando a mesa em silêncio.
— Não sou igual a você, Hyunjin.
Continuamos a comer entrando em assuntos diferentes e assim que terminamos, fomos embora. Chegamos no hotel, o Chan disse que depois me levaria para casa, então combinamos de assistir um filme.
Sentamos no sofá gigantesco e escolhemos um filme de super-heróis. Na metade do filme, senti a cabeça de Felix pesar meus ombros, olho para baixo e o ruivo tinha adormecido. Olho ao redor pensando no que faria, todos os meninos se encontravam dormindo em cima do outro, exceto Hyunjin que estava deitado no outro sofá e digitava coisas no celular.
Me levantei e deitei o Felix apoiando sua cabeça sobre o braço do sofá. Fui até a cozinha ouvindo passos atrás de mim, era perceptível o perfume familiar e o de sempre.
Abri a geladeira pegando uma jarra de suco, assim que fechei, Hyunjin a abre novamente bufando. Peguei um copo no armário e me servi.
— Hyunjin. — o chamei.
Ele se virou para mim esperando eu continuar.
— Podemos conversar como dois adultos? — dei um gole do suco de uva.
— Depende. — também deu um gole de seu refrigerante.
Respirei fundo para não perder a paciência e lhe mandar um patada.
— Por que tá agindo assim?
— Assim como? — franziu o cenho.
Eu juro que estava me mantendo a ser paciente.
— Me tratando como se eu fosse sua inimiga, como se eu tivesse te machucado. Eu realmente te magoei?
— Eu estou normal, esse sou eu de sempre.
— Não é o Hyunjin que eu conheço, que sempre faz todos rirem com as piadas sem graça e depois joga um flerte.
— Aurora, não é que estou namorando que posso ser o mesmo de antes com você. — bebeu seu refrigerante.
— Nem amigos?
— Sim, podemos. — sorriu sem mostrar os dentes.
Meu coração palpitou, como se houvesse uma luz no fim do túnel, o que clamava para não ser criada como expectativa.
— As vezes num relacionamento não demos certo, mas uma amizade, talvez. — dei um gole do meu suco.
— É, talvez tinha que ser assim desde o início. — arqueou as sobrancelhas.
E a luz se apagou novamente.
— Eu quero ser sua amiga, você pode me procurar se precisar de ajuda. — forcei um sorriso.
— Claro.
Hyunjin me abraçou por dez segundos, o suficiente para eu inalar todo seu cheiro e sentir o quão rápido seu coração batia. Minha garganta e minhas narinas ardiam segurando para não desabar em seus braços.
O tanto que eu sentia falta daquele calor, me quebrava em milhões de pedaços, seu toque sobre mim, era uma tortura contra a minha saudade. O tanto que eu queria ficar a eternidade ali dentro, ouvindo seus batimentos enquanto sentia seu perfume que causava o mesmo efeito em mim. O tanto que me machucava em saber que eu o perdi e tinha outra mulher em meu lugar, me fazia pensar várias vezes em desistir de viver. Ele era minha grande parcela que me mantinha viva para fazê-lo feliz e mostrá-lo o quanto gostava de estar com ele e que sua presença era meu combustível para ver a felicidade também.
Definitivamente, a única coisa que eu queria proteger no mundo, eu perdi nas minhas mãos.
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mirror ➸ h.h.ʝ
Fanfic❝ Nunca teve pretensões de amar e ser amada, embora sempre nutrisse a esperança de encontrar algo que fosse como o amor, mas sem os problemas do amor. ❞