13º capitulo

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MENINAS! QUERIA AGRADECER À ISABEL POR ME TER DADO O PRIMEIRO COMENTÁRIO E AGRADEÇAM À @HNZLLLoira E À @BeatrizCraveiro POR ME
MOTIVAREM A ESCREVER O NOVO CAPITULO GRAÇAS AO COMENTÁRIOS!

LEIAM A NOTA FINAL E POR AGORA BOA LEITURA!

Passaram-se três dias desde que tive aquele encontro inesperado com o Niall no hall de entrada daqui de casa. Posso dizer que nada mudou desde então. Tanto eu como o Niall continuamos a desprezarmo-nos mutúamente e apesar de não gostar do sentimento de termos voltado à estaca zero, eu sei que é o mais acertado. Ao menos nenhum de nós se magoa. Nestes dias apenas tenho tomado o pequeno-almoço em casa. Costumo almoçar fora quando o Niall está por casa e não tenho jantado. Não quero sentir aqueles momentos constragedores e mostrar à Maura que eu e o seu filho já não nos tratamos como à quatro semanas atrás.

Honestamente não! Eu não estou bem, estou irritada com o Niall por tudo isto que se passou, mas mesmo assim ainda sinto a falta do , pouco, carinho que recebi dele. Apesar das minhas inseguranças em relação aqueles nossos momentos, eu não posso mentir e dizer que aquilo não me sabia bem, porque acreditem, eu sentia-me maravilhosa, única e muito feliz. Sempre ouvi dizer que não nos devemos privar dos prazeres que a vida nos dá e que nos fazem felizes. Mas tenho que admitir que o Niall e o seu amor são prazeres deveras perigosos para eu os controlar. Acho que lido melhor com a rispídez que sempre lhe foi característica para comigo do que o amor inseguro que ele me deu nos últimos tempos.

Levantei-me da minha cama e fiz o que ,para mim, tem sido rotina durante estes três dias. Fui correr um pouco com os fones nos ouvidos e a música no máximo. Quando cheguei a casa apenas peguei numa maça bem vermelha e comecei a come-la enquanto pegava em alguma roupa que eu considerava prática para levar pra onde eu queria ir após tomar um longo banho.

Devem estar a perguntar-se para onde vou! Para o sitio onde melhor se pensa sobre tudo o que nos rodeia. A praia. É o meu local predileto, sabe tão bem sentir que ali nada me está a incomodar, puder sentar-me na areia e por momentos posso ser eu mesma e revelar um pouco dos meus sentimentos do momento. Estranho não!? Pois... A minha vida já é estranha em si desde que aquele senhor intitulado de meu pai me abandonou.

Saí de casa que se encontrava vazia. Sabia que o Niall tinha ido sair com os rapazes devido ao bilhete que deixou no tampo de madeira da mesa para a sua mãe. Apanhei o autocarro na paragem que se encontrava a aproximadamente 100 metros de minha casa. Saí numa paragem que se encontrava um pouco distante da praia mas que mesmo assim nós conseguiamos avistar o mar, que reluzia devido aos poucos raios de luz que o sol transmitia, em grande parte do horizonte.

Mal saí daquele grande autocarro meti a minha pequena mala às costas e segui caminho, caminho esse que não demorou mais de 10 minutos até passar de um piso de cimento para um piso de areia. Escolhi um bom lugar, apesar da praia estar deserta e sentei-me. Fiquei a observar sentada o mar encapelando levemente as àguas em ondas verdes. Achava aquilo muito traquilizante e fazia-me pensar na minha vida. Mas desta vez não era apenas o Niall que me invadia os meus pensamentos. Era o meu pai e o modo como ele me havia deixado.

Ele foi covarde ao deixar a sua própria filha ao cargo de alguém que não tinha obrigação de nada. Ele estragou a vida que eu ambicionava ter. Claro que com 10 anos ninguém já tem ideia do que quer da vida, mas uma coisa eu sabia. Que queria ficar em Portugal e estar com os meus amigos, era lá que eu me sentia bem. Ele prometeu, prometeu que me vinha visitar sempre que pudesse! Ele sabia o quanto estava a ser dificil para mim me desapegar dele depois da morte da minha mãe. Ele era o meu único pilar, porque como criança que era, achava que a vida tinha sido demasiado injusta com a minha mãe mas ainda mais comigo porque eu precisava muito dela. Eu não tinha mais ninguém, mas ele preferiu deixar-me com alguém que para mim me era desconhecido e nunca mais me voltar a ver. Para mim isso não é um pai, e portanto não o considero um. Passaram 7 anos e mesmo assim continuo magoada, acho que esta dor jamais vai passar.

Smiles Not To Cry - N.H FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora