CAPÍTULO 13-GABRIEL FAZ EDUARDO "ACORDAR"!

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Para alegria de Gabriel, não receberam mais a visita dos amigos de Eduardo e, numa conversa do patrão ao telefone, descobriu aliviado que ele terminara com a namorada e ao que parecia, ela não tinha sentido tanto o rompimento do relacionamento a ponto de insistir.

Mesmo percebendo como os membros inferiores de Eduardo estavam "sem vida", Gabriel gostava de massageá-los, flexioná-los, aspirar despistadamente o cheiro que emanava do corpo do patrão quando ele começava a esquentar e transpirar, após a sessão de exercícios. Aprendera a jogar xadrez, alguns jogos novos de vídeo game, assistir filmes nacionais ou indicados ao Oscar ou mesmo algumas das aventuras futuristas das quais Eduardo tanto gostava e que, até então, Gabriel desprezava. Achava incrível como o patrão insistia em ler todos os dias os jornais e estar sempre bem  informado.

O enfermeiro conhecera as irmãs de Eduardo, que o trataram com polidez. Estava feliz por,  se tornar aos poucos, amigo da mãe dele, que dizia confiar no enfermeiro por intuir que ele era uma boa pessoa. Raramente via Dr. Pacheco e até agradecia por não ser obrigado a encarar uma pessoa tão mal humorada.

Depois de certo tempo, Gabriel  acostumou-se a cheirar as mãos despistadamente, após tocar no patrão, a ter sonhos com ele e não mais tentou evitar os pensamentos que às vezes o atingiam quando estava sozinho, ou mesmo na frente de Eduardo. Sabia que tinha que se controlar por, diversas vezes, quase ser flagrado excitado ou mesmo por quase não conseguir reprimir  expressões inconvenientes. Eduardo achava que ele era gay, mas daí a surpreendê-lo excitado ou mesmo ouvi-lo falando "gostoso...delícia", já seria demais!

Gabriel imaginava como seria pegar o patrão nos braços para um abraço, ou mesmo sentir os braços dele, que agora, devido aos exercícios, estavam bem torneados e fortes, o envolvendo não por necessidade, mas por vontade própria! Olhava as mãos enormes e macias, as unhas limpas, cortadas, os pés bem cuidados, a barba bem feita, o bom gosto nas roupas, cremes e perfumes. Admirava como Eduardo estava sempre atento a que Gabriel secasse bem entre os seus dedos dos pés, com medo que eles viessem a cheirar mal. 

Aos poucos, também Gabriel  começou a vestir-se melhor, a abandonar shampoos e cremes baratos para adotar um gosto mais refinado. Cada vez mais percebia que as horas extras aumentavam, como se Eduardo não quisesse ficar sozinho com Isabel ou mesmo quisesse que o enfermeiro encerrasse uma conversa ou jogo que haviam iniciado.

A namorada de Gabriel pensava que a mudança no comportamento do namorado, a evitando cada vez mais,  só indicasse cansaço.

Gabriel convencera Brenda de que o patrão era muito exigente, por isso ele chegava esgotado e sem disposição para fazer amor! Ela ficava triste, mas, por outro lado,   agradecia a mudança nos hábitos dele de se arrumar mais, se perfumar mais, organizar mais as coisas. A inocente namorada chegou a concluir que com a quantidade de horas extras que o namorado vinha fazendo e com tanto investimento no visual, Gabriel estivesse era afoito para se casar com ela!

Numa manhã, Gabriel chegou na casa de Eduardo e, assim que entrou, foi recebido por Isabel, que estava aflita.

_Vá logo vê-lo, rapaz, porque ele já perguntou umas dez vezes se você já tinha chegado. Não conseguiu falar no seu celular.

Gabriel sorriu satisfeito, notando como o outro já o colocara como peça insubstituível em sua vida. Pensou que talvez ele tivesse se sujado e não quisesse que a empregada o lavasse, pois dizia ao enfermeiro que ela não sabia como limpar os seus órgãos sexuais. 

Para Gabriel, se tornara um prazer ouvir Eduardo lhe dar instruções que  deixavam o enfermeiro, por vezes, perigosamente excitado!

Gabriel tinha os órgãos sexuais do patrão nas mãos, após o banho, quando Eduardo dizia, sério e focado na tarefa do enfermeiro:

NOSSO ENCAIXE É PERFEITO!-Armando Scoth Lee-Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora