CAPÍTULO 18-EDUARDO TENTA EXPULSAR GABRIEL!

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Isabel e a mãe de Eduardo deram graças a Deus quando viram doutor Pacheco conduzindo Gabriel diretamente para o quarto do filho.

_Pai...eu demiti esse cara...o que ele está fazendo aqui no meu quarto?_resmungou Eduardo assim que viu a feição assustada de Gabriel entrando no quarto dele.

O deficiente físico teria se virado de costas para o enfermeiro, se não estivesse tão debilitado!

Se ainda havia alguma incerteza na mente de Gabriel, essa se dissipou assim que viu o rapaz desfeito que se envergava com um semblante de dor no quarto que emanava todo o calor que ele exalava!

O enfermeiro resolveu agir sem demora, pois lhe causava um mal-estar tremendo ver o homem que amava sofrendo daquele jeito!

Dr. Pacheco ficou olhando o enfermeiro retirar o agasalho rapidamente e arregaçar as mangas da blusa que vestia, ir ao banheiro e lavar as mãos com vigor. Logo depois, chegou no quarto e enfiou um par de luvas cirúrgicas. Uma vasilha de vaselina estava sobre um móvel e Gabriel a pegou, também, já espalhando a solução pelas mãos ágeis. Aquilo impressionou o pai de Eduardo, que viu que, realmente, o enfermeiro parecia saber o que fazer naquela situação.

_É, rapaz...estou pensando que você esperou demais para pedir ajuda, pois, do jeito que eu estou imaginando que isso aí está...não vou te enganar não...vai doer!_disse Gabriel com o semblante preocupado.

_Pai,  pra que o senhor foi buscar este cara se eu não mandei?_Eduardo falou  tentando soar autoritário a fim de ser atendido._Leva ele embora que eu não preciso da ajuda dele, pai!

Doutor Pacheco ia abrir a boca, mas Gabriel o interrompeu mostrando quem é que estava no controle ali.

_Pode nos dar licença, Dr. Pacheco? Eduardo prefere que ninguém presencie a liberação dos gases e mesmo das fezes...o senhor entende? É meio embaraçoso..._disse Gabriel já conduzindo o homem para fora do quarto, sem que ele o contrariasse ao imaginar o que iria acontecer ali.

Fechou a porta e pediu ao pai aflito que não permitisse que ninguém os incomodasse.

Gabriel sentou-se na cama de Eduardo com o semblante sério, já notando que ele tinha a barriga inchada.

Eduardo não deixou de perceber como ele trazia um semblante preocupado.

_Meu pai não devia ter ido te incomodar..._gemeu Eduardo, enquanto não tentava impedir que Gabriel o despisse totalmente._Não precisa mais fazer isso, cara...saia daqui...você não trabalha mais pra mim..._sussurrou Eduardo com a voz fraca e o semblante fechado.

_Está como das outras vezes?_perguntou Gabriel ignorando o que Eduardo falara e já começando a massagear a barriga dele.

Na verdade, Gabriel só queria puxar conversa com Eduardo, pois, das outras vezes, dois ou três supositórios resolviam o problema.

Eduardo segurou a mão de Gabriel aflito:

_Não, cara...pare! Eu nunca estive assim antes! Parece que eu vou explodir...minha cabeça está estourando, não consegui dormir nestes últimos dias e ainda este mal-estar...estas náuseas...se toda a merda sair pela boca, nem vou me assustar, pois parece que eu estou atolado até a tampa!_confessou Eduardo. 

Estranhamente, depois de ser atendido durante tantos dias pelo enfermeiro, o advogado começou a sentir-se envergonhado dele vê-lo totalmente nu e tão vulnerável, tão exposto!

As pernas, de repente, lhe pareceram mais finas do que antes, todas as cicatrizes provenientes do acidente nunca o haviam intimidado tanto, quando Gabriel era apenas um enfermeiro... e com o restante do corpo inchado daquele jeito, sentiu-se incomodado por Gabriel vê-lo assim!

NOSSO ENCAIXE É PERFEITO!-Armando Scoth Lee-Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora