CAPÍTULO 8-GABRIEL CONHECE OS AMIGOS DE EDUARDO

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Gabriel respirou mais aliviado por ver o patrão finalmente livre dos ferros que tinha nas pernas.

Já de volta ao apartamento,  atendeu ao pedido dele e o ajeitou na cama. 

Gabriel agora, sob as ordens de Eduardo, tinha que se lembrar de sempre se apresentar como "o enfermeiro", mesmo sem ter o diploma, para não levantar suspeitas, já que os pais de Eduardo haviam exigido alguém habilitado.

O "enfermeiro" pigarreou, tentando puxar conversa:

_Vi o noticiário ontem. Seu pai ganhou a causa e inocentou Justus.

_ Deu pra assistir julgamentos com o meu pai, agora?_perguntou Eduardo com um ar crítico._Só porque trabalha pra mim não quer dizer que terá que saber a minha ficha completa.

_Em que planeta você vive? Esse julgamento mobilizou o país inteiro!

_ Acredite, vi poucos julgamentos que envolvessem o meu pai, mas tenho certeza de que o velho é muito bom. Eu queria fazer carreira sozinho, fazer o meu nome sozinho e não pretendia ter algum tratamento especial nesse meio somente porque o meu pai já é conhecido. Não iria ficar imitando ele ou mesmo seguindo os passos dele, entende?

Eduardo olhou para o rapaz e deu um sorriso maldoso:

_E aí? Ficou admirado quando ele conseguiu livrar aquele cara ordinário?

_Acho que Justus merecia a prisão, afinal ele matou a esposa e o amante dela a sangue frio. Achei que o seu pai iria fazer com que ele fosse condenado, mas não, conseguiu provar que ele agiu em legítima defesa!_disse Gabriel tentando medir as palavras para não ofender a imagem do pai que Eduardo parecia admirar.

_ Meu velho é bom e além do mais foi pago para livrar o Justus da cadeia e não o contrário, fique sabendo. Ele só fez o que foi pago pra fazer._finalizou Eduardo.

Gabriel decidiu não falar mais nada.

_Me leve para a área de lazer. Quero tomar um pouco de sol até os meus amigos chegarem._disse Eduardo de repente animado.

Assim que viu os amigos de Eduardo, Gabriel já adivinhou que não iria fazer amizade com nenhum deles. A namorada, então, mal o olhou uma segunda vez, quando lhe pediu mais gelo enquanto estava sentada sobre o namorado apenas de biquíni.

O nome dela era Sheila, uma loura artificial, com os seios siliconados e os olhos azuis mais traiçoeiros que Gabriel já vira na vida!

A garota dava pequenas mordidas nos ombros e pescoço do namorado, enquanto ele estava sentado na espreguiçadeira e dividia com ela um copo de bebida.

Os amigos se chamavam Cleiton, Hugo e Artur. Nenhuma boa impressão foi passada para Gabriel,  visto que, assim que Eduardo os apresentou, um lhe ofereceu um cigarro de maconha e o outro debochou se não havia um anjo com o nome de Gabriel. 

Os três fumavam drogas, bebiam muito, tinham tatuagens e Gabriel ficou imaginando como um advogado poderia ter amizade com aquele tipo de gente.

Ficaram na beira da piscina até que a temperatura começou a se tornar quente demais para eles permanecerem lá fora.

Isabel tinha saído, conforme ela mesma falara com Gabriel, para deixar a rapaziada à vontade. 

O próximo passo do grupo foi se encerrar no quarto de Eduardo e Gabriel ficou rezando para que algum dos vizinhos viesse reclamar da música alta ou do cheiro da erva. 

Ao final do dia, eles foram embora e Gabriel pode finalmente dar banho no patrão e prepará-lo para dormir. Notou que ele não precisaria do comprimido para dormir naquela noite, pois estava totalmente drogado e bêbado. 

NOSSO ENCAIXE É PERFEITO!-Armando Scoth Lee-Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora