Capítulo 12

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Karol

Desci do carro meio estranha. Andar de mãos dadas com Ruggero foi diferente demais. Eu não estava gostando do rumo disso. Entrei no meu apartamento e nem me importei com Lina e com Ana. Passei por elas direto e fui para o meu quarto. Tomei um banho rápido e deitei. Fiquei perdida em pensamentos até ouvir alguém bater na porta do meu quarto.

-Entra. - falei e vi Lina entrar com um sorrisão.

- Qual o motivo desse sorriso aí?

-Estou feliz ué. - deitou ao meu lado na cama.

- Onde esteve?

-Fui fazer uma visita para o Pasquarelli na revista. - dei de ombros e ela soltou uma gargalhada.

-Sua safada. - me deu um tapinha leve e eu suspirei.

- Que foi Karol?

-Nada. - respondi baixo.

-Será que eu já estou começando a ver aquele lindo par de sapatos no meu closet? - perguntou e eu neguei com a cabeça.

-Não, só estou cansada. - fechei os olhos por uns segundos e quando abri Lina me encarava séria.

-Não tente enganar a si mesma. - me deu um beijo na testa. - Vou dormir fora hoje. - avisou e saiu do meu quarto.

Resolvi descansar um pouco e depois ver o que eu ia fazer.

[...]

Estava andando pelas ruas e observando as pessoas, pareciam tão felizes. Vi uma garotinha sentada em um banquinho com o seu pai e aquilo apertou meu coração. Sentia tanta falta dos meus pais, principalmente do meu pai. Éramos muito ligados mas depois que minha mãe me expulsou da vida deles, eu perdi totalmente o contato. Claro que eu os acompanho de longe mas queria poder abraçar e beijar sempre que eu quisesse. Respirei fundo e entrei em um bar.

-Uma cerveja, por favor. - pedi e o garçom trouxe.

Olhei ao redor e tomei um susto ao ver Ruggero numa mesa de homens e mulheres conversando.

Claro que a tal Valentina estava lá perto dele. Os dois pareciam tão íntimos e eu me sentia uma intrusa no meio dessa história. Fiquei tanto tempo o observando que ele percebeu e vi seus olhos ficarem surpresos por me ver alí. Ele falou algo com as pessoas e veio na minha direção.

-Oi Kah. - falou sentando na cadeira a minha frente.

Acenei com a cabeça e ele me analisou por um segundo.

- Você tá bem? - perguntou e eu concordei com a cabeça.

- Não parece.

-Nem tudo é o que parece Pasquarelli. - falei friamente e ele respirou fundo.

-Karol, qual o seu problema? - perguntou e eu o olhei sem entender. - Você vai no meu escritório me fazer uma visita, quando eu te beijo você desce correndo do carro e depois age que nem uma estranha. Eu não consigo te entender. - dei um sorriso para ele

. -Mas não é pra entender, entre a gente é só sexo. - levantei e pisquei para ele.

Joguei um dinheiro na mesa e saí do bar. Senti um vento me atingir e eu apertei o casaco contra o meu corpo. Estava esfriando mas nada comparado ao frio que existe dentro de mim. Caminhei até o meu apartamento e fui direto para cama.

[...]

Cheguei na Sevilla's e como sempre as pessoas me olhavam com medo. Devo ser uma pessoa muito ruim mesmo. Respirei fundo e segui para minha sala. Olhei na agenda e não tinha muita coisa para fazer. Peguei meu celular e tinha uma mensagem de Ruggero.

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