Ruggero
Ainda não consigo acreditar que Karol fez isso. Eu estava com tanta raiva de mim por não conseguir odia-lá. Merda Karol! Quando eu acordei e vi ela saindo do quarto, e resolvi ir atrás nunca imaginei ouvir aquela conversa. Ela apostou por um maldito par de sapatos. Eu poderia comprar milhares de pares de sapatos para ela cara. Ela não precisava disso.
[...]
Meu apartamento estava me sufocando, parecia que tudo aqui dentro me lembrava ela e isso estava me matando. Fui para o meu quarto e respirei pesadamente ao ver a cama ainda desarrumada. Foi a primeira vez que Karol dormiu aqui de verdade. Entrei no chuveiro e respirei fundo tentando em vão controlar as lágrimas que aos poucos foram se misturando a água. Por que não consigo sentir raiva dela? Porque sou idiota demais. Saí do banheiro e deitei no sofá. Iria dormir por aqui mesmo. Não quero deitar na cama que eu e Karol transamos. Olhei para o teto e respirei fundo. -Amanhã será um novo dia. - falei confiante e resolvi tentar dormir.
[...]
Cheguei na revista e pela primeira vez desde que abri a revista não falei com ninguém, não sorri para ninguém. Abaixei a cabeça e fui até a minha sala.
-Não quero falar com ninguém hoje Érica. - informei e entrei na sala. Mas não estava preparado para ver ela ainda. Respirei fundo e fechei a porta. -O que você está fazendo aqui? - perguntei e ela me olhou com dor.
-Eu preciso explicar.
-Você me fez de idiota e acha que eu quero ouvir suas explicações? - eu dei um sorriso arrogante. - Tudo o que falar não vai mais importar, eu quero distância de você.- falei com desprezo.
-Ruggero, eu te amo. Você me fez acreditar que ainda existe amor em mim. Por favor, me perdoa? - ela deu um passo na minha direção, e eu dei dois para atrás.
-Não chegue perto de mim. - falei e ela respirou fundo dando um passo pra trás, com os olhos marjeados.
- Nada do que me disser vai me fazer acreditar em você. Eu não confio mais em você. - ela olhou assustada, e as lágrimas caíram.
-Não diz isso. - falou chorando.
-Karol, vai embora. - falei e dei as costas.
Não gosto de ver ela chorando, me machuca demais.
-Você precisa entender. - ela veio na minha direção e me abraçou e suas lágrimas molharam a minha camisa.
Afastei ela e respirei fundo segurando as lágrimas. Não ia chorar na frente dela, tenho que mostrar que sou forte.
-Entender que você apostou o meu amor? Apostou Karol? Você tem noção de como isso dói em mim? O que eu fiz para você? O que eu fiz para merecer isso Karol?
-Você não fez nada. - falou chorando.
-Eu te amei, foi esse o meu erro. Talvez se eu tivesse feito como os outros caras e tivesse usado você, não estaria passando por isso. - respirei fundo.
-Amei? Não não! Você ainda me ama, assim como eu te amo. - ela me beijou mas eu não correspondi.
Afastei ela novamente.
-Você está se pondo em um papel ridículo! - ela sentou no chão chorando. Meu coração se partiu. - Acho que é melhor você ir embora Karol. - falei suspirando.
-Não. - levantou depois de algum tempo. Com o seu corpo todo trêmulo por causa do choro.
-O que?
-Não vou desistir de nós dois Ruggero, não vou. Eu demorei a deixar alguém a entrar na minha vida e eu não vou deixar você sair tão facilmente assim. Eu farei de tudo para ter você de volta.
-Acabou Karol. - falei confiante e ela negou com a cabeça.
-Não, eu não aceito. - eu respirei fundo.
-ACABOU. - gritei e ela deu um pulo assustada. Abri a porta da minha sala. -Eu quero que você vá embora e me esqueça. Você teve a sua chance e resolveu brincar com isso. Agora já era.
-Ruggero, por favor. - e mais lágrimas descia por suas bochechas.
-TCHAU KAROL. - peguei no braço dela e coloquei ela fora da minha sala. Foda-se que todos estavam olhando. - Volte para sua vida e esqueça que um dia você me conheceu e pode ter certeza que eu vou esquecer que um dia eu te amei. - respirei fundo.
Virei as costas e fui para minha sala. Antes de fechar a porta eu a olhei mais uma vez. A cena era de cortar meu coração. Karol estava estática olhando para mim e chorando e tremendo muito.
-Acabou. - falei e fechei a porta.
Respirei fundo e chorei como uma criança. Está sendo difícil, está doendo muito mas eu tenho certeza que vai passar.
[...]
Havia se passado três dias, que eu descobrir da aposta da Karol. E a dor continuava a mesma, lembranças dos momentos juntos, me abatiam com frequência. Eu tinha que me afastar de tudo que me lembrasse ela! Precisava viajar pra esquecer tudo isso! E era exatamente isso que eu iria fazer, viajar! Agora só falta decidir quando.
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O jogo da sedução
RomanceKarol tinha tudo que uma garota deseja: pais amorosos, um namorado perfeito e cursava a faculdade dos sonhos. Mas faltava uma única coisa: felicidade. Essa única coisinha a fez desistir de tudo e largar um noivo no altar. Decepcionando a família e a...