Capítulo 40

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Ruggero

Estava na revista atolado de trabalho, só queria ir embora para casa. Merda! Estava irritado com Karol! Ela desligou na minha cara e eu tinha certeza que algo tinha acontecido.

-Ruggero? Vai embora? - Agus entrou na minha sala e eu respirei fundo. - Já entendi a resposta. - sentou na minha frente. - Quer que eu termine pra você? Não quero muito ir para casa não! Eu e a Lina tivemos uma discussão.

-Qual foi o motivo da briga? - perguntei e ele negou com a cabeça. - Você sabe que sou seu amigo, né?

-Claro que sei Ruggero. - respirou fundo. - O problema é a Caroina, ela tem andado tão estranha!

-Estranha de que jeito? - perguntei curioso.

-Não sei explicar, tem hora que está tudo bem e do nada ela fica irritada por coisas fúteis. Como eu vou casar com uma mulher que muda de humor a cada dois segundos?

-Você vai casar porque você ama essa mulher. - respondi e ele me olhou com um sorriso fraco.

-É verdade, eu sou louco naquela mulher. Eu amo tanto a Carolina, não seria louco de deixar ela.

-Eu sei.

-Mas que ela está estranha, isso está. - suspirou e eu levantei.

-Vamos pra casa? Amanhã termino isso aqui. - ele levantou também e sorriu.

-Vamos então. - falou e nós saímos da revista.

[...]

Entrei em casa e fiquei preocupado.

Karol estava sentada no sofá com uma expressão estranha, como se algo ruim tivesse acontecido.

-Karol? - chamei e ela me olhou assustada.

-Rugg - levantou correndo e me abraçou.

-O que aconteceu? - perguntei nervoso.

-Eu não posso mais abraçar meu noivo quando ele chega em casa? - perguntou me dando um sorriso fraco.

Ela estava mentindo.

Eu conhecia Karol melhor do que ela imaginava mas não estava afim de discutir.

-Pode. - dei de ombros e fui para o quarto.

Eu não gosto quando mentem e me escondem as coisas. Tomei um banho e fui para cozinha. Estava arrumando alguma coisa para comer quando senti os olhos dela queimarem minha pele.

-Por que você está assim? - perguntou e eu neguei com a cabeça. - Ruggero, não mente para mim. - acrescentou séria.

-Não mente para mim? É sério que você está me pedindo isso quando você faz o mesmo? - ela arregalou os olhos surpresa.

-O que?

-É isso mesmo Karol, o que aconteceu pra você desligar na minha cara mais cedo? O que aconteceu com você para estar com essa cara desde a hora que eu cheguei?

-Não aconteceu nada. - mentiu novamente.

-Viu? Você está mentindo de novo! Eu odeio mentiras. Lembra o que aconteceu a última vez que você mentiu para mim né?

-Rugg...

-Sem essa Karol. - peguei a chave do carro e sai do apartamento. Quando entrei no carro soquei o volante e resolvi sair para comer alguma coisa.

[...]

Abri a porta do apartamento e Karol correu na minha direção.

-Onde você estava?

-Com alguém que não mente para mim. - respondi e ela respirou fundo.

-Você bebeu?

-Não interessa. - na verdade, eu tinha bebido mas nada que me deixe bêbado. Afinal, eu estava dirigindo.

-Você estava com outra mulher? - perguntou e senti um certo medo na sua voz.

Olhei para ele sem acreditar.

-Você acha que eu iria te trair? - ela deu de ombros. - Cadê aquela Karol toda poderosa que eu conheci?

-Ela está aqui ainda. - empinou o nariz e cruzou os braços.

Fixou seu olhar no meu e assim nós ficamos por um bom tempo nos encarando.

-Eu não estava com outra mulher. - falei suspirando. - Eu só preciso dormir agora. - passei por ela e fui para o quarto.

Tomei um banho e me joguei na cama fechando os olhos.

Ouvi a porta ser aberta e Karol dar passos contidos até a cama, que foi afundada logo depois.

-Rugg? - abri meus olhos e a encarei. - Por que mesmo a gente brigou? - perguntou com a voz triste.

Sentei na cama e a encarei.

-Porque você mentiu para mim Karol e sabe o quanto eu detesto mentira.

-Eu sei amor. - acariciou meu rosto. - Me desculpa? - pediu.

Seu rosto estava triste e eu detestava ver Karol assim.

-Tudo bem. - beijei sua testa. - Casais brigam, não é?

-Sim. - me deu um beijo rápido. - Eu amo você. - eu nunca cansaria de ouvir isso.

-Eu amo você. - segurei seu rosto entre as mãos e lhe dei um beijo cheio de amor. - E não importa o quanto a gente brigue, sempre vou voltar pra você.

-Promete que sempre que a gente brigar, nós vamos conversar para tentar resolver? Não quero nunca dormir brigada com você!

-Prometo minha doce Kah. - beijei sua bochecha.

-Me deixa mais aliviada.

-Agora me diz o porquê de ter desligado na minha cara mais cedo?

-Eu encontrei com uma pessoa que me marcou muito, só fiquei nervosa mesmo. E peço desculpas pela minha atitude.

-Quer conversar sobre isso?

-Não, pelo menos não hoje. - acariciou meu rosto novamente. - Que tal agora nós irmos dormir e esquecer esse dia de hoje? - sugeriu.

-Gostei da sua ideia. Mas antes de dormir, quero uma reconciliação direita. - dei um sorriso safado e ela levantou.

-Entendi bem o que você quer Pasquarelli. - tirou a camisa que estava usando e veio para cama.

Puxei ela para o meu colo e nos beijamos.

-Seu beijo nunca vai ser igual o de ninguém. - sussurrou no meu ouvido e eu a olhei surpreso.

Karol não era muito de revelar as coisas.

-Consigo te amar mais? - perguntei e ela riu.

-Acho que sim. - me deu um beijo feroz e eu a deitei na cama ficando por cima.

-Você nunca será igual a ninguém, minha doce Kah.
 

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